terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

ESTRUTURA DO REAA E YORK

OS GRAUS CAPITULARES - RITO DE YORK (Americano)



O Rito de York[2] ou, mais exatamente, o Rito Americano, é baseado nos antigos remanescentes da Maçonaria Operativa que era praticada no começo dos anos 1700. A formação da primeira Grande Loja de Londres, em 1717, especificava que as lojas deveriam conferir apenas os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, sendo considerados espúrios todos os outros graus. Entretanto, muitas lojas que tinham conferido outros graus que consideravam uma parte integrante da Maçonaria, em particular a do Real Arco, formaram a sua própria Grande Loja, denominando-se os “Antigos” e os membros da outra Grande Loja, os “Modernos”. Com a fusão das duas Grandes Lojas, em 1813, na Grande Loja Unida da Inglaterra, as lojas concordaram que apenas os três graus aceitos pela Maçonaria seriam usados pelas lojas, mas o grau do Real Arco seria anexado aos Capítulos diretamente aliados dessas Lojas e ostentando o mesmo número da loja, embora sendo um corpo separado. Assim, ao contrário do Rito Escocês Antigo e Aceito, que alega manter o poder de conferir os primeiros três graus da Maçonaria em adição àqueles sob a sua jurisdição, os que se encontravam no Rito de York reconheceram, corretamente, o fato de que eles são considerados apêndices dos da Antiga Maçonaria Operativa. Ainda é prática, na Maçonaria Inglesa, que um membro maçônico não seja considerado como estando de posse de todos os graus da Antiga Maçonaria Operativa até que tenha sido exaltado ao Real Arco.

As primeiras Lojas Americanas operavam de modo similar até o estabelecimento do Grande Capítulo Geral dos Maçons do Real Arco. Durante um período da história dos EUA, os graus Crípticos foram controlados pelas jurisdições de Grandes Capítulos de vários Estados, até o estabelecimento do Grande Conselho. As Ordens Cavalheirescas eram controladas pelo Grande Acampamento desde o começo do século XIX, nos Estados Unidos. Todos os três corpos são entidades Maçônicas tecnicamente autônomas, com a única exigência de ser membro do Real Arco ligando os graus Crípticos e as Ordens Cavalheirescas.

Apensos aos Corpos do Rito de York estão diversos corpos maçônicos adicionais, a maioria dos quais de admissão por meio de convite[3]. A admissão em muitos deles tem, como pré-requisito, pertencer ao Real Arco, embora alguns tenham pré-requisitos pertencer a outros corpos do Rito de York ou a todos eles. Muitos se encontram em outras jurisdições fora dos Estados Unidos, mas diversos são unicamente americanos em sua origem.

OS GRAUS CAPITULARES
Os Graus Capitulares são um conjunto de quatro graus controlados pelo Capítulo do Real Arco. Eles se centram nas fases da construção do Templo de Salomão, com exceção do grau de Past Master, daí o título de Capitular. O grau de Past Master é o vestígio remanescente do antigo costume de que o grau do Real Arco só podia ser conferido a um Past Master de uma Loja Simbólica Azul. Nos Estados Unidos, estes graus são considerados propriedade do Real Arco, enquanto que, na Inglaterra, não existe o grau de Past Master (Mestre Passado) como aqui e o grau de Mark Master (Mestre de Marca) é controlado pela sua própria Grande Loja. O grau de Most Excellent Master (Excelentíssimo Mestre) é, também, parte dos Graus Crípticos, na Inglaterra. Como declarado adiante, o Real Arco, no exterior, é controlado por Capítulos anexos às Lojas Azuis Inglesas. Os Capítulos do Real Arco foram denominados, ocasionalmente, como Lojas Vermelhas, em publicações maçônicas antigas, embora eles possam ser descritos, com mais propriedade, como “Graus Vermelhos”. Nos Estados Unidos, todos os assuntos dos Capítulos são conduzidos num Capítulo do Real Arco e os outros corpos só são abertos para conferir os graus. Algumas jurisdições abrem Lojas de Mestres de Marca como “lojas de mesa”, que atuam como um foco social para os corpos locais do Rito de York.



MARK MASTER (MESTRE DE MARCA)

Este grau enfatiza as lições de regularidade, disciplina e integridade. É o grau mais impressionante, centrado sobre a história da Fraternidade das pedreiras e o seu papel na construção do Templo. A sua importância na Maçonaria Operativa inglesa pode ser julgada pelo fato de que ele opera como uma Grande Loja separada e é altamente procurado pelos obreiros daquela jurisdição.


