sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AS SETE VIRTUDES




Iremos fazer uma pequena explanação de cada uma das 7 velas que é um dos baluartes da Ordem DeMolay, e um cruzamento de todas as velas com a vela que representa o Companheirismo, que foi a vela escolhida para a representação.

As velas são posicionadas na ordem crescente de 1 a 7 do Norte para o Sul no sentido horário.

A 1ª (primeira) vela simboliza o Amor Filial, o amor entre pais e filhos, aquele amor que já existe antes de nascermos e permanece conosco por toda nossa vida, e nos seguirá até mesmo além do túmulo.

A 2ª (segunda) vela simboliza a Reverência Pelas Coisas Sagradas. Um jovem, atravessando o limiar de DeMolay pela primeira vez, manifesta uma profunda e permanente fé em um vivo e verdadeiro Deus. Sem esta sólida fé e a graça de nosso Pai Celestial, nossos trabalhos seriam em vão.

A 3ª (terceira) vela significa a Cortesia, uma cortesia que excede a amizade, uma cortesia que alcança o desconhecido, os idosos, todos os homens.É esta cortesia que traz um sentimento caloroso, e torna esta vida mais agradável para o próximo, pois ilumina o caminho diante de nós.

A 4ª (quarta) vela, ao centro, significa simbolicamente o Companheirismo. Milhões de jovens iguais a nós se ajoelharam neste Altar simbólico e se dedicaram aos mesmos elevados princípios de boa filiação e boa cidadania.Enquanto nós permanecemos fiéis a essas promessas, enquanto existir uma Ordem DeMolay, nós estaremos unidos.

A 5ª (quinta) vela, significa Fidelidade. Um DeMolay não pode nunca por motivo justificado ou não, ser falso a seus votos, suas promessas, seus amigos, seu Deus. Ele é chamado diariamente a defender os baluartes e preceitos da Ordem DeMolay de modo que nunca possa fracassar como líder e como homem.

A 6ª (sexta) vela, é símbolo da Pureza de cada pensamento, palavra e ação. Somente com Pureza, pode um DeMolay ser digno representante de nossos elevados ensinamentos.

A 7ª (sétima) vela é o emblema do Patriotismo. Talvez nós nunca sejamos chamados a defender nossa Pátria no campo de batalha, porém cada dia apresenta novas oportunidades para firmarmo-nos como bons e corretos cidadãos a serviço daquela querida Bandeira, e de nossa reverenciada Pátria.

Como meu trabalho se concentra na 4ª (quarta) vela, que é a vela do Companheirismo, irei fazer um cruzamento desta vela com as demais.

Companheirismo com Amor Filial - Este é o companheirismo com o seu pai e com sua mãe, que o bom filho não é somente um filho,mas também um amigo, um companheiro que divide os momentos de alegria e tristeza com seus pais.

Companheirismo com Reverência Pelas Coisas Sagradas - Um bom companheiro, um bom amigo só o leva para um bom caminho, um caminho limpo, de alegria e beleza, e você quer um caminho mais limpo e belo que é o caminho que leva ao encontro de Deus.

Companheirismo com Cortesia - Você deve ser um companheiro cortês, que trate seus amigos, seus companheiros, com atenção e educação. Seja cortês não só com seus amigos, mas com todas as pessoas e assim elas te respeitarão, por você ser um homem fino e educado.

Companheirismo com Fidelidade - Todos nós devemos ser fiéis tanto com nossa Pátria, com nossa religião, com nossos pais e também com nossos companheiros e amigos, porque se os trairmos uma vez, talvez eles não mais nos considere como seu verdadeiro amigo.

Companheirismo com Pureza - Nós devemos ser puros de palavras, pensamentos e ação. Nunca devemos desejar, falar ou fazer mal a um amigo, nem se formos tentados a tal erro. Antes de desejarmos ou fazer algum mal, devemos conversar ou esclarecer, talvez seja somente um grande mal-entendido..

Companheirismo com Patriotismo - Quando completamos 18 anos somos chamados a fazer um treinamento para que se um dia formos chamados a defender nossa pátria em um campo de batalha assim nós o faremos. Neste período convivemos com várias pessoas e fazemos muitos companheiros e amigos, este é um período muito bonito em nossa vida.

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A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS


Ir.·. José Castellani


Os três graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre, comuns a todos os ritos maçônicos, representam a essência total de toda a doutrina moral da Maçonaria.

Na primitiva Franco-maçonaria, formada pelas organizações de ofício, só existiam os Aprendizes; e os mestres-de-obras eram escolhidos entre os mais experientes Aprendizes. O grau de Companheiro seria criado já nos primórdios da Maçonaria dos Aceitos --- também chamada, impropriamente, de Especulativa --- no século XVII; e essa era a situação, quando da fundação, a 24 de junho de 1717, da Pemier Grand Lodge, de Londres, a primeira do sistema obidencial. O grau de Mestre seria criado em 1725, mas só introduzido em 1738, pela Grande Loja londrina. A parti daí, iria se concretizar a totalidade da doutrina moral e da mística da instituição maçônica.

Os três graus simbólicos, síntese do universo maçônico, mostram a evolução racional da espécie humana, ou seja: intuição (Aprendiz), análise (Companheiro) e síntese (Mestre). O Aprendiz, ainda inexperiente, embora guiado pelos Mestres, realiza o seu trabalho de forma praticamente empírica, através da intuição, apenas, representando o alvorecer das civilizações, dominadas pelo empirismo ; o Companheiro, já tendo um método de trabalho analítico e ordenado, simboliza uma mais avançada fase da evolução da mente humana, enquanto o Mestre, juntando, através da síntese, tudo o que está disperso, para a conclusão final da obra, representa o caminho derradeiro da mente, na busca da perfeição.

Simbolicamente, nesses três graus, os maçons dedicam-se à construção do templo de Jerusalém, símbolo das obras perfeitas dedicadas a Deus, de acordo com a concepção da Ordem dos Templários, criada em 1118 e regida pelos estatutos idealizados por São Bernardo. A construção do templo, no caso, representa a construção moral e ética do iniciado. Para a concretização desse simbolismo, a Maçonaria criou a lenda do terceiro grau, de forte cunho moral, segundo a qual havia um arquiteto, Hiram Abi ("Hiram, meu pai"), que fora enviado ao rei Salomão por Hiram, rei da cidade fenícia de Tiro, para ser o mestre das obras do templo ; isso, evidentemente, é pura lenda, pois, Hiram Abi era, simplesmente, um entalhador de metais. Diz, também, a lenda, que Hiram dividia os seus obreiros, de acordo com suas aptidões, em graus --- Aprendiz, Companheiro e Mestre --- dando-lhes a oportunidade de progredir, pelo seu trabalho. Embora isso também seja, lenda, pois não havia Maçonaria na época da construção do templo de Jerusalém e nem graus de Companheiro e Mestre (embora alguns ingênuos acreditem nisso), mostra duas lições morais: a cada um segundo as suas aptidões e a cada um segundo os seus méritos. Hiram, a personificação da Sabedoria, acabaria sendo morto pela personificação de vícios degradantes, a inveja, a cobiça e a ignorância, representadas em três Companheiros, que, sem os méritos, procuravam ser Mestres, a qualquer custo (o que também é apenas lenda e não realidade).

Esses traços gerais da lenda --- já que o seu desenvolvimento e as suas minúcias são reservadas aos iniciados no terceiro grau --- mostram que o maçom, ao atingir o grau de Mestre, já deve possuir a plenitude do conhecimento iniciático, moral, social e metafísico, necessário e pertinente aos objetivos da Ordem maçônica, restando-lhe, então, o trabalho, sempre constante, na busca da perfeição, nunca atingida, mas sempre perseguida, pois ela é o estímulo sempre presente na vida do ser humano.

Terá, então, o Mestre, a humildade de se prostrar perante os grandes mistérios da vida e os insondáveis escaninhos da Natureza, despojando-se de todas as vaidades, incluindo-se, entre elas, a busca desvairada dos galardões, símbolos da fatuidade, e a busca da ascensão a qualquer custo, numa escala que quase nunca reflete um conhecimento apreciável e um desejável mérito pessoal. Deverá, então, o Mestre, lembrar-se, sempre, de que a verdadeira beleza é a interior, mesmo que o exterior não seja coruscante e não brilhe em faíscas de ouro e prata, pois o maçom, o verdadeiro maço, o maçom integral é um Mestre pelas suas qualidades mentais e espirituais e não por sua posição na escala, ou por seus vistosos paramentos. O hábito não faz o monge, diz a velha sabedoria popular, e se pode até acrescentar que um muar ajaezado de ouro nunca poderá ser confundido com um corcel de alta linhagem.

Na Loja Simbólica, verdadeira e única essência da Maçonaria universal, o iniciado percorre um longo caminho, desde as trevas do Ocidente até à luz do Oriente, tendo o seu lugar de acordo com as suas aptidões e a sua ascensão de acordo com os seus méritos. Sua ascensão não deverá, nunca, ser devida a favores pessoais, a apadrinhamentos, a rapapés e bajulações, ou ao poder corruptor dos metais, expedientes, esses, tão comuns na sociedade, em geral, mas excluídos dos templos da verdadeira Maçonaria, desde os seus primórdios, nos velhos tempos em que só existiam Aprendizes e Companheiros, que usavam um simples avental de couro, símbolo humilde do trabalho, sem as riquezas flamejantes de uma nababesca farrambamba.

