sexta-feira, 31 de julho de 2009

AS "LANDMARKS" DO MARTINISMO


Traduzido pelo Irm. M.A.G.U.S.

O propósito deste artigo é examinar as “Landmarks” dos Martinismo, os elementos particulares do Martinismo no qual todos os membros individualmente, e todas as Ordens Martinistas coletivamente, podem concordar. Maçonicamente, “Landmarks” são aqueles conceitos que definem Maçonaria, e o que não é Maçom.
“Landmark” então, é uma característica que define quem nós somos, e a qual nos ajuda a definir os caminhos, e as maneiras, embora falemos línguas diferentes, ou usemos vestes diferentes, mesmo assim somos membros de uma mesma família; como ninguem evidentemente pode em nossa restrita família ver semelhanças ?

Um grande compromisso tem sido firmado exatamente nesses itens que nos separam. Não somos filhos de UM mesmo Pai? Não somos Irmãos e Irmãs de UMA mesma família Iniciática?

1) Crer em Deus, e invocar Yeheshua.
O Martinismo é uma Ordem essencialmente Cristã, e Yeheshua é invocado em todo encontro e documento Martinista. A crença na Deidade é uma característica de todos os corpos Iniciáticos. Sem ela não temos razão de ser e nossos juramentos são sem significados. Nós somos cristãos, não numa maneira limitada nem dogmática, mas como verdadeiramente reverenciando Yeheshua como o mistério da encarnação do Logos no mundo físico. Neste sentido, os eventos do drama Cristão estão em progresso, é esta participação Divina na existência, que vem a tona todos os milagres que ocorrem em resposta as nossas orações e rituais teúrgicos. Todos os martinistas estão, ou deveriam estar de acordo com esta “Landmark”

2) A Iniciação transmitida por St. Martin, S.I.
Alternadamente nós podemos considerar que esta Iniciação, se origina tanto em Pasqually como em St.Martin. É este o legado que nos torna Martinistas. Nós consideramos como a transmissão de uma Essência Espirital que nos une numa grande família Iniciática. Pode haver diferentes caminhos que temos conhecimento até o momento, como a diferença entre a Tradição Russa, a Tradição que vem de Papus e a Tradição que vem de Chaboseau, mas são afiliações que em todo o caso, ascende a St.Martin. Concordando com a teoria de nosso estimado Irmão Robert Amadou, é então uma questão de afiliação de Desejo, de uma afilição espiritual que era, aos pedaços formalizada ritualisticamente sob a influencia de diversas personalidades.

3) A organização por Papus,
de uma estrutura consistindo de 2 Graus preparatórios e 1 Grau posterior que é o S.I. Todas as Ordens Martinistas trabalham com a mesma estrutura, embora possa haver variações nos nomes desses Graus. Eles utilizam mais freqüentemente: 1º Grau – Associado, 2º Grau – Iniciado e o 3º Grau – Superior Incógnito, Servidor Incógnito.

4) Transmição da Iniciação Oralmente,
pessoalmente por um Iniciador autorizado, por qualquer título. A Iniciação é um presente dado por um Iniciador ao Irmão ou a Irmã inciandos, e é uma marca da mais profunda confidência entre os dois. Não pode ser transmitida pelo correio, ou por telefone ou qualquer outra maneira que não seja pessoalmente e na presença dos símbolos essenciais do Martinismo.O Iniciador pode ser conhecido por diversas formas e títulos deferentes: Iniciador, Iniciador Livre, Livre Iniciador, Filósofo Desconhecido.

Em todos os casos significam a mesma coisa, uma vez dada a autoridade por outro Iniciador assim podendo conferir a Iniciação. Para cada Grau, cada Iniciador é livre e autônomo. É basicamente deixada a discrição ao Iniciador para conferir a Iniciação. O desejo é o requisito para dar intelectualidade e a caridade espiritual para o Homem de Desejo, que deve estar equilibrado pela consciência da responsabilidade envolvida.
Um Iniciador nunca deve conferir a Iniciação a aqueles meramente curiosos, nem aqueles que procuram na Iniciação a satisfação de seus próprios egos, ou ainda não conferir a aqueles que a procuram com fins lucrativos e mercenários. Não deixar nas mãos destes, nossa Tradição. Enquanto que cada Iniciador deve se esforçar para preservar a herança que lhe foi conferida, e passá-la intacta a posterioridade, deve ainda ter a certeza de que a Tradição não seja depreciada nem conferida por aqueles que não tem sido perfeitamente preparado e educado, e nem para aqueles que não tem certeza que manterão a Tradição pura, nem a dissolvendo, nem a barganhando por mera comodidade.