PAST MASTER

Este Grau enfatiza a lição da harmonia. Este Grau é conferido porque os antigos costumes exigiam que um Maçom deveria ser um Past Master de modo a ser exaltado ao Real Arco. Em algumas Grandes Jurisdições, este Grau é conferido a todos os Mestres regulares de uma Loja Azul. O Grau não confere nenhum título ao recipiendário, mas serve de exemplo para a manutenção de um antigo costume.

MOST EXCELLENT MASTER (MUI EXCELENTE MESTRE)

Este Grau enfatiza a lição da reverência. Este Grau está centrado na dedicação do Templo, depois de completo, particularmente a consagração do Sanctum Sanctorum e a descida do Convidado no Templo. Ele é complementar ao Grau de Mestre de Marca e completa as lições simbólicas começadas naquele Grau.


ROYAL ARCH (MAÇOM DO REAL ARCO)

É o complemento do Grau de Mestre Maçom e a reunião dos graus originais da Loja Azul, tal como praticados nas Antigas Lojas da Inglaterra antes de 1820. O Grau explica as origens da Palavra Substituta encontrada no Grau de Mestre Maçom, a recuperação da Palavra Inefável e a sua ocultação dentro da Palavra do Real Arco. Este Grau, juntamente com o de Mestre Maçom, pode ter sido exemplificado uma vez como um Grau mais amplo ou “super” Grau, com o de Mestre Maçom explicando a perda da Palavra de Mestre e o Real Arco explicando a sua recuperação. O corpo que o preside é um Capítulo e o oficial Presidente é o Sumo Sacerdote (intitulado Excelente).

OS GRAUS CRÍPTICOS

Os Graus Crípticos são um conjunto de três graus controlado pelo Conselho de Mestres Seletos. Estes graus obtém seu nome da referência a uma abóbada (câmara) secreta nos três graus, daí o termo Críptico. Trabalha-se, regularmente, apenas os dois primeiros graus; no terceiro grau, o de Super Excelente Mestre, trabalha-se como um grau honorário, não sendo exigido como pré-requisito para ser membro do Conselho. Também é um tanto peculiar na sua associação com os Graus Crípticos, pois ele está mais intimamente associado, no tema e nos personagens, com o Real Arco e a Ilustre Ordem da Cruz Vermelha. A história do corpo, como um todo, ainda está envolta em incertezas a controvérsias. Embora haja antigas evidências de Conselhos de Reais e Seletos Mestres trabalhando nos Estados unidos, os três graus trabalhavam, de maneira variada, sob seus próprios Conselhos, Capítulos do Real Arco e, até mesmo, Lojas de Perfeição do Rito Escocês Antigo e Aceito. Apesar do Rito Escocês ter desistido de todas as reivindicações para esses graus, várias Grandes Jurisdições (VA & WVA) ainda os conferem como parte da Maçonaria Capitular. Na Inglaterra, o graus de Excelentíssimo Mestre está reunido a esse corpo. Nos Estados Unidos, todos os assuntos são tratados pelo Conselho de Mestres Seletos, sendo abertos, os outros corpos, apenas para conferir os graus. Algumas jurisdições realizam “conselhos de mesa” de maneira similar às “lojas de mesa” como um ponto focal social dos seus corpos locais do Rito de York.

MESTRE REAL

É um grau que enfatiza as lições de paciência e firmeza. O Grau é centrado em torno dos Companheiros Maçons que foram os artífices que fabricaram os ornamentos e a mobília do Templo. É incomum que a primeira parte do Grau mostre eventos que têm lugar antes da morte do Grão-Mestre Hiram Abif e que a última parte mostre fatos que ocorreram após a sua morte.

MESTRE ESCOLHIDO

Este Grau enfatiza as lições de devoção e zelo. O Grau está centrado na construção e mobiliário de uma abóbada secreta embaixo do Sanctum Sanctorum do Templo, e a deposição dos segredos pertencentes aos Companheiros por três antigos Grão-Mestres dos companheiros. Este Grau estende-se dos eventos que cercam a ocultação e a perda da Palavra Inefável e aqueles que levam à recuperação da Palavra, no Grau do Real Arco. O Corpo que o preside é um conselho e o oficial Presidente é um Mestre (intitulado Ilustre).