Acham, muitos maçons desavisados, que os graus simbólicos são secundários e representam um mero apêndice da maçonaria, uma etapa primária e elementar, um trampolim para grandes escaladas, quando, na realidade é basilar e relevante a sua importância a ponto deles constituírem, segundo consenso, a "pura Maçonaria" pois, como alicerces de toda a estrutura maçônica universal, nada mais existiria de maçônico sem eles, restando apenas as honorificências, de que o mundo não maçônico é tão prenhe.

Do livro "Liturgia e Ritualística do Grau de Mestre Maçom" - Editora A Gazeta Maçônica - 1987

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EMMA COSTET DE MASCHEVILLE

Emma Costet de Mascheville: Luz e Sombra no Paralelo 30



Uma importante personagem da história da Igreja Expectante acaba de ser retratada em documentário.


"Luz e Sombra no Paralelo 30" foi exibido no último sábado, 21 de novembro, às 12h20, pela RBS TV de Porto Alegre-RS, dentro do programa "Histórias Curtas".


O rico material mostra descendentes e familiares do 1º Patriarca da Igreja, raras imagens do casal, além, é claro, das qualidades humanas, científicas e profissionais da mulher e astróloga que o Mestre Cedaior escolheu para conviver e transmitir seu legado, após sua partida.


Emma Costet de Mascheville aparece ainda fazendo palestras e, em encantadora entrevista, ensina: Se o Criador é perfeito, sua criação também é...


  • Roteiro e direção: Rene Goya Filho 
  • Fotografia: Pablo Chasseraux 
  • Música original: Raul Ellwanger 
  • Produção executiva: Estação Elétrica



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

NOVAS ORDENS MARTINISTAS NO BRASIL




Nas ultimas semanas temos recebido vários emails de amados irmãos indagando sobre a veracidade ou não da instalação no Brasil de lojas e Heptadas de algumas Ordens Martinistas que ainda não tem atividade em nosso solo ou ainda tiveram suas atividades descontinuadas no passado.

Para que os rumores fossem confirmados ou não, pesquisamos junto as organizações citadas a veracidade das noticias que estão circulando em nosso meio.

Estas são as conclusões oficiais recebidas:

Ordem Martinista dos Cavaleiros de Cristo ( OMCC)

De origem russa (Nicolas Novikov), e ao mesmo tempo depositária da filiação de Papus e da filiação de Robert Ambelain a OMCC confirmou a sua reativação no Brasil, especificamente em primeiro momento, na cidade do Rio de Janeiro isto já no inicio do proximo ano.

Uma das mais antigas e importante Ordens administrativamente Organizadas, a OMCC mantém relações fraternas com a maior parte das Ordens Martinistas do mundo. É uma das poucas tradições que ainda perpetua na nossa época as Linhagens de Iniciadores Livres. A OMCC integra a desejada pluralidade dos caminhos seguidos pelos Mestres Passados e tem a seguinte linha de sucessão principal reconhecida: Louis Claude de Saint-Martin, Kourakine (príncipe iniciado pelo próprio Filósofo Desconhecido), Nicolás Nikolov (escritor e editor), Gamaleï (poeta), Arsenyev, Pierre Kasnatchéëv, Serge Marcotoune (Hermius), Armand Toussaint (Raymond Panagion em 1930),Triantaphillos Kotzamanis, Sâr Dionysus - Remi Boyer.

A OMCC no Brasil seguirá a mesma estrutura européia ou seja trabalhando seus membros em 2 vias simultaneas a mística e a teúrgica. Elaborando ao mesmo tempo no interior e no exterior, eles propõe, num primeiro momento, o estudo e a experiência das técnicas fundamentais (concentração, meditação, e a aplicação dos rituais ) comuns ou específicos a essas duas vias. Num segundo momento, o estudante poderá aprofundar a sua via com a ajuda dos instrumentos tradicionais na via mística ou na via teúrgica (prática de rituais operativos especificos).

Ordem dos Cavaleiros Martinistas

Não foi confirmado oficialmente a fundação no Brasil de uma sessão sulamericana da OCM. O chamado Collège du Temple ou melhor Collège du Temple de l'Homme, é uma Ordem Martinista criada a partir de uma dissidência da Heptada Francesa 'Abbé de la Noue' fundada nos anos 70 e subordinada a OMT ( TOM/ AMORC) .

Esta Ordem foi fundada em 1980 aproximadamente, a principio , com o titulo distintivo 'L'Ordre des Chevaliers Martinistes' , cujo nome foi mudado posteriormente para 'Collège des Chevaliers Martinistes' , e atualmente 'Collège du Temple de l'Homme' , embora continue sendo chamada de C. O.M. ou M.O.C.
 
Fonte: Hermanubis
 
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mutações: Combatendo a Negatividade Dentro de Você


Por Thoth, 3º Patriarca Expectante



        Viver a vida é uma constância dentro da ordem natural evolutiva da Natureza. Porém, esta aparente simplicidade transmitida pela frase redunda e implica numa série de lutas tremendas, desde os minúsculos microorganismos assim como de formas visíveis até os de desmedidas proporções. Tudo sendo movido, girado através do senso do instinto de conservação, a luta pela sobrevivência motivada pela necessidade de alimentação etc.
Porém, o ser humano, que é o protótipo criado pela Natureza através da evolução, além de ter estes problemas, ainda tem o raciocínio, tornando-se com isso aparentemente o senhor do mundo das formas em que vive.
Vive? Como vive?! Vejamos alguns porquês.
Se quiser saber sua potencialidade, passe a observar sua atitude, sua maneira de pensar, de agir, como você vive no seu “habitat”. E não será surpresa nenhuma quando você chegar a certo ponto de observação e verificar que vive em função dos demais, fazendo coro a turbamulta, e agindo de uma forma quase mecânica no seu dia-a-dia, com poucas diversificações. Vejamos pelo prisma habitual: Acordar, alimentar-se (existem criaturas que nem isso fazem), apanhar condução para o trabalho, estudar, criar filhos, enfim, existem várias modalidades de atuação no plano material. Porém, tudo está relacionado a quatro etapas: comer, dormir, trabalhar e se divertir. Nestas etapas existem as múltiplas variações dos que podem e dos que não podem e que, às vezes, são levados a este estado por várias circunstâncias  da vida.
Mas... Isto é realmente viver? Isto é o objetivo? É a finalidade da vida? Acho que não. No entanto, mesmo assim, o ser humano procura viver de qualquer forma, de qualquer modo, aos “trancos e solavancos”, e do jeito que ele pode, estando sempre à procura de melhores dias, à procura da felicidade, de melhoras para uma vida mais definida e com menos sofrimento.
E através dessa busca surge uma grande quantidade de filosofias, credos, seitas e religiões. E cada uma com normas até, às vezes, brutalmente rígidas, as quais chegam a ultrapassar as raias da lógica, da razão, levando a atos fanáticos e muitas vezes dantescos.
Muito bem, aqui estamos até este momento sendo conduzidos por este intróito, o qual acho desnecessário ser mais prolixo, pois  aqui chego ao ponto ao qual me proponho:  Transmitir-lhes uma regra - não rígida - todavia de grande efeito, e os resultados são insofismáveis. Estes resultados só podem produzir bom efeito, lhe conduzir à Felicidade em dias futuros na sua existência terrena e, concomitantemente, ao seu progresso evolutivo no campo espiritual, dando-lhe, desse modo, a oportunidade de aumentar o seu crédito no “Banco da Providência Divina” e que, de acordo com seu saldo positivo, você poderá sacar em benefício próprio ou até mesmo fazendo uma operação melhor, sacando para o próximo, em que cuja aplicação lhe serão acrescentados juros e correções competentes. E com isto você estará aumentando o seu tesouro Espiritual, o que na realidade deveria ser o único bem a lutar por ele.
Todos os seres mantêm suas mentes sempre em atividades constantes, com pensamentos negativos, criando desta forma os seus sentimentos de ódio, inveja, ciúme e um rosário de outros substantivos perniciosos, os quais, em conjunto, formam a maneira de ser do indivíduo. E com isso ele se torna um infeliz, vivendo no sofrimento, na desdita, maldizendo a tudo e a todos.
Agora vamos ao objetivo em foco: O que é preciso fazer para se modificar? A coisa é aparentemente simples: é aplicar simplesmente a m-u-t-a-ç-ã-o. E para isso é preciso antepor com ferrenho antagonismo os SENTIMENTOS negativos com os POSITIVOS. Exemplo: Ao ódio, com AMOR; ao ciúme, CONFIANÇA; à inveja, o DESPRENDIMENTO. A tristeza, com a ALEGRIA, e assim por diante...
Sei que vai me perguntar:
- Como é que eu, estando vivendo uma fase de tremenda tristeza, posso ter alegria?
Eu respondo: É uma questão de querer, pois temos o poder de fazer a tristeza do tamanho que queremos. Expressar a tristeza é ativar as forças negativas e viver mortificando-se, chega, às vezes, às raias do masoquismo. Se não, vejamos:
Analiticamente, não existe nada totalmente terrível, porque, no fundo, todas as coisas, por pior que sejam, sempre trazem algo de proveito. É uma questão de saber observar as coisas e “cousas” sem paixões egoísticas e pessoais. É por isso que existe o nosso Lema: “Viva a Experiência Procurando realizar a Pureza”. Assim sendo, é uma questão de adaptabilidade pessoal, de aceitação, ou de querer eliminar, opondo com o antídoto competente.
Fundamentalmente, a base necessária é saber ANTEPOR, SUBSTITUIR, aplicar a MUTAÇÃO. Eu garanto que se você começar a proceder diariamente dessa forma, criando uma sistemática na sua maneira de modificar-se, você verá que, gradualmente, tudo irá se transformar dentro de você e, consequentemente, processar-se-á o fabuloso fenômeno de transmutação que se dará no Laboratório Alquímico do seu EU, e o seu cadinho será aquecido pela sua firme e resoluta VONTADE, no curso da sua existência, transformando desta forma os metais de baixo teor (sentimentos negativos) no mais puro e reluzente ouro espiritual.
Isso é atingir a plenitude, a RELIZAÇÃO, a FELICIDADE.
Olha aqui, tudo que está escrito é uma “chave” para você. Porém, ela só terá real valor se você quiser usá-la. Caso contrário, o conhecimento adquirido só servirá para mais um aumento de sua erudição intelectual. Para você entender a profundidade disso, lembre-se de que o nosso amado Mestre Senhor Jesus disse: “Quem achar sua vida perdê-la-á; e quem perder sua vida por AMOR a mim acha-la-á”. Mateus, 10:39.
Assim sendo, por favor, pare por um instante, olhe para o seu passado e presente, faça um balanço e verifique se o seu saldo tem sido compensador ou se você tem vivido simplesmente em função da própria vida. O resultado do seu exame deve pertencer a você mesmo. Sendo assim, o problema é seu...
Todavia, qualquer que seja o resultado conseguido, você daqui por diante será impelido - por seu conhecimento adquirido - a um ÚNICO CAMINHO a ser trilhado: Seguir para frente.  Ó, intrépido buscador do aperfeiçoamento... Seja feliz!

