quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Mensagem do Dia - 26/12
"As maravilhas da criação de Deus não podem ser descobertas por uma vaca; aos seres humanos pertence o exclusivo potencial de alcançar a onisciência da união com a Consciência Crística"
Paramahansa Yogananda, Eterna Busca do Homem
Fonte: Omnisciência
Tanta Certeza
Tanta Certeza
Quando temos muita certeza de que estamos certos com relação a alguma coisa, geralmente esse é o momento de reconsiderar.
Independentemente de qual seja o ponto em que sente que você está completamente certo e a outra pessoa completamente errada, recue e veja que existe um caminho em que ambos podem ter razão.
Ou, pelo menos, encontre uma maneira de ser tolerante com o ponto de vista da outra pessoa.
Quando temos muita certeza de que estamos vendo alguma coisa com clareza, normalmente é quando estamos mais cegos.
Por: Yehuda Berg - The Kabbalah Centre
Perspectivas Históricas do Rosacrucianismo
Perspectivas Históricas do Rosacrucianismo
No estado atual, podemos apenas verificar que, nos últimos anos, o interesse renovado da historiografia européia do rosacrucianismo se traduziu, sobretudo, por dois tipos de investigação. Por um lado, procurou-se colmar os espaços vazios que existiam no conhecimento do mosaico do rosacrucianismo histórico (sobretudo relativamente entre os séculos XVII e XVIII), estudando as diferentes formas "nacionais" do rosacrucianismo e procurando, assim identificar as analogias e as diferenças entre as várias realidades rosacrucianas, e verificar em concreto, e não em abstrato, a validade de suas várias interpretações, quer as clássicas (Waite, Frances Yates) quer as mais recentes (Robert Vanloo, Susanna Akermann). Por outro lado, retomaram-se e voltaram-se a ser propostas ou discutidas, conforme os casos, as várias interpretações surgidas até agora, concedendo-se geralmente uma particular atenção à forma como surgiram essas interpretações.
Paralelamente a esta dupla interpretação, hoje dominante, vão surgindo (sobretudo na Europa - um estudo sistemático da historicidade do rosacrucianismo) cada vez mais estudos e trabalhos de investigação que denotam o aparecimento de uma tendência historiográfica extremamente aberta às mais variadas hipóteses interpretativas, sem rejeitar a priori nenhuma hipótese e pronta a explorar todas as possibilidades de aprofundamento da questão, oferecida pelas ciências históricas e, ao mesmo tempo, caracterizada sobretudo por um esforço substancial para reportar os estudos sobre o rosacrucianismo à razão histórica pura, subtraindo-os à qualquer tipo de especulação sobre o movimento rosacruciano entre os séculos XVII e XVIII.
Sem dúvida alguma, o movimento esteve ligado aos acontecimentos históricos (econômicos, sociais, culturais e políticos ) dos países em que se manifestaram, entre 1600-1800. Os conflitos da Reforma e da Contra-Reforma originaram movimentos passionais, "reformadores" ou "anti-heréticos", proféticos e anunciadores quer de catástrofes terríveis, quer de uma renascença moral e religiosa que iria conduzir a uma próxima concórdia universal. Contudo, a Europa respirava um ar hermético desde as traduções de Marsilio Ficino do Corpus Hermeticum.
Não obstante, todos os vários rosacrucianismos "nacionais" tiveram vários aspectos em comum, sentiram a necessidade de se apoiar uns aos outros e acabaram por ter a mesma sorte, do ponto de vista histórico, que podemos até falar de um fenômeno efetivamente unitário, embora desde o irromper dos manifestos rosacruzes até fins do século XVIII, o fenômeno teve e manteve certas particularidades. Para se ter uma idéia do que seria um aspecto do rosacrucianismo em sua adaptação "nacional", reportamos o leitor ao rosacrucianismo na Itália do século XVII.
O rosacrucianismo na Itália parece ter crescido fora de um interesse puramente alquímico, até havia, mas era melhor expresso em poesia. Por volta de 1656, em Pesaro, Cristina era saudada em versos pelo poeta rosacruciano Francesco Maria Santinelli. Em 1659, Santinelli escreveu um poema, Carlo V, dedicado ao imperador Leopold em Viena. Neste poema há uma curiosa nota com a seguinte linha: "La mia Rosa Croce Aurea fortuna" (V:89) (Susanna Akermann, 1991). Num outro conjunto de versos, escritos em 1656 em Roma, pelo Marquês Massimiliano Palombara, "La Bugia" - uma segunda versão reside agora na coleção da Rainha Christina no Vaticano como " Ms. Reginensis Latini 1521"- existe a seguinte linha : "un compagnia intitolata della rosea croce o come altro dicono dell'aurea croce ".