SUPER EXCELENTE MESTRE

Este grau enfatiza as lições de lealdade e fidelidade. O Grau está centrado ao redor dos fatos que levaram à destruição de Jerusalém e do Templo, nas mãos dos Caldeus. O Grau é narrado por interlúdios pequenos da profecia bíblica que salientam o fim do primeiro Templo e a construção do segundo. São dignas de nota as cenas da corte Judaica de Zedekiah e a corte Caldaica de Nabucodonosor. Este grau é honorário e um membro do Conselho não tem necessidade dele para manter a sua afiliação ou função.

AS ORDENS CAVALHEIRESCAS

As Ordens Cavalheirescas são um conjunto de três Ordens que culminam com o grau de Cavaleiro Templário e são controladas por este corpo. O corpo é nitidamente diferente dos seus equivalentes estrangeiros, pois exibe uma estrutura paramilitar e uma aparência de Maçonaria, sendo a única organização da Maçonaria no mundo que é um corpo unificado. A sua exigência de que seus membros sejam Cristãos praticantes levou a invectivas de condenação a outros corpos e organizações maçônicas tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos, com a alegação de que o corpo é mais uma organização Cristã do que um corpo Maçônico. Isto produziu pouco efeito sobre o corpo, entretanto, pois muitas das organizações que o criticam têm graus similares entre elas. O corpo americano é arranjado, ainda, de modo diferente do de seus parentes próximos, na Inglaterra. O corpo americano inclui a Ilustre Ordem Rosa Cruz, o qual não é conferido por nenhuma outra organização, embora tenha primos muito próximos na Ordem dos Cavaleiros Maçons Irlandeses e Americanos e nos Graus Maçônicos Ingleses Aliados da Cruz Vermelha e da Babilônia. Também nos Estados Unidos, a Ordem de Malte é conferida aos membros antes que estejam habilitados para receber a Ordem do Templo, enquanto que, na Inglaterra, a Ordem de Malta é um grau honorário dado aos Cavaleiros Templários. Nos Estados Unidos, todos os assuntos são tratados pela Ordem do Templo, os outros corpos sendo abertos, apenas, para conferir os graus das Ordens. Na Inglaterra, a Ordem de Malta se reúne e opera como um corpo separado, anexo à Ordem do Templo.

ILUSTRE ORDEM DA CRUZ VERMELHA

Esta Ordem enfatiza a lição da verdade. Elementos desta Ordem eram praticados em Antigas Lojas antes que a forma final do Grau de Mestre Maçom entrasse em vigor. Ele ainda é praticado na forma completa do cerimonial pelos Cavaleiros Maçons da Irlanda e pelos Cavaleiros Maçons dos Estados Unidos e como a Cruz Vermelha da Babilônia na Ordem Inglesa dos Graus Maçônicos Aliados.

ORDEM DE MALTA

Esta ordem enfatiza a lição da fé. Ela exige que o Maçom professe e pratique a fé Cristã. O grau de passagem do Passe Mediterrâneo ou Cavaleiro de São Paulo prepara o candidato para a Ordem, apresentando a lição e o exemplo do mártir intimorato e fiel do Cristianismo. A Ordem está centrada nos elementos alegóricos dos Cavaleiros de Malta, herdeiros dos Cavaleiros Hospitalários medievais.

ORDEM DO TEMPLO

Esta é uma Ordem que enfatiza as lições do auto-sacrifício e da reverência. Ela tem a intenção de reacender a devoção e o auto-sacrifício dos Cavaleiros Templários medievais ao Cristianismo. A história da Ordem Maçônica é longa e intricada, com diferentes rituais da Ordem entre os utilizados na Inglaterra e nos Estados Unidos. Os praticados nos Estados Unidos têm um zelo pouco propugnante pela lição do Cristianismo enquanto que, na Inglaterra, os rituais são mais alegóricos. Entretanto, o ritual americano é mais impressionante e é dada mais ênfase à solenidade e reverência associadas à crucifixão, ressurreição e ascensão de Cristo. O corpo que preside é um Comando e é presidido por um Comandante (intitulado Eminente).

 

domingo, 14 de fevereiro de 2010

MAÇONARIA e SACERDOTES ELEITOS no HAITI



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MAÇONARIA E SACERDOTES ELEITOS NO HAITI
José Maurício Guimarães


Esse país das Caraíbas devastado pelo terremoto – o Haiti – tem uma longa história de irrealizáveis glórias e incertezas. Foi palco de importantes fatos históricos e pano de fundo decisivo na formação de movimentos iniciáticos: a Maçonaria, a Ordem dos Sacerdotes e depositário do primitivo Martinismo.

Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo aportou nas Caraíbas que chamou de Hispaniola. Parte ocidental da ilha, onde fica o Haiti, foi, em 1697, cedida aos franceses que batizaram a ilha com o nome de São Domingos. No século XVIII, São Domingos era a colônia francesa mais bem sucedida devido à exportação de açúcar, cacau e café. A região parecia evoluir com o ímpeto de novas idéias e para lá se dirigiram intelectuais e maçons da França. Os ideais de liberdade pareciam florescer, pois, em 1794, o Haiti tornou-se o primeiro país do mundo a abolir a escravatura. São Domingos tornou-se o portal de entrada para os franceses na América. Desse período, dois homens merecem nossa atenção.

1 - A  SURPREENDENTE HISTÓRIA CARIBENHA de ETIENNE MORIN
No ano de 1761, quando o Conselho de Imperadores da Maçonaria entregou uma patente constitucional de Grande Inspetor do Rito de Perfeição ao Irmão Etienne Morin, investiu-o nos poderes de sagrar novos Inspetores da Ordem. No mesmo ato, a Grande Loja da França emitiu patente autorizando Morin a estabelecer e perpetuar a Sublime Maçonaria em todas as partes do mundo. Pouco tempo depois, Etienne Morin viajou para a colônia francesa do Haiti no intuito administrar negócios da família e cuidar de uma herança. O antigo comerciante de vinhos da cidade de Bordeaux começou criando Altos Corpos da Maçonaria a partir da República Dominicana do Caribe. Para os que não sabem, existiu desde 21 de julho de 1802 o SUPREMO CONSELHO DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS FRANCESAS NO HAITI, transformado, a partir de 1836 no SUPREMO CONSELHO DO HAITI.

2 - A SURPREENDENTE HISTÓRIA CARIBENHA de MARTINEZ DE PASQUALLY
Mais ou menos na mesma época, Jacques de Livron Joachin de la Tour de la Casa Martinez de Pasqually também maçom e francês da cidade de Grenoble, herdou uma propriedade em São Domingos e foi para o lugar que corresponde hoje ao Haiti. Em sua bagagem levava os projetos para a fundação de l'Ordre de Chevaliers Maçons Élus Coëns de l'Univers (Ordem dos Cavaleiros Sacerdotes Eleitos do Universo). Ecos dessa Ordem ainda existem nas três Américas, todas  oriundas de Martinez de Pasqually. Iniciou vários membros no Haiti e os enviou para as repúblicas da América Central de onde se propagaram para outros países. O pai de Martinez de Pasqually, maçom de quatro costados, possuía patente emitida pelo Rei Charles Stuart outorgando-lhe o título de Grão-Mestre e autorizando-o a transmitir seus poderes ao filho primogênito. De fato, a patente e os poderes foram transferidos a Martinez que tinha, na época, 28 anos de idade. Meteu mãos à obra escrevendo o Tratado da Reintegração dos Seres Criados, comentário sobre o Pentateuco sob o ponto de vista da filosofia dos Altos Graus Maçônicos. No dia 20 de setembro de 1774, Martinez morreu em Port-au-Prince (nome original em francês de Porto Príncipe) após nomear seu sucessor Armand Cagnet de Lestère. Entretanto, Armand teve pouco tempo para se devotar à Ordem e a corrente de pensamento iniciático transferiu-se para os Estados Unidos.

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De sua parte, o outro homem - Etienne Morin - pôs-se a trabalhar em documentos que estruturaram os  Altos Corpos da Maçonaria Escocesa em 25 Graus. Os norte americanos aceitaram o Rito proposto por Morin e, mais tarde, aumentaram para 33 Graus conforme temos nos dias de hoje.

Como podemos notar, longe do tumulto da Europa e no sossego das ilhas do Caribe, o século dos Iluministas foi pródigo em criatividade.

Martinez de Pasqually deixou na Europa Alunos e seguidores entre os quais os maçons Jean-Baptiste Willermoz Louis Claude de Saint-Martin. A princípio eles pretendiam adotar os princípios da Loja de Saint-Germian-en-Laye e praticar os Sete Altos Graus. Todavia, disputas internas levaram Saint-Martin e Willermoz a criarem vertentes independentes. Abandonaram ideais Iluministas que buscavam, a partir do polêmico "discurso Templário do Cavaleiro Ramsay", criar Altos Corpos na Europa. Jean-Baptiste Willermoz fundou sua própria Loja Maçônica, "A Perfeita Amizade", na qual passou a realizar estudos de alquimia.