domingo, 22 de novembro de 2009

APANHE A SUA CRUZ E SIGA-ME!

Por Thoth, 3º Patriarca Expectante

Mateus, 16:24 - “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me”.


Nós temos o direito, a liberdade que nos foi concedida pelo Criador através do livre arbítrio, de usar a nossa vida a nosso bel-prazer. Assim, o ser humano emprega seu tempo na satisfação do seu corpo de desejo, procurando a realização material através do emprego e do esforço físico para obter tudo aquilo com que sonha, que deseja ou julga precisar, de acordo com as necessidades criadas por ele mesmo no afã de acompanhar o padrão de criatividade da sociedade em que vive.

Desta forma consolida-se a negligência na maneira de viver, referente ao campo espiritual. E, atuando peremptoriamente no campo material, a negligência tornou-se o estado permanente em que vive a humanidade. Felizmente há exceções. Sobre isso já foi escrito o suficiente na instrução Mutações, no livro “Pérolas Soltas”. Portanto, acho desnecessário bater na mesma tecla logo em seguida. Assim sendo, vou procurar dissertar sobre o ensinamento acima.

O expressivo e eloquente convite do amado Mestre Nosso Senhor Jesus-O-Cristo logo de princípio nos empolga, nos faz sentir cheios de desejos altruísticos e sonhos de um estado elevado de espiritualidade. Imbuídos com estes pensamentos, não relutamos em lançar mão da nossa cruz e iniciar com titubeantes passos a caminhada na estrada para a escalada espiritual. Porém, de acordo com o esforço feito, mal desponta o dealbar de alguma luz, nos deixamos nos embevecer e, ladeados pelos resultados, ficamos empolgados a ponto de nos envolver pelos sofismas que se nos apresentam. Passando a agir como crianças que acabam de receber um cobiçado brinquedo, ficamos enlevados e perdidos num mundo de ilusões!

Todavia, para se chegar pelo menos a este primário estado, a criatura já deve ter passado por inúmeras etapas de lutas, sofrimentos e dores, e não foram poucas as vezes em que pretendeu deixar de seguir as pegadas do amado Mestre.

Entretanto, muitos mal começam a sentir os espinhos que medram nas estradas das experiências, rasgando-lhes as carnes, sentir as tempestades internas dilacerando os ideais que deveriam seguir e, ferindo-se nas suas desditas, se perdem nos embates travados e, sem nem sequer chegar ao primeiro degrau, caem desfalecidos com o peso dos seus próprios erros, de suas próprias criações, e desistem... Essas criaturas pertencem a um sem-número de ilusos que existem na vida. Elas não são revestidas de um desejo REAL, de um desejo ARDENTE, e querem por um simples fato de querer, sendo levadas simplesmente por um estado de diletantismo momentâneo... Mal sabendo, entretanto, que serão infrutíferos os resultados imediatos do conhecimento que pretendem adquirir. Sim, infrutíferos porque eles vão cair na negligência e não vão dar prosseguimento. Porém, terão que prestar contas, de qualquer forma, daquilo que aprenderam e não aplicaram, pois, ao se aprender alguma coisa assume-se a responsabilidade de: a) Aplicação direta ou indireta. b) Transmitir através de ensinamentos. c) Exemplificar pela própria maneira de ser em: Pensar, Falar e Agir. Ora, se a criatura se iniciou para seguir alguma VIA, lícito lhe é se esforçar para atingir o objetivo a que se propôs. E, se não o faz, ele amanhã ou depois terá que responder, ressarcindo-se da responsabilidade que foi omitida.

É por isso que na Igreja Expectante, antes de assumir o compromisso para fazer o Curso Sacerdotal de Ungido a Sacerdote do Lar, Sacerdote do 1º grau, nós fazemos quatro perguntas de suma importância, as quais são livres e espontâneas suas respostas, e aconselhamos meditarem muito antes de respondê-las, pois, ao se responder de uma forma positiva, o compromisso é imediatamente assumido, e todo compromisso assumido um dia terá que ser resgatado, nesta ou em outras vidas.

Assim, o convite do venerável Mestre é também livre, pois ao fazê-lo disse: “Aquele que quiser” etc., dando desta forma plena ênfase à liberdade da escolha do candidato em segui-lo.

Existem duas vias, dois caminhos:

1ª) Via Mental
2ª) Via Cardíaca

A Via Mental é o caminho mais curto. Todavia, ela é duríssima, razão pela qual não acho ser aconselhável ao ocidental, porque suas normas, regras rígidas, auto-disciplina, exercícios, abstinências e mais uma grande quantidade de itens tornam esta via quase que impraticável ao “comodista” ocidental. Existem, todavia, exceções de regras...

A Via Cardíaca é a via do AMOR, da renúncia, da tolerância, da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, é a Via direta do “Amar ao próximo como a si mesmo”. O caminho é glorioso. Porém, mais longo, aparentemente mais suave e muitas flores são colhidas no seu curso. Não obstante, há muitos espinhos, sofrimentos, dores, decepções que despontam na sua batalha rítmica e constante, no seu dia-a-dia. Este, a meu ver, é o caminho mais aconselhável para o ocidental, pois ele é trilhado nesta vida ou pelas inúmeras existências próprias.

Saibam, entretanto, que não deixa de ser duro à criatura, pela sua negligência, ir acumulando juros sobre juros, e mais as devidas correções. Proveniente a isso é que a Igreja Expectante dá aos seus noviços(as) a possibilidade de ir aplainando suas arestas com os conhecimentos adquiridos e abrindo desta forma a oportunidade para se fazer a aplicação direta do que aprendeu, assim também como a indireta.

Meus caros, não percam seus preciosos tempos. Apanhem suas cruzes e, sem olhar as dos outros, sem titubear, acompanhem as pegadas do divino e amado Mestre, Nosso Senhor Jesus-O-Cristo.

E para a Glória de Deus, do Cristo Cósmico, de Jesus e todas as Jerarquias, cumpramos com nossos deveres em todas as escaladas


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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

KOANS - I



1. Uma xícara de Chá
Nan-In, um mestre japonês durante a era Meiji (1868-1912), recebeu um professor de universidade que veio lhe inquirir sobre Zen. Este iniciou um longo discurso intelectual sobre suas dúvidas. Nan-In, enquanto isso, serviu o chá. Ele encheu completamente a xícara de seu visitante, e continuou a enchê-la, derramando chá pela borda.

O professor, vendo o excesso se derramando, não pode mais se conter e disse:

"Está muito cheio. Não cabe mais chá!"

"Como esta xícara," Nan-in disse, "você está cheio de suas próprias opiniões e especulações. Como posso eu lhe demonstrar o Zen sem você primeiro esvaziar sua xícara?"


2.Uma Parábola
Certa vez, disse o Buddha uma parábola: Um homem viajando em um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um precipício, tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem em suas mãos e pendurou-se precipitadamente abaixo, na beira do abismo. O tigre o farejava acima. Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre a esperá-lo. Apenas a vinha o sustinha.

Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento seus olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com a outra e o comeu.

"Que delícia!", ele disse.


3. Nas Mãos do Destino
Um grande guerreiro japonês chamado Nobunaga decidiu atacar o inimigo embora ele tivesse apenas um décimo do número de homens que seu oponente. Ele sabia que poderia ganhar mesmo assim, mas seus soldados tinham dúvidas. No caminho para a batalha ele parou em um templo Shintó e disse aos seus homens:

"Após eu visitar o relicário eu jogarei uma moeda. Se a Cara sair, iremos vencer; se sair a Coroa, iremos com certeza perder. O Destino nos tem em suas mãos."

Nobunaga entrou no templo e ofereceu uma prece silenciosa. Então saiu e jogou a moeda. A Cara apareceu. Seus soldados ficaram tão entusiasmados a lutar que eles ganharam a batalha facilmente.

Após a batalha, seu segundo em comando disse-lhe orgulhoso:

"Ninguém pode mudar a mão do Destino!"

"Realmente não..." disse Nobunaga mostrando-lhe reservadamente sua moeda, que tinha sido duplicada, possuindo a Cara impressa nos dois lados.


4. Garotas
Tanzan e Ekido certa vez viajavam juntos por uma estrada lamacenta. Uma pesada chuva ainda caía, dificultando a caminhada. Chegando a uma curva, eles encontraram uma bela garota vestida com um quimono de seda e cinta, incapaz de cruzar a intercessão.

"Venha, menina," disse Tanzan de imediato. Erguendo-a em seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal.

Ekido não falou nada até aquela noite quando eles atingiram o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e disse:

"Nós monges não nos aproximamos de mulheres," ele disse a Tanzan, "especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por que fez aquilo?"

"Eu deixei a garota lá," disse Tanzan. "Você ainda a está carregando?"


5. Sem trabalho, Sem comida
HYAKUJO, o mestre Zen chinês, costumava trabalhar com seus discípulos mesmo na idade de 80 anos, aparando o jardim, limpando o chão, e podando as árvores. Os discípulos sentiram pena em ver o velho mestre trabalhando tão duramente, mas eles sabiam que ele não iria escutar seus apelos para que parasse. Então eles resolveram esconder suas ferramentas.

Naquele dia o mestre não comeu. No dia seguinte também, e no outro.

"Ele deve estar irritado por termos escondido suas ferramentas," os discípulos acharam. "É melhor nós as colocarmos de volta no lugar."

No dia em que eles fizeram isso, o mestre trabalhou e comeu exatamente como antes. À noite ele os instruiu, simplesmente:

"Sem trabalho, sem comida."

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PENSAMENTO DO DIA

"A humildade é a perpétua quietude do coração. É não ter aflições. É nunca estar ansioso, aborrecido, irritado, ofendido ou desapontado".



Sri Daya Mata,
No Silêncio do Coração


terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Canto dos Companheiros

O Canto dos Companheiros
Extraído das Constituições de Anderson - 1723

I
SALVE ARTE DE CONSTRUIR! Tu divino Ofício!
Glória da Terra, vinda do Céu;
Brilho de Jóias preciosas,
Vendado aos Olhos de todos menos os dos Masons

Coro
Teus devidos louvores quem pode repeti-los
Em Prosa vigorosa, ou em fáceis Versos?

II
Como os Homens dos Brutos se distinguem,
Um Mason excede os outros Homens;
Pois o que em Conhecimento escolhido e raro
Não mora seguramente em seu Peito?

Coro
Seu Peito silencioso e seu fiel Coração
Conservam os segredos da Arte

III
Contra o Calor abrasador, e o Frio penetrante;
Contra as Bestas, cujo rugido devasta a Floresta;
Contra os Assaltos de Guerreiros temerários
A arte dos Masons defende a Humanidade

Coro
Que se renda Honra devida a essa Arte,
Da qual a Humanidade recebe tal ajuda.

IV
Insígnias do Estado, que alimentam nosso Orgulho,
Distinções importunas, e vãs!
Pelos verdadeiros Masons são deixados de lado:
Os Filhos da Arte nascidos livres desdenham tais Ninharias;

Coro
Enobrecidos pelo Nome que usam;
Distinguidas pelas ALFAIAS que trazem

V
Doce Companheirismo, livre de Inveja:
Amigável Conversa de Fraternidade;
Seja a Loja o Cimento Durável!
Que através dos tempos resistiu firme.

Coro
Uma Loja, assim construída, nos Tempos passados
Durou, e sempre durará

VI
Então em nossos Cantos façamos Justiça
Àqueles que enriqueceram a Arte,
Desde Jabal até Burlington,
E que cada Irmão leve sua parte.

Coro
Que circulem os brindes aos nobre Masons;
E que seus Louvores ressoem na altiva Loja.

O CANTO DO MESTRE - JAMES ANDERSON

O Canto do Mestre ou a História da Arte de Construir

James Anderson

Parte I

I
ADÃO, o primeiro do Gênero humano,
Criado com a GEOMETRIA
Gravada em seu Espírito Real,
Instruiu logo sua Progenitura
CAIM e SETH, que estão aperfeiçoaram
A ciência liberal na Arte
Da ARQUITETURA, que eles amavam,
E que comunicaram a seus Descendentes.

II
CAIM construiu primeiro uma Cidade bela e poderosa,
Que chamou Consagrada,
Do Nome de ENOCH, seu Filho mais velho,
E toda sua Raça o imitou:
Mas o piedoso ENOCH, saído dos Flancos de Seth,
Construiu duas Colunas com grande Habilidade:
E reuniu toda sua Família
Para construir verdadeiras Colunatas.

III
Nosso Pai NOÉ surgiu em seguida,
Um Pedreiro também divinamente instruído;
E sob Ordens divinas construiu
A ARCA, que tinha uma enorme Carga:
Ela foi construída segundo a verdadeira Geometria,
E foi uma bela Peça de Arquitetura;
Noé ajudado por seu filhos, em número de TRÊS,
Concorreram juntos para o grande Projeto.

IV
Assim do Dilúvio universal ninguém
Foi salvo, menos os Pedreiros e suas Esposas;
E toda Humanidade só deles sendo
Descendentes, fez prosperar a Arquitetura;
Pois eles, capazes de se multiplicarem rapidamente,
Aptos a se dispersar e povoar a Terra,
No largo e soberbo Planalto de SHINAR,
À ARTE DE CONSTRUIR deram um segundo Nascimento.

V
Pois a maioria da Humanidade foi empregada,
Em construir a Cidade e a Torre;
A Loja Geral ficou arrebatada de alegria,
Com tais Efeitos do Poder dos pedreiros;
Até que sua orgulhosa Ambição provocou
Seu Criador a confundir a Conjura;
Contudo se bem que em Línguas confusas falaram,
Não esqueceram jamais a sábia Arte.

CORO
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.
(Faz-se aqui uma pausa para beber à Saúde do atual GRÃO-MESTRE)

Parte II

I
ENTÃO deixando BABEL se dispersaram
Em Colônias para Regiões longínquas,
Todos verdadeiros Maçons, que podiam contar
Suas Obras para aqueles dos Tempos posteriores;
O Rei NEMROD fortificou seu Reino,
Com Castelos, Torres, e belas Cidades:
MISRAIM, que governava o Egito,
Ali construiu prodigiosas Pirâmides.

II
JAFET, e sua Raça valente,
Não deixaram a Arte de Construir por menos;
Nem SEM, e aqueles que o sucederam
Às Bênçãos prometidas por Herança;
Pois o Pai ABRAÃO trouxe de UR
A Geometria, a boa Ciência;
Que revelou, sem demora,
A todos os descendentes de seu Sangue.

III
Mesmo a Raça de JACOB com o tempo foi ensinada,
A deixar de lado o Bordão do Pastor,
E a usar a Geometria foi conduzida,
Enquanto esteve sob o Jugo cruel dos Faraós;
Até que nasceu MOISÉS o Mestre Pedreiro,
E levou a SANTA LOJA de lá,
E preparou os Pedreiros, aos quais quis
Dar sua Ciência notável.

IV
AHOLIAB e BETZALEEL,
Homens inspirados, construíram a TENDA;
Onde o Schekinah decidiu habitar,
E a Habilidade Geométrica surgiu:
Pois quando os valentes Pedreiros ocuparam
Canaã, os sábios FENÍCIOS aprenderam
Que as Tribos de Israel eram mais hábeis
Em Arquitetura sólida e verdadeira.

V
Pois o Templo de DAGON na cidade de Gaza,
Artisticamente apoiado em duas COLUNAS;
Pelos Braços potentes de SANSÃO foi derrubado
Sobre os Senhores Filisteus, que massacrou;
Se bem que fosse o mais belo Edifício construído
Pelos filhos de Canaã, não se podia comparar
Ao Templo do louvado Criador,
Por sua Força gloriosa e sua Estrutura bela.

VI
Mas aqui paramos um instante para brindar
À Saúde de nosso MESTRE e dos nossos Vigilantes;
E prevenir-vos todos a evitar a costa
Onde Naufragaram a Fama e a Fé de Sansão
Tendo um dia revelado seus Segredos à sua ESPOSA,
Sua Força se foi, sua Coragem enfraqueceu,
Aos seus cruéis Inimigos foi exposto,
E nunca mais recebeu o nome de Pedreiro.