5) Os Mestres do Passado.
Estes são aqueles que tem criado, contribuído, e definindo nossa Tradição, são aqueles que transmitiram a afiliação a nós. Alguns eles todos nós conhecemos: Papus, Sédir, Phaneg, Mestre Philippe. Outros Mestres são conhecidos somente por aqueles que pertencem a uma ou outra linha de filiação. Há alguns que tem trabalhado tão completamente “por detrás da máscara”, que são conhecidos somente por santos e grandes almas. Nós invocamos sua presença em cada encontro e pedimos por sua orientação e sua proteção.

6) A liberdade essencial para o Iniciado
buscar seu próprio caminho rumo a reintegração. A Ordem Martinista tem tido desde primórdios dias, um programa de instrução e certos símbolos fundamentais. À parte destes, cada Iniciador ou grupo de dirigentes, tem sido livres para instruir de acordo com sua própria compreensão, e a compreensão e interesse do grupo. Deste modo, Martinismo é uma VENUE, mais própriamente um rígido curriculum, e isto é como deveria ser para o caminho de reintegração pessoal. Assim, alguns trabalharão com uma Ordem, outros com outra e alguns trabalharão sozinhos como Martinistas Livres. Sempre tem sido assim.

7) Crer no processo de reintegração para sair da Floresta dos Erros.
A Ordem Martinista desde seus primórdios antecedentes na Doutrina de Pasqually, sempre sustentaram que o homem está caído, perdido em sua própria privação, sem conhecimento dos privilégios de seu estado primordial. A função das escolas de Pasqually e St Martin tem sido relembrar o homem de suas glorias de sua sobrenatural origem, e indicar o caminho de retorno. Alguns irão preferir seguir um caminho operativo, e alguns o caminho do Coração, a via Cardíaca; mas qualquer que seja o caminho escolhido, a jornada deve ser empreendida e completada.

8) O Uso do Manto, da Máscara e do Cordão.
Realmente não importa se o manto é preto, branco ou vermelho; ou se o cordão do S.I. é branco, vermelho, ou amarelo; ou se há 3 nós, 5 nós ou nenhum deles. Todos os Martinistas fazem uso desses três símbolos profundos, e os significados das entrelinhas de todos eles na verdade são o mesmo.

9) O Uso das três roupas, preta, vermelha e braca.
Assim como o manto, a máscara e o cordão, essas cores são de uso universal e seu respectivo simbolismo está explicado em todos os lugares da mesma forma.

10) O Uso das Luminárias.
No alto de um altar Martinista, existem 3 velas brancas, dispostas em forma triangular. Em algumas Lojas estas são usadas somente em 2 Graus, em outras em todos os 3 Graus mas apagada em um. O simbolismo eç qualquer lugar é o mesmo e pode ser aceito por todos os Martinistas.

11) O Uso do pantáculo Martinista.
Em algumas Ordens Martinistas, o pantáculo está localizado no chão ao leste, em outras está acima da cadeira do Iniciador e em outras Ordens Martinistas, o pantaculo se encontra em ambos os lugares. Está em todos os documentos Martinistas e constitui um símbolo Martinista universal.

12) A estação do Mestre do passado.
Em todo Templo Martinista, qualquer que seja seu nome, há um lugar ou uma mesa, ou um altar com uma vela representando os Mestres do passado de nossa Ordem, da nossa família Iniciática. Pode ser mais decorado, mas a vela está sempre presente, e ilumina todas as cerimônias para representar nossa invocação aos Mestres do passado, para representar a presença deles em nossas assembléias, e para representar nossa aspiração em somar seu número.
.·.