Os que persistiram com os empreendimentos originais de Etienne Morin e dos herdeiros de Martinez de Pasqually, levantaram o Capitulo de Clermont que ensejou a criação do Conselho dos Imperadores do Oriente do Ocidente (Grande e Soberana Loja de Jerusalém). Daí, segundo alguns autores, a estrutura do Rito Escocês firmou-se em sete categorias tradicionais: 1º) Graus Simbólicos primitivos e universais de Aprendiz, Companheiro e Mestre; 2º) Graus de desenvolvimento dos Graus Simbólicos e universais; 3º) Graus baseados no Iluminismo; 4º) Graus judaicos e bíblicos; 5º) Graus Templários; 6º) Graus Alquímicos e Rosacrucianos; 7º) Graus Administrativos e Superiores.

Mas isso é assunto para outra ocasião.
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No momento, em verdadeiro preito ao berço geográfico de nossa história iniciática, em solidariedade àquele povo sofrido, devemos nos ocupar da salvação e reconstrução do Haiti. Seja com ação e ajuda material, seja com orações; seja enviando às vítimas da catástrofe e aos que trabalham no resgate dos corpos, vibrações de paz, harmonia e saúde. Retornando do recesso, formemos Cad.'. de Un.'. em favor do Haiti e dos seus governantes.

Enquanto as câmaras de televisão e os políticos estiverem lá, tudo parecerá humanismo e colaboração. Discursos de efeito. Depois, quando fantasmas ou tiranos Papa Doc e Baby Doc voltarem a assombrar o local, o mundo voltará sua atenção para a Copa do Mundo.

NOTA DA IMPRENSA: O principal responsável pelas operações de resgate do terremoto de L'Aquila, Guido Bertolaso, qualificou os esforços internacionais no Haiti de "patéticos" e disse que "o país se transformou em um palco para um "desfile de vaidades" entre diferentes governos no mundo". Segundo ele, "as autoridades precisam parar de posar para as câmeras e trabalhar". Parte das críticas foram feitas contra os Estados Unidos: "Está faltando um líder, com capacidade de coordenação"... para Guido Bertolaso a responsabilidade "pesa sobre os políticos locais, mas também da ONU e das ONGs que não investiram no desenvolvimento do Haiti". Mas os problemas não param por ai. Segundo ele, "a ajuda não chegou à tempo nem de forma suficiente". (FONTE: estadão.com.br - reportagem de Jamil Chade).

COMENTÁRIO: Vale a pena verificarmos em que situação permanecem as vítimas do Tsunami, do Katrina em New Orleans e do terremoto na cidade italiana de L'Aquila.


sábado, 13 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

ENAMORAR-SE



Por Ischaïa, 4ª Matriarca Expectante

Quando alguém se enamora, todos ao seu redor percebem. A pessoa fica com um ar de felicidade e plenitude.

Quando se apaixona, o indivíduo fica obcecado. Nada o interessa a não ser o objeto de sua paixão.

Mestre Sevãnanda e Thoth usavam muito este recurso para exemplificar como deve ser a relação do discípulo com a obra. Thoth dizia que o verdadeiro Expectante devia enamorar-se da obra.

O enamoramento envolve compromisso do ser para com ele mesmo e para com o outro. É sentir vontade de estar perto, de ver, dedicar-se, oferecendo o melhor de si. Estar disponível, se não com a presença física, mas em sentimento e espírito. Qual o enamorado que deixaria de estar com a amada, que só encontra uma vez por semana, para fazer outra coisa? O enamorado muitas vezes sacrifica um desejo pessoal para satisfazer uma necessidade da amada.

A Igreja Expectante, no decorrer desses últimos trinta anos, teve muitos apaixonados, que viveram e vivenciaram essa paixão. E, como toda paixão, foi intensa, mas de pouca duração. Juras e promessas de amor eterno, entusiasmo e dedicação às vezes exagerados. Mas, “como sói acontecer”, logo o tempo demonstrou que o que eles procuravam, fosse lá o que fosse, não os satisfez, e a paixão foi por água abaixo. Esse é o amor do HOMEM-BOI. Aquele que quer a satisfação de seu anseio segue, como o boi, a tropa e o boiadeiro. São aqueles que entram porque o amigo entrou, porque achou bonito.