CORO
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.
(Faz-se aqui uma pausa para beber à Saúde do Mestre e dos Vigilantes dessa Loja Particular)

Parte III

I
Nós cantamos dos MAÇONS a Fama antiga,
Quando oitenta Mil Obreiros estavam
Sob MESTRES de Nomeada,
Três mil e Seiscentos de valor,
Foram empregados por SALOMÃO o Sire,
E MESTRE PEDREIRO Geral também;
Quando HIRAM estava em Tiro a majestosa,
Como Jerusalém construída por verdadeiros Pedreiros.

II
A Arte Real era então divina,
Os Obreiros aconselhados do alto,
O Templo eclipsou todas as Obras,
O Mundo maravilhado tudo aprovou;
Homens engenhosos, de todos Lugares,
Vieram inspecionar o glorioso Monumento
E, de volta a casa, começaram a copiar
E a imitar seu elevado Estilo.

III
Por fim os GREGOS vieram a conhecer
A Geometria, e aprenderam a Arte,
A qual o grande PITÁGORAS demonstrou,
E que o glorioso EUCLIDES lhes comunicou;
O espantoso ARQUIMEDES também,
E muitos outros Sábios de valor;
Até quando os antigos ROMANOS examinaram
A Arte, e compreenderam a Ciência.

IV
Mas quando venceram a altaneira ÁSIA,
E a GRÉCIA e o EGITO subjugados,
Em Arquitetura exceram,
E Trouxeram toda a ciência para ROMA;
Onde o sábio VITRÚVIO, o primeiro Mestre
Dos Arquitetos, aperfeiçoou a Arte,
Nos Tempos pacíficos do Grande AUGUSTO,
Quando as Artes e os Artistas eram queridos.

V
Do Este trouxeram o Saber:
E como submeteram as Nações,
A espalharem de Norte a Oeste,
E ensinaram ao Mundo a Arte de construir,
Testemunhando pelas Cidadelas e suas Torres,
Para tornar mais fortes suas belas Legiões,
Seus Templos, Palácios, e Moradias,
Que falam os Pedreiros o GRANDE PROJETO.

VI
Assim os poderosos Reis do Oriente, e alguns
Descendentes de Abrão, como os bons Monarcas,
Do Egito, da Síria, da Grécia, e de Roma,
Compreenderam a verdadeira Arquitetura:
Nada de espantar se os Pedreiros se reúnem,
Para celebrar esses Reis-Pedreiros,
Com uma Nota solene e um correr de Vinho,
Enquanto os Irmãos cantam juntos.

CORO
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja
(Faz-se aqui uma pausa para beber à Memória dos Imperadores,Reis, Príncipes, Nobres, Burgueses, Eclesiásticos Sábios eruditos, que sempre propagaram a Arte)

CAVALEIROS DE PHILIPPE DE LYON



O QUE SIGNIFICA SER UM CAVALEIRO DA
GRANDE ORDEM DOS CAVALEIROS DE PHILIPPE DE LYON?

(Adaptado de O Semeador da Nova Raça, órgão informativo mensal de divulgação da Igreja Expectante - edições 111 e 112 - AGO-SET/1987)

A Igreja Expectante oferece duas linhas de serviço: a Sacerdotal e a Mística.

O verdadeiro Sacerdote é alguém intensamente dedicado a servir à humanidade, contando para isso com o amparo e a inspiração dos Mestres. Já o caminho místico é interno, menos visível, e quem o percorre concentra suas forças na busca de iluminação espiritual.

Contudo, a imagem do Cavaleiro é algo nebulosa. Vamos tentar defini-la.

A primeira característica do Cavaleiro é o auto-domínio. Desde a antiga tradição heróica grega, estabelecida por Homero e continuada por Virgílio, é louvada a virtude do homem que controla suas emoções, de modo a sair-se bem dos desafios impostos pela vida. Tal auto-domínio significa controlar impulsos de raiva, inveja, medo, desonestidade, traição e violência, por exemplo.

A segunda característica do Cavaleiro é o respeito pelos outros seres humanos. Um cavaleiro não se deve permitir criticar alguém, pois a ignorância, a pouca consciência interior, o apego doentio a valores egoístas e falsos geralmente constituem a raiz dos erros das pessoas. E o cavaleiro sabe que, em maior ou menor grau, tais defeitos participam também de sua natureza.

Em terceiro lugar, como a lenda do Graal tão bem ilustra, o Cavaleiro deve estar ciente de que uma certa pureza prática da vida é indispensável para sua estabilidade interior, e para que ele possa ter o mínimo de segurança em seu relacionamento com as forças das trevas existentes no mundo.

Este é o ponto prático fundamental: ninguém está livre do contato (e de eventual contágio) com as trevas. Só a pureza pode, graças à lei de afinidade, proteger o Cavaleiro em seu percurso pela roda das encarnações.

O Cavaleiro deve ter em mente que sua Sagração significa a escolha de um ideal. E que ele vai ser de fato um Cavaleiro na medida em que esse ideal tornar-se vivo nele.

O Mestre Sevãnanda, segundo Papus, dá as seguintes condições que um Cavaleiro deve atender ("Yo que Caminé por el mundo", página 295):

a) Capacidade de fazer uma síntese intelectual (a fim de evidenciar discernimento: qualquer Cavaleiro sem discernimento é presa fácil das ilusões das trevas pessoais e mundanas)


b) Capacidade de equilibrar o estudo por uma forte ação de serviço;


c) Capacidade de harmonizar tudo e vivificá-lo por forte onda mística (é preciso pôr o coração nas ações);


d) A oração é a base de tudo. Sem oração sentida não pode haver realização, nem cristã, nem mística, nem transcendental.

Um cavaleiro do Mestre Philippe de Lyon é um postulante a ser seu discípulo. Portanto, além dessas condições, um Cavaleiro do Mestre Philippe de Lyon deve controlar suas palavras, praticar a caridade (no sentido mais abrangente do termo) e AMAR prática e efetivamente aos outros.


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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mensagem do Dia


A identificação da alma com o corpo, contudo, é apenas imaginária, não é real. Em essência a alma é sempre pura. Os mortais comuns permitem que suas almas vivam como egos emaranhados na carne, não como reflexo do Espírito ou verdadeira alma.


A Yoga do Bhagavad Gita
Paramahamsa Yogananda
 
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domingo, 15 de novembro de 2009

CHRISTIAN ROSENKREUTZ - Parte I


Pelo Ir.Tácitus:::

O quase mitológico personagem da tradição Rosacruz, ainda há muito o que ser estudado e pesquisado. Não há verdades nem fatos comprobatórios de sua existência e por tal, dezenas de teorias tentam sem sucesso estabelecer seu perfil e existência. E parece que cada linhagem “atual” tenta explicar da sua forma, tentando contextualizar dentro de seus ensinamentos.


O único ponto em comum nessas linhagens e teorias, é o da presença de Christian Rosenkreutz em todas elas, os papéis da Fama, Confessio e Bodas. E mesmo assim aqui já há incertezas.

Alguns atribuem a Valentin Andreas os escritos da Fama Fraternitatis e os demais ao círculo de Tumbingen, até mesmo ironizando como uma grande comédia. Outros atribuem os escritos ao filósofo da Sociedade Real, Francis Bacon onde esse era o Imperator da época e escreveu com seus auxiliares.

Creio que o importante aqui não seja o fato de quem escreveu os documentos acima, ou a discussão de sua possível real existência. No livro “Trilogia dos Rosacruzes – AMORC pg.34” lemos:
“1604 – 120 anos após a morte de Christian Rosenkreutz, seu túmulo é aberto na Alemanha, ou mais exatamente empreende-se a preparação de sua “abertura”. Depois em 1614-1615, um Mestre da Ordem daquela época abre a cripta na Alemanha, na presença de um bisneto de um dos três Mestres e Companheiros de C.R.C.. Nessa Ocasião, importantes instruções são transmitidas a Francis Bacon pelo segundo”.
A dúvida que fica então é: Se afirmam tão enfaticamente que C.R.C. tem sua existência apenas simbólica para o renascimento da Ordem em determinado lugar, como explicar que houve uma abertura de uma cripta com bisneto de um dos Mestre e Companheiros de C.R.C, em que foram transmitidos instruções a Francis Bacon?

Como já dito, não importa. O que o verdadeiro buscador deve se atentar é para o estudo profundo de C.R.C. em seus três documentos supra citados. Ele viaja por vários lugares em busca de conhecimento e os adquire, entra em contato com místicos e esotéricos da sua época. Retorna ao seu país de origem e começa seu trabalho. Ao longo de alguns dias tem todo o simbolismo alquímico de sua purificação e regeneração (11ºGT antigo).

Como a finalidade desse estudo é o foco biográfico em C.R.C. deixo para trás tais questionamentos nas mãos do leitor e que tire suas próprias conclusões. Abaixo alguns dados interessantes e curiosos pesquisados por Michel Coquet em seu “Luzes da Grande Fraternidade Branca – Ed. Madras”, membro da Sociedade Teosófica:

• Uma de suas primeiras encarnações foi na América do Norte, onde realizava um certo batismo, era Sacerdote, isso em 22.605 a.C.