Paralelamente a esta dupla interpretação, hoje dominante, vão surgindo (sobretudo na Europa - um estudo sistemático da historicidade do rosacrucianismo) cada vez mais estudos e trabalhos de investigação que denotam o aparecimento de uma tendência historiográfica extremamente aberta às mais variadas hipóteses interpretativas, sem rejeitar a priori nenhuma hipótese e pronta a explorar todas as possibilidades de aprofundamento da questão, oferecida pelas ciências históricas e, ao mesmo tempo, caracterizada sobretudo por um esforço substancial para reportar os estudos sobre o rosacrucianismo à razão histórica pura, subtraindo-os à qualquer tipo de especulação sobre o movimento rosacruciano entre os séculos XVII e XVIII.
Sem dúvida alguma, o movimento esteve ligado aos acontecimentos históricos (econômicos, sociais, culturais e políticos ) dos países em que se manifestaram, entre 1600-1800. Os conflitos da Reforma e da Contra-Reforma originaram movimentos passionais, "reformadores" ou "anti-heréticos", proféticos e anunciadores quer de catástrofes terríveis, quer de uma renascença moral e religiosa que iria conduzir a uma próxima concórdia universal. Contudo, a Europa respirava um ar hermético desde as traduções de Marsilio Ficino do Corpus Hermeticum.
Não obstante, todos os vários rosacrucianismos "nacionais" tiveram vários aspectos em comum, sentiram a necessidade de se apoiar uns aos outros e acabaram por ter a mesma sorte, do ponto de vista histórico, que podemos até falar de um fenômeno efetivamente unitário, embora desde o irromper dos manifestos rosacruzes até fins do século XVIII, o fenômeno teve e manteve certas particularidades. Para se ter uma idéia do que seria um aspecto do rosacrucianismo em sua adaptação "nacional", reportamos o leitor ao rosacrucianismo na Itália do século XVII.
O rosacrucianismo na Itália parece ter crescido fora de um interesse puramente alquímico, até havia, mas era melhor expresso em poesia. Por volta de 1656, em Pesaro, Cristina era saudada em versos pelo poeta rosacruciano Francesco Maria Santinelli. Em 1659, Santinelli escreveu um poema, Carlo V, dedicado ao imperador Leopold em Viena. Neste poema há uma curiosa nota com a seguinte linha: "La mia Rosa Croce Aurea fortuna" (V:89) (Susanna Akermann, 1991). Num outro conjunto de versos, escritos em 1656 em Roma, pelo Marquês Massimiliano Palombara, "La Bugia" - uma segunda versão reside agora na coleção da Rainha Christina no Vaticano como " Ms. Reginensis Latini 1521"- existe a seguinte linha : "un compagnia intitolata della rosea croce o come altro dicono dell'aurea croce ".
Estes versos difundiram observações adicionais à evidência de que o rosacrucianismo desenvolvera-se também fortemente entre os alquimistas e poetas italianos conectados à Fraternidade Alquímica Gold-und Rosencreutz Orden (Rosa+Cruz de Ouro), tornada pública por Sincerus Renatus (Samuel Richter) em 1710. (Susanna Akermann, 1991).
Se aceitarmos esta tendência, poderemos até ficar com o que Paul Sédir diz em sua "Histoire des Rose-Croix": "Eles adotam os costumes dos países onde se encontram. E, com efeito, podem viver no meio dos homens sem risco de serem identificados; apenas seus pares os reconhecem por uma certa luz interior. O Cristo disse: “O mundo não vos conhece”. É por isso que, quando eles mudam de país, mudam também de nome. Eles podem se adaptar a todas as condições, a todas as circunstâncias, falar a cada um em sua língua.
O verdadeiro problema passa então a ser o de estabelecer até que ponto se pode falar de um fenômeno rosacruciano à esteira daqueles movimentos nos dias de hoje, e que estejam constituídos de uma filiação autêntica. Em nosso entender, todas essas tendências da historiografia contemporânea, posicionam-se como reação a uma série de esquemas que chegaram, muitas vezes, até o absurdo e ao fantástico.
Se aceitarmos esta orientação de estudo e compreensão histórica e, sobretudo, de abordagem do fenômeno ‘rosacrucianismo’, torna-se evidente que, para se chegar a uma interpretação de conjunto (e que ao mesmo tempo abarque as suas manifestações particulares e "nacionais") do rosacrucianismo, todas as interpretações do rosacrucianismo surgidas até hoje são insuficientes, parciais ou demasiado exclusivas; no entanto, este campo de estudos históricos tem avançado muito nos últimos anos, e sabemos que cada uma dessas interpretações contém em si uma parte da verdade e pode contribuir para uma melhor compreensão do rosacrucianismo histórico nas suas linhas gerais, pelo que não pode ser rejeitada a priori.
Nesta perspectiva de investigação concreta, as várias interpretações tem sobretudo um valor de hipóteses de trabalho e de estímulo intelectual para podermos apreender o significado histórico do rosacrucianismo dos manifestos ao universo maçônico-alquímico do século XVIII.