A Igreja também teve o “amor” do HOMEM-LEÃO, ansioso por ser sacerdote, ter mais um certificado para sua vasta coleção de diplomas e credenciais, desejando acrescentar mais um passo na sua longa jornada, onde peregrinou por várias ordens. Vaidoso de suas buscas, às vezes, se enamora verdadeiramente da obra e fica.

Uns poucos HOMENS-ÁGUIAS, conscientes, que já extraíram a pureza de tudo que viram e viveram, amam e abraçam sua amada, lutam a seu lado e permanecem. Assim, o enamoramento evolui para o amor INTEGRAL.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

“O NOSSO PRIMEIRO ENCONTRO” e “O INÍCIO DO CAMINHO”


“O Homem-Deus é aquele que realiza na vida mais humana o ideal mais Divino.”


Nós somos o último efeito do resultado da ação cometida por nós, do passado até hoje. Este resultado, que não é palpável, nem tangível, nem visto, é a última e única REALIDADE de nós mesmos no futuro infinito. Todo o restante é a IRREALIDADE.

Desta dualidade: o intangível e tangível um é Divino e outro Humano. Dignifiquem o Divino e enobreçam o humano, Criem um altar e acendam uma vela para o Divino e separem um do outro. Um é infinito, o outro é temporário para simples aprendizado, para o outro seguir o caminho do infinito.

O homem não define os acontecimentos no percurso da vida: onde vai nascer, onde crescer, com quem vai casar, quantos filhos terá e todas as oscilações ao longo da vida. Não define: onde, porque e quando. Só define o “COMO”, para ter mérito ou demérito. No fim da vida constata que se esqueceu de fazer tudo aquilo que gostava. Nós vamos tentar oferecer, com modéstia, COMO se posicionar, porque se posicionar significa SER. Se posicionar perante si mesmo e perante os acontecimentos da vida.

Quando no ser humano, despertar amor por si mesmo, pela vida que pulsa no seu coração e pela misteriosa Razão que o trouxe, nasce a Vontade de alcançar o conhecimento de si mesmo e das coisas, e assim, conquista o Saber e finitiza na onisciência. Para acontecer isso deve, criar um propósito, que seria a edificação de uma pirâmide de si mesmo.

Sendo assim cria uma porção de pequenas metas (que são as pedras da edificação devidamente cortadas) para alcançar o Ápice da Pirâmide que é a Quintessência da META.

Falando em quintessência, imaginemos uma base quadrada que será edificada a pirâmide. A base simboliza o homem quaternário, sendo o quarto dos reinos: mineral, vegetal, animal e o homem. Nos quatro cantos, tem os marcos da edificação que são: Querer, Saber, Ousar e Calar.

Vivenciando a devoção de si mesmo e de sua meta, renascerá das cinzas o verdadeiro Querer, para buscar Saber. Esta devoção te dará a Ousadia para se tornar conquistador, do Silêncio de suas meditações. O ápice da Pirâmide é a quinta essência que te revela a Vontade Divina que Deus lhe tinha dado, quando saiu para conhecer o mundo manifestado. Te deu uma carruagem de sete cores e o ÚNICO atributo: QUEIRA.

No Egito tem muitas Pirâmides, mas atrás da Esfinge tem três, Quéops, Quéfren e Mikerinos, que simbolizam o Caminho da ELEVAÇÃO DO SER.

Conquistando o conhecimento da menor, alcança a primeira quintessência, que é a VONTADE DIVINA ou o QUERER ABSOLUTO. É o quinto degrau (Iniciação) da escada ascendente.

Conquistando o conhecimento (Saber) da média, conquista o Saber. Cessa o NASCIMENTO E A MORTE. É O 10º degrau (Iniciação), Conquistando a Maior (3ª), torna-se o Unificador da MENTE, CONSCIÊNCIA E INTELIGÊNCIA – no Brahmanismo e no Hinduismo é dado o nome de TRIKAYA. O espaço atemporal e a morada infinita da elevação sem fim é o 15º degrau (Iniciação). Os degraus continuam e o Princípio Inteligente cresce só oferecendo.

“Abençoado Aquele que sentiu gratidão pela Razão que conferiu o direito de nascer para buscar SER.”

SARVAMANGALAN
“QUE SEJAM TODOS ABENÇOADOS”
MAHARIAN.

FONTE: MAHARIAN
 
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SAINT MARTIN - O FILÓSOFO DESCONHECIDO

Capa do livro "Saint Martin, O Filósofo Desconhecido" - 1862

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