• Em 20.400 a.C. Sumo Sacerdote num templo da Birmânia, próximo a Chandernargor.

• Em 18.200 a.C. estava numa ilha que hoje é o deserto do Marrocos e da Argélia. Era uma raça muito adiantada, semitas atlantes.

• Governador da Cidade das Portas de Ouro, onde morreu em 16.811 e encarnou mais tarde, no corpo de uma mulher que teve filhos entre eles o Mestre Koot Humi.

• Em 12.000 a.C. encarnou no Perú e por volta de 10.800 a.C. na China e depois em 2.900a.C. na ilha de Creta.

• Foi Santo Albano que morreu em 303. Albanus eram um nobre romano nascido na Grâ-Bretanha, em Verulam. Viveu em Roma onde foi iniciado nos antigos mistérios. Voltou à Grã-Bretanha e governou a fortaleza Verulam. Cuidava da manutenção dessa fortaleza e era chamado “Mestre de Obras”. Abraçou o cristianismo porém sem perder seu lado esotérico, os mistérios e a religião cristã para ele eram complementares, e não antagônicos. Por recusar prestar o culto ao imperador Deoclidiano, foi decapitado em 303.

• Nasceu como Proclus em 412 em Constantinopla. Estudou em Alexandria e Athenas, onde foi discípulo de Syriano. Participou do grupo iniciático de Pitágoras que era super restrito na época. Iniciado nos mistérios de Eleusis. “Um filósofo deve abraçar todas as religiões deixando que seu espírito o penetre”.

• Sua próxima vida foi como Roger bacon, nascido em 1214 em Lichester no Sommerset. Era o “Admirável Doutor” em Oxford. Se tornou frade franciscano em 1240. Considerado o Pai da ciência experimental. Nessa época já era Rosacruz, perpetuava uma ciência hermética trazida do Egito. Espírito pesquisador e científico. Aqui iniciou o seu trabalho que mais tarde veria a ser Francis Bacon, continuando seu trabalho. Escreveu entre outros “Opus Major”, “Opus Minus”, “Opus Tertium”, “Speculum Astronomiae”. Faleceu em 1294.

• Encarnou como Christian Rosenkreutz na Alemanha em 1375. Organizou a Ordem R.C. com mais 12 responsáveis. Sintetizou o conhecimento de todos e o seu para formar o verdadeiro corpo espiritual de C.R.C. Foi este trabalho que ele desenvolveu juntando conhecimentos dos 11 pais Rosenkreutz estabelecendo assim a primeira técnica R.C. com 12 caminhos.

• C.R.C. é o Mestre Rackozi, Mestre R.

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IGREJA GNÓSTICA - origem e referências



IGREJA GNÓSTICA - GRAUS

A Igreja Gnóstica, revivida pelo célebre Jules Doinel é uma grande árvore com diversos ramos.
Originalmente, a Igreja recebeu uma doutrina essencialmente cátara, dando ênfase à pureza e a castidade.

Tinha apenas 4 graus:
Acólito, Diácono, Sacerdote e Bispo.
Este foi o modelo original, criado por Jules Doinel e que ainda existe em algumas organizações.

Posteriomente, o Patriarca Jean Bricaud acrescenta mais 4 graus:
Tonsurado (ou Clérigo), Leitor, Exorcista e sub-Diácono, totalizando 8 graus.

Assim iniciava dentro da Igreja Gnóstica um caminho operativo, tornando-a uma Ordem Iniciática, diferente da proposta de Doinel, que seguia a via da contemplação.

A doutrina pregada por Jean Bricaud tinha por base o catarismo, mas com fortes influênicas maçônicas e ocultistas.

Essa doutrina durou alguns anos, até que Jean Bricaud introduziu elementos do cristianismo ortodoxo na Igreja, chegando até a consagrar alguns Arquimandritas, que caracterizava os cleros branco (sem celibato) e negro (celibatário) da Igreja Ortodoxa. A doutrina ortodoxa foi logo retirada da Igreja, pois Jean Bricaud sentiu que estava fugindo das origens de Doinel, ficando somente as influências Maçônicas e ocultistas (o que não impediu alguns clérigos da Igreja de andarem vestidos de Monje ortodoxo pelas ruas).

Com a rápida expansão da Igreja e, devido a autoridade e independência dos Bispos, a Igreja Gnóstica ganha cada vez mais ramificações.

RAMOS DA IGREJA GNÓSTICA

Assim, temos várias ramificações da Igreja Gnóstica, que recebem os nomes de seus idealizadores:
-O ramo de Jules Doinel (esse ramo é o mais puro e, atualmente, encontra-se ativo dentro da Igreja Expectante);

Aquí cabe uma nota sobre a Igreja Expectante:
Esta Igreja foi fundada pelo Mestre Cedaior, que foi consagrado Bispo pelas mãos do próprio Jules Doinel. Esta Igreja tem clero próprio, e se a Gnose tivesse que eleger um Patriarca hoje, o único que poderia assumir o Trono de São João é, de fato e de direito, Mestre Thoth (Huascar Corrêia Cruz) atual Patriarca da Igreja Expectante, que comanda sua organização com sabedoria e pulso firme. O Sr. Huascar Correia Cruz (Mestre Thoth) é considerado por todos os Bispos Gnósticos do mundo inteiro como o último Apóstolo Gnóstico encarnado, e verdadeiro sucessor de São João.

-O ramo de Jean Bricaud;
-O ramo de Aleister Crowley (ativo na Ordo Templi Orientis);
-O ramo de Krum Heller (esse ramo é conservado até hoje dentro da Fraternitas Rosicruciana Antiqua);
-O ramo de Samael Aum Weor (muito ativo no Brasil e américa latina);
-O ramo Lucien Jean Maine (ativo dentro da Ordo Templi Orientis Antiqua).

Estes ramos citados são os mais antigos e conhecidos, mas existem dezenas de outras linhagens, não tão tradicionais quanto as citadas acima, mas de grande valor iniciático.

Algumas destas Escolas praticam uma Gnose mais pura, baseada nas culturas pré-cristãs, com forte influência oriental. Outras Escolas praticam uma Gnose com fortes influências judaico-cristã-islâmica.


- ramo Gnose da Psicologia
Alguns consdieram que ainda existe uma terceira manifestação da Gnose, baseada nos ensinamentos de Carl GustavJung. Esta Escola baseia sua Gnose na psicologia, dando ênfase na interpretação das reações psicológicas do homem e sua relação com o universo. Nesse ramo não existe clero nem sistema de graus, sendo apenas uma metodologia de trabalho interior.

DOUTRINA BÁSICA DA IGREJA GNÓSTICA

Um ponto em comum a todas estas Escolas é a Grande Virgem da Gnose, Sofia, que é de fato a grande manifetação egregórica da Gnose.Representa a base da doutrina e mãe de todas as organizações gnósticas, inspirando a Igreja do invisível.Abaixo dela está São Miguel Arcanjo (ou Mikael), que é o guardião da Igreja, agindo de forma diciplinadora. Sua influência estende-se tanto à clérigos quanto a fiéis da Igreja Gnóstica.

E completando a Trindade de comando espiritual da Igreja está o Mestre Desconhecido, um Ser Espiritual que comanda a Igreja como um Patriarca invisível, sendo o responsável pela administração e transmissão da Gnose no mundo.

O Mestre Desconhecido é o verdadeiro Patriarca da Igreja, visto que, com a morte do último Patriarca (Pedro Freire), a Igreja ficou sem comando terreno, salvo algumas organizações auto-céfalas que montaram sua própria estrutura, empossando seus próprios patriarcas, mas mesmo assim, estes são vistos como Arcebispos pelos demais, porque a transmissão formal do patriarcado não foi realizada por Pedro Freire.

Assim, os Bispos do mundo inteiro recebem influência direta do Patriarca invisível, o Mestre Desconhecido, como Chefe Supremo da Igreja.

A Igreja Gnóstica tem um grande corpo eclesiástico no mundo. Apesar de suas várias vertentes, ela conserva sua característica de Igreja e de Ordem Iniciática, e participar de seus ritos é ter a oportunidade de entrar em contato com essa grande fonte de inspiração e de vida: A Santa e Imaculada Virgem Sofia.

Rogamos aos Arcontes (guardiões) da Gnose que continuem guardando a Igreja em segurança, santidade e castidade iniciática. 
 
Fonte clique Aqui

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O BATISMO GNÓSTICO



O BATISMO GNÓSTICO
Por Thoth, 3º Patriarca Expectante


É sumamente profundo e, ao mesmo tempo, de uma qualidade especial fazer com que a criatura humana chegue ao conhecimento do seu real posicionamento com referência a sua estada aqui na Terra. Esse ritual nosso, que se refere à parte Gnóstica, que também é apensa à Igreja Expectante, abre ao indivíduo a chance, a oportunidade de, através de uma profunda análise pessoal e, ao mesmo tempo, com sua parte intelectual bem ativada, chegar à conclusão de onde veio, como veio e para onde vai.


