NT.: Apresentamos para nosso estudo de hoje, o texto de Carlos C. Aveline, dedicado a todo estudante, principalmente aos que dispensam horas de puro desperdício traçando comparativos entre alunos, escolas, ordens seja pessoalmente ou em grupos virtuais.
"Disputa do Sagrado Sacramaneto", autor Rafael, 1509 -1510. |
Saber Quem Está Mais Adiantado
A Verdadeira Arte de Fazer Comparações
A Verdadeira Arte de Fazer Comparações
Por: Carlos Cardoso Aveline
“Um grupo de estudantes das Doutrinas Esot.
que queira obter qualquer proveito espiritual deve
estar em perfeita harmonia e unidade de pensamento.”
que queira obter qualquer proveito espiritual deve
estar em perfeita harmonia e unidade de pensamento.”
Um Mestre de Sabedoria [1]
A busca da sabedoria mostra que, quando a meta é suprema, o realismo é indispensável. Sem discernimento não há como evitar a derrota.
Um exemplo prático da necessidade de bom senso está no fato de que, nas primeiras etapas do aprendizado, o estudante pode ter vontade de saber se algum outro estudante está mais atrasado ou mais adiantado que ele no caminho.
A tentativa de saber “quem está mais na frente” na caminhada não leva a nada. Quem hoje parece brilhante e dedicado pode revelar-se, amanhã, como alguém que não tem perseverança. Aquele que agora parece ter enormes limitações talvez experimente um grande despertar dentro de cinco anos, ou de cinco dias. E as melhores qualidades internas de alguém talvez sejam invisíveis para todos.
Comparar-se com os outros para ver “quem é o melhor” é inútil, portanto, e quase sempre prejudicial; mas o estudante pode comparar-se consigo mesmo. Esta é a verdadeira arte de fazer comparações, em teosofia.
* Será que ele é um indivíduo melhor, hoje, do que há dez anos?
* Ele está tomando providências para que amanhã pela manhã seja um melhor ser humano do que é hoje? E no próximo ano?
* Ele tem certeza de que o tempo da sua vida não está passando em vão?
* Em que aspectos ele pode melhorar a eficiência da sua caminhada?
Aprender com os outros não implica especular sobre se eles são “mais adiantados”. Ensinar aos outros não é motivo para supor que se é “mais evoluído que eles”. Interessa, isso sim, aumentar o seu próprio nível de eficiência energética, concentrando a mente na sabedoria, na cooperação entre todos, e no ideal de uma vida correta.
Interessa examinar se o esquema referencial e o processo de pesquisa, de ensino e aprendizagem de que se faz parte são legítimos e abertos ao exame crítico. Cabe ao estudante garantir que a fonte dos ensinamentos é autêntica e fazer o melhor que pode de modo sustentável, numa perspectiva de tempo que inclui várias encarnações.
NOTA:
Um exemplo prático da necessidade de bom senso está no fato de que, nas primeiras etapas do aprendizado, o estudante pode ter vontade de saber se algum outro estudante está mais atrasado ou mais adiantado que ele no caminho.
A tentativa de saber “quem está mais na frente” na caminhada não leva a nada. Quem hoje parece brilhante e dedicado pode revelar-se, amanhã, como alguém que não tem perseverança. Aquele que agora parece ter enormes limitações talvez experimente um grande despertar dentro de cinco anos, ou de cinco dias. E as melhores qualidades internas de alguém talvez sejam invisíveis para todos.
Comparar-se com os outros para ver “quem é o melhor” é inútil, portanto, e quase sempre prejudicial; mas o estudante pode comparar-se consigo mesmo. Esta é a verdadeira arte de fazer comparações, em teosofia.
* Será que ele é um indivíduo melhor, hoje, do que há dez anos?
* Ele está tomando providências para que amanhã pela manhã seja um melhor ser humano do que é hoje? E no próximo ano?
* Ele tem certeza de que o tempo da sua vida não está passando em vão?
* Em que aspectos ele pode melhorar a eficiência da sua caminhada?
Aprender com os outros não implica especular sobre se eles são “mais adiantados”. Ensinar aos outros não é motivo para supor que se é “mais evoluído que eles”. Interessa, isso sim, aumentar o seu próprio nível de eficiência energética, concentrando a mente na sabedoria, na cooperação entre todos, e no ideal de uma vida correta.
Interessa examinar se o esquema referencial e o processo de pesquisa, de ensino e aprendizagem de que se faz parte são legítimos e abertos ao exame crítico. Cabe ao estudante garantir que a fonte dos ensinamentos é autêntica e fazer o melhor que pode de modo sustentável, numa perspectiva de tempo que inclui várias encarnações.
NOTA:
[1] Veja o item III, Carta 3, primeira série, em “Cartas dos Mestres de Sabedoria”, pp. 24-25. Neste trecho a tradução está revisada levando em conta o original em inglês.
Uma versão inicial do texto acima foi publicada de modo anônimo na edição de junho de 2010 de “O Teosofista”.
FONTE: FilosofiaEsotérica