Nós, dentro da parte de Gnose, procedemos de uma forma, cantamos hosanas e louvores a esse ritual, porque nos leva ao princípio de todas as coisas. Nos leva ao princípio da evolução das espécies. Nos leva ao princípio da compreensão inédita de o indivíduo ser uma parte integrante da criação nos três reinos da natureza. Porque nós viemos do mineral, do vegetal ao animal. Isso é um fato verdadeiro. Portanto, esse ritual gnóstico faz o indivíduo sentir em si a responsabilidade inigualável de ele ter conhecimento, com plena e absoluta consciência, do que ele é, como é, e para que ele foi o que é.

Por quê? Porque o leva a descer ao nível do mineral. Porque dentro de nosso ser temos todos os minerais juntos, provando que somos parte integrante desses minerais. Nós, dentro do nosso ser, temos uma floresta vegetal e também pertencemos à ela desde os primórdios. E, quando se refere à água, refere-se então ao ponto culminante das coisas dos reinos da natureza, porque da água brotou, brota e brotará todo princípio de evolução genética da criatura humana, através dos reinos mineral, vegetal e animal.

A IGREJA DO FOGO

Possuímos dentro de nós o verdadeiro foco de luz, de renascimento, de conhecimento de que de fato viemos desta parte tão importante da natureza. O Batismo Gnóstico, acompanhando a igreja à qual também ele pertence, porque a Igreja Expectante é uma igreja ecumênica, gnóstica e profundamente essênia. Com esses objetivos em mente, nós podemos compreender, viver, sentir a razão do nosso próprio viver, nascer e morrer. Porque só através desses princípios é que a natureza, é que o ser, é que a criatura vive, progride, recebe as benesses, como recebe também as moléstias, as doenças etc.

Eu acho que cabe a cada qual pôr em execução o seu intelecto, analisando de uma forma, digamos assim, sem um par de antolhos. A nossa visão deve ser completamente livre, desimpedida e, ao mesmo tempo, liberada a viver, criar, sentir e praticar.

Do fogo vieram todas as coisas, com referência a uma única palavra, que é deturpada, deteriorada, conspurcada, jogada ao lixo, porque torna-se uma palavra simplesmente pronunciada, da qual ninguém é capaz de ter a possibilidade de praticá-la. Porque é muito fácil eu dizer a você “eu te amo”. É a palavra mais corriqueira, mais banal, mais fútil, mais usável e menos praticada.

Tu dizes: “Eu te amo”. E eu te respondo: “Prova-me”. Você não pode provar que tem amor a um indivíduo. Porque esse indivíduo que você está dizendo que ama amanhã ou depois poderá tornar-se, quer você queira ou não, por questões de menor importância, um adversário seu. Onde está o amor? O amor não tem fronteiras. Onde está o amor? O amor sai do fogo sagrado do Criador. O amor é cósmico. O amor é indissolúvel e, ao mesmo tempo, inigualável. Fale para uma criatura humana: “Eu te amo”. Ela aceita aquilo com um prazer extraordinário. Mas, de repente, dá-lhe na telha, na cabeça, e ela diz: “Prova-me”. Fácil é falar, difícil é provar. E muito mais difícil ainda é praticar. Então, o amor é o fogo eterno em que se geram todas as coisas. O amor é o fogo divino. É um amor abrasador. Mas um abrasador suave, doce, um calor daquele que você necessita no corpo, na alma e no espírito. Por isso, a Igreja Expectante é Gnóstica, por amar esses reinos da natureza.

Amor, altar das almas puras, em que nele se medita um grande olhar, olhar de Deus nas alturas, que meu coração vem sondar.

A Igreja do Fogo, quer você queira entendê-la, quer não, quer queira senti-la ou não, existe, é o que dá o calor da vida. Porque sem o amor, sem o calor da vida, entraremos na vida glacial, no gelo eterno.

RESPONSABILIDADES INERENTES AO BATISMO GNÓSTICO 

Estas responsabilidades são imedíveis, impublicáveis e não posso comentá-las abertamente, porque dar-se-ia a água para aqueles que não têm sede, a comida, para aqueles que não têm fome e a visão, para aqueles que não querem ver.

Fonte: Egrégora Expectante

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O INCOERISMO



O Incoerismo

O Incoerismo nasceu da necessidade de uma nova aliança entre vanguardas e tradições iniciáticas. Contudo, o Incoerismo não é um movimento, justamente uma atitude libertária e axiocrática, resultante da exploração, ao mesmo tempo metódica e errante, das filosofias do Despertar, particularmente Xivaísmo, Taoísmo e Budismos, das vanguardas literárias, Surrealismo de André Breton, Colégio de Sociologia de Georges Bataille, Grande Jogo de René Daumal, das tradições iniciáticas ocidentais, maçónicas e herméticas, e por fim, dos grandes poetas portugueses do Espírito, Camões, Bandarra, Vieira, Pessoa, Agostinho da Silva...

Libertou-se desta aventura pouco comum uma estrutura única, uma arte iniciática e poética engendrada no corpo pela tensão partilhada do Espírito rumo ao Real.

O Incoerismo quer afastar a Pessoa, tessitura condicionada, para deixar livre o lugar do Ser. Ele traça uma linha invisível entre a Mulher, musa e iniciadora, o Espírito, o Vazio e a plenitude do Vazio.

Convite ao Silêncio, convite ao corpo percebido e não mais pensado, trata-se efectivamente de discernir o que é, na presença aqui e agora, contra todas as representações, sonhos quiméricos projectados nos tempos passados e futuros. Perceber o Universo antes que pensá-lo. Ser antes que fazer e ter. Viver antes que ser vivido.

Ao mesmo tempo solidão, até mesmo solipsismo, e livre companheirismo, procura de uma perfeita imobilidade e alternativa nómada. É incoerista aquele que escolhe o caminho do intervalo que desenham os paradoxos. Ele é aquele que passa sem porta. Ele é malabarista, dançando sobre o fio do Espíritio.

O Incoerismo, Dom-Quixotismo afirmado, prega uma loucura controlada que perturba as ordens estabelecidas, sociais, culturais ou pretensamente iniciáticas. Sucede-lhe suscitar violentas e irracionais reacções de hostilidade naqueles que dizem saber, poder, deter, transmitir... Como, de facto, pretender possuir ou transmitir o Grande Nada?

Rémi Boyer

Autor de quatro textos incoeristas :

Fragmentos de Absurdidade Sagrada

O Quadrante do Despertar

22 breves tratados incoeristas

O Discurso de Lisboa

Edições Rafael de Surtis



MANIFESTO INCOERISTA



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1- O Incoerismo é uma força de criação vertical, livre manifestação da Esseidade, alheia a tudo fazer e tudo ter, unicamente orientada para a Absolutidade, nascida do Oceano do Silêncio e brotada do Intervalo, como um génio demónico.

2- O Incoerismo gera a Vida como Performance a partir de uma postura de Despertar. Performance para se libertar mesmo da Libertação. Ou seja erguer a bandeira da perfeição dobrada na imperfeição. O Gesto Absoluto reside na perfeição do gesto imperfeito.

3- O Incoerismo é uma postura do corpo e do espírito contra todas as imposturas.

4- O Incoerismo é a consciência acrescida, a consciência de intensidade, a consciência de intenção, a consciência de que "eu sou" é o único criador, o único actor, o único encenador, o único realizador, enfim o único espectador do seu próprio espectáculo a que chama "mundo" e que apenas é "onda". Solipsismo total. Alto Jogo de "isso acontece" enquanto que "Aquilo permanece".

5- O Incoerismo nota sobre a Pessoa que a sua necessidade de coerência global é a fonte da sua alienação. A história, a política, as ciências, pretensamente humanas ou auto-proclamadas exactas, as religiões constituídas, as artes cristalizadas, são as patologias da Pessoa. O Ser é a única Coerência, alheio a todas as coerências, e o Grande Nada fica alheio a esta e àquelas.

6- Não existem valores universais, só existem valores pessoais. A questão dos valores, fonte de todos os conflitos, internos ou externos, resolver-se-á com a desaparição da Pessoa.

7- Estamos sob uma ditadura, subtil ou grosseira. Esta não nasceu num hipotético e improvável exterior mas em nós mesmos. O nobre combate é assim interno e axial. As brigas externas e periféricas levam invariavelmente à esgotamento. Não deixa de ser, ou torna-se tanto mais necessário desenvolver uma verdadeira Arte da guerra.

8- O Incoerismo desforra-se do tempo e de todos os tempos, para navegar, livre, nos mundos relativos, seguindo o vento do Querer.

9- A procura do transpor da arte tem o seu apogeu na Demanda de uma Arte de Nada, Arte absoluta do Intervalo. No Cruzamento da Beleza Absoluta, da Virilidade Absoluta, da Feminilidade Absoluta, só o Inapreensível é Arte.

10- O Incoerismo exige, clama, grava no Instante, e em Sempre, o respeito e a celebração ilimitados da Feminilidade Absoluta, essencial, universal, potestade magnífica e face sublime do Real, o Eterno feminino, em todas as suas formas, divinamente humanas ou humanamente divinas, todas sofiais.

11- Só os Mestres do Grande Nada podem reconhecer, na plenitude total do Ser, a subversão, o desvio e a Inversão como caminhos do Intervalo. Para os malcriados e desajeitados restará apenas agitação egótica da Pessoa.

12- O Incoerismo é a Ideia-Apreensão Amorosa, Lugar-Estado no ápex do Ser. Relâmpago de Absolutidade.

"Eu Sou, A Vontade Absoluta"

"Eu Sou, a Vontade Absoluta", simultaneamente alfa e ómega, décimo terceiro axioma e intervalo deste manifesto.

Fonte: http://pagesperso-orange.fr/aa.duriot/incoherisme/manifesteportu.htm

DA UTILIDADE DAS PATENTES

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009

DA UTILIDADE DAS PATENTES

"Bene veneritis Spiritu Sanctu quia vos vocavi per illum cui omne genu flequitur, coelestium, terrestrium et infernorum."
"Existe um Deus e eu tenho uma alma. Não é preciso mais nada para ser sábio. Foi sobre este alicerce que se ergueu todo o meu edifício". L. C. de Saint-Martin.
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1. O Iniciador de Saint Martin foi Martines de Pasqually (1710-1774 ?), figura controversa e misteriosa, que por sua vez havia fundado a Ordem dos Cavaleiros Maçons Elus Cohen do Universo, onde L. C. de Saint-Martin fora iniciado, em 1768, na prática da Teurgia - do gregoTheou Ergon, sig. Trabalho Divino -, ou via operativa.

2. Entre o discípulo e o mestre havia uma animosidade de Saint-Martin em relação a doutrina de Martines, referente a demasiada formalidade e solenidade aplicada no Rito Martinesista. Após a morte de Martines, Sain-Martin afastou-se da doutrina do seu antigo mestre, em virtude de suas convicções, buscando seguir o caminho que lhe parecia mais adequado, que veio a ser conhecido como a via contemplativa ou cardíaca.

3. Segundo Saint-Martin, a teurgia operativa seria, no mínimo perigosa, e deveria ser preterida em função de uma via mais adequada e menos perigosa.

4. O ponto de vista deste adepto, após a reflexão baseada na experiência, tanto pessoal quanto proveniente de outros buscadores, é favorável à procedência da opinião de Saint-Martin. A teurgia operativa não é, definitivamente, a melhor via de regeneração, sendo preferível, sem qualquer sombra de perigo ou eventual prejuízo do adepto a adoção da teurgia contemplativa ou via cardíaca, preconizada por Saint-Martin e adotada inclusive por Papus no fim de sua vida.

5. A excessiva solenidade na ritualística, as distinções de grau, ainda que meramente administrativas, jóias e demais sinais distintivos etc, servem apenas a um aspecto - e saliente-se -, o pior deles: à satisfação do ego. A respeito disso, há um parecer do Apóstolo Paulo, literis: "As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne" [Col. 2:23].

6. Despiciendo notificar que as prerrogativas e reivindicações baseadas em documentos são igualmente inócuas, sob o ponto de vista estritamente espiritual, quando não servem de combustível ao egocentrismo e ao pior dos pecados capitais: o orgulho. Tome como tema de reflexão a seguinte passagem: "Uma voz diz: Clama; e alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo"[Isa. 40:6].

7. Não quero com isso pisotear a Tradição, pois ela manteve de fato a Doutrina viva. Mas, infelizmente, ela já não se justifica. Se a iniciação, conforme preconizada por Sain-Martin, se dava nos planos íntimos do buscador, e ademais, a via operativa não seria a mais adequada a Regeneração (sendo esta o propósito primeiro da Doutrina em comento), não há que se emprestar tanta importância aspectos meramente burocráticos ou formalísticos. No entanto, no que se refere a convicção deste Adepto, ela deve ser respeitada, de fato, mas não nos parece que deva ser acolhida "juris tantum", ou seja, como prova absoluta de uma verdade incontestável.

8. Com o fito de se evitar, ou melhor, cortar pela raiz a guerra de patentes e papéis tão comuns às "ordens herméticas" modernas e contemporâneas, creio que esta reestruturação do Martinismo não seja apenas salutar como estritamente necessária. Quanto aqueles que estão escravizados a Tradição formal, que fiquem com seus papéis. O Pastor reconhece as suas ovelhas e suas ovelhas conhecem a voz do seu Pastor (Jo. 10:4).

Fonte: http://martinistainc.blogspot.com/2009/09/da-utilidade-das-patentes-o-iniciador.html

Sábado, 10 de Outubro de 2009
MAGISTERIBUS AMISCISQUE
ORDO SCIENTIAE ANTIQUI
DISCIPULUS AMICUS
PRIMITIAS
D.D.D.
CONFRADIS

Caro Irmão Petrus,
Harmonizar as afirmações de meus trabalhos anteriores nao foi tarefa nada fácil.
[...]
Tais foram os produtos do trabalho cometido.
Assim, não vislumbrei outro feitio de invocar a nobreza, vigília, perenidade, temperança, luz, comunhão e outras virtudes cognatas senão pela invocação do próprio Espírito Santo, o Paráclito (consolador).

Com esta desígnio empreendi algumas leituras, como faço comumente e assim que me dei com uma passagem que diz o seguinte:
"Paraclitus autem, Spiritus Sanctus, quem mittet Pater in nomine meo, ille vos docebit omnia et suggeret vobis omnia, quae dixi vobis"; está em João, 14:26, como julgo que sabeis.
Ademais, conforme Paulo afirma em sua epístola a Tito 3:5 acerca da "lavacrum regenerationis et renovationis Spiritus Sancti" creio que o Magister – me refiro ao Cristo – quando nos exorta a via de regeneração, da qual tanto nos escreve Saint-Martin, indica a iluminação oriunda do Espírito Santo, conforme inúmeras outras passagens, nas quais ele é sempre caracterizado como aquele que ensina [I Cor 2:13; Heb 6:4].

E assim, compulsei o paradigma do Cristo dado em Isaías 11:2, in verbis:
"Et requiescet super eum spiritus Domini: spiritus sapientiae et intellectus, spiritus consilii et fortitudinis, spiritus scientiae et timoris Domini".

Quem é este Espírito do Senhor, pleno de Dons e Graças senão o Paráclito, o Regenerador, aquele que resplandeceu sobre Jesus no Jordão, conforme o testemunho de João, fazendo-o Cristo – transmitindo-lhe a Graça inexcedível da Unção? Eis o Paráclito, anunciado pelo Magister, dado aos apóstolos no pentecostes (At 2:1-4), o qual trouxe também tantos outros Dons, como exemplo, a operação de maravilhas, a profecia, o dom de discernir os espíritos, a variedade de línguas e a interpretação das línguas [ICor 10:12] dentre outros.

Não houve como não invocá-lo, ademais sendo ele o responsável pela dispensação de tantas virtudes como as designadas acima; eis o Magister por excelência (pois através dele teremos o acesso ao Pai e ao Filho, pela coluna central do templo da Santa Tradição na qual fomos iniciados). E julgo eu que sabeis acerca do que me refiro.

Dentro deste contexto, dessa busca da verdade [Jo 17:17]que tem o poder de libertar [Jo 8:32], desta santa gnosis criei uma jaculatória peculiar. A sua primeira versão é longa: "Deus Pai, sê a minha Luz; Jesus Cristo, sê meu Mestre; Espírito Santo, guia-me sempre".
Verti posteriormente ao latim e atingi as seguintes sentenças: "Deus Patri sed mihi lux; Iesu Cristum sed mihi Magister; Espiritum Sanctum interdum dexeri me".

Assim, à vista de toda conjectura prévia, enfeixei a rogatória na última frase: "Espiritum Sanctum interdum dexeri me".
Sendo, pois o Espírito Santo aquele que ensina todas as coisas, aquele que comunica diretamente a gnosis salvífica e regenerativa, e por fim, o portador da iluminação, conclui que a invocação constante d´Ele pudesse suprir o desiderato de todas as rogatórias possíveis e desejáveis, porque "scit enim Pater vester, quibus opus sit vobis, antequam petatis eum" [Mat 6:8].
Como Motto, ou seja, uma divisa, fica portanto a sigla: E.S.I.D.M. que simplifica, hermeticamente, aquilo que foi dito.

Notai que a palavra central da rogatória é "INTERDUM", que significa eternamente. Assim a frase também se divide em três fatores: ESPIRITUM SANCTUM, o epíteto do Ente em si; INTERDUM, advérbio que caracteriza a natureza de Deus, o Pai, o ÉON sem fim ou começo e, finalmente, DEXERI ME, isto é, guia-me, no sentido de me guiar ao Cristo.

Assim, harmonizadas na rogatória as três pessoas da Santíssima Trindade, invocado o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que por sua vez dispensará todas as virtudes que necessito (creio-o) não há como atingir, dentro dos limites do meu intelecto, uma divisa mais simples e singela e profunda.
Pelo que, fundamentado em tudo que disse, declaro esta divisa como meu Motto.

IN CORDIS IESU
PUPILUS TUUM FRA INCOGNITUS
NOMINETENUS IN HIC SANCTA ORDO FRA E.S.I.D.M.
Postado por Incógnito às 08:04

Fonte: http://martinistainc.blogspot.com/2009/10/magisteribus-amiscisque-ordo-scientiae.html