Fonte: Desconhecida
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
O Surpreendente Conto do Cohiba Mágico
O Surpreendente Conto do Cohiba Mágico.
Pelo Ir.Dario de Lyon
Era 24 de Abril de 2024, uma noite quente, céu estrelado. O vento da Serra do Mar balançava minhas cortinas e trazia para dentro de casa o aroma das flores de acácia, cultivadas em estufa com temperatura e fotoperíodo controlados por computador. A fumaça de um Cohiba aromatizava o ambiente da casa nova.
- Mas papai ! Interrompe meu filho, vai contar a estória daquele verão novamente ?
- Não querido, retruco. Vou contar como fumei meu último Cohiba, antes de iniciar o PROCESSO ! Não fumei mais Cohibas até a importante data de hoje, onde um grande mestre completou 170 anos de seu nascimento...
- Que processo papai? Arguiu o pimpolho...
- O processo mais poderoso do mundo, respondi, com carinho. O processo mental de confiar em si mesmo, acalmar os pensamentos e realizar uma tarefa de cada vez; se ater aos preciosos segundos e parar o tempo e sublimar o espaço. Largue esse iPod Phillipe ! redargui.
- Ah... papai só mais um pouquinho, deixa eu jogar... convenci a mamãe após longos meses para ganhar ele de presente de aniversário!!! Sabemos que você não gosta de nada da Apple...
- Phillipe ! Presta atenção no papai ! Larga o iPod só um pouquinho !!!! E reverencie a importante data de hoje, você não sabe o trabalho que nos deu, para que você pudesse nascer, de parto normal, neste dia tão importante as três horas da manhã...
- Ah já sei papai! Você vai vir de novo com aquela estória de que, está vendo todos os tipos de pessoas que andam pelas ruas, elas não sabem por que o fazem mas você... você saberá...
- Filho meu... olhe agora para este charuto aceso, o que vês?
- Vejo algo marrom, com fogo na ponta, e fumaça e lá no céu
- Observe mais atentamente, o que vês ?
- Vejo bem... prestando mais atenção... vejo uma grande brasa vermelha ! as cinzas brancas que teimam em ficar na ponta do charuto e uma bordinha preta, bem pequena! E claro, a estrela Sirius que você adora, lá no céu...
- Isso mesmo filho ! Em que ordem ???
- Vai dizer novamente que o preto é a fonte de tudo, o vermelho é toda a energia astral e a cinza branca o fim? retrucou o piá.
- Sim filho meu... apenas inverta o raciocínio... mas mantenha a ordem das cores, assim é a nossa vida espiritual. Falando nisso filho, que idade tens?
- Cinco anos papai ! Que pergunta mais descabida é essa ? Anda bebendo muito uísque nas noites de Quarta-feira!!!
- Pois é filho, mas hoje faltei a um importante compromisso para o seu aniversário... quando sua idade for 3 anos novamente... e estiveres mais maduro para estes assuntos, entenderá tudo o que estou dizendo. Esperemos...
- Amores da minha vida, estamos esperando para cantar os parabéns, os convidados estão impacientes! - Grita Sophia da sala de jantar.
E assim foi... na noite de 24 de Novembro de 2012, fumei meu último Cohiba Mágico... antes deste, fechando o ciclo desta importante promessa...
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
Aprendendo a conversar com Deus
Para conversar com Deus é preciso antes de tudo aprender a estar em silêncio.
Muitos se queixam que não conseguem ouvir a voz de Deus e, portanto, não há nenhum mistério.
Deus nos fala. Mas geralmente estamos tão preocupados em falar, falar e falar, que Ele simplesmente nos ouve. Se falamos o tempo todo, nada mais natural que ouvirmos o som da nossa própria voz. Enquanto nosso eu estiver dominando, só ouviremos a nós mesmos.
Deus nos fala. Mas geralmente estamos tão preocupados em falar, falar e falar, que Ele simplesmente nos ouve. Se falamos o tempo todo, nada mais natural que ouvirmos o som da nossa própria voz. Enquanto nosso eu estiver dominando, só ouviremos a nós mesmos.
A maneira mais simples de orar é ficar em silêncio, colocar a alma de joelhos e esperar pacientemente que a presença de Deus se manifeste. E Ele vem sempre. Ele entra no nosso coração e quebranta nossas vidas. Quem teve essa experiência um dia nunca se esquecerá.
Nosso grande problema é chegar na presença de Deus para ouvir somente o que queremos
. Geralmente quando chegamos a Ele para pedir alguma coisa, já temos a resposta do que queremos. Não pedimos que nos diga o que é melhor para nós, mas dizemos a Ele o que queremos e pedimos isso. É sempre nosso eu dominando, como se inversamente, fôssemos nós deuses e que Ele estivesse à disposição simplesmente para atender a nossos desejos. Mas Deus nos ama o suficiente para não nos dar tudo o que queremos, quando nos comportamos como crianças mimadas. Deus nos quer amadurecidos e prontos para a vida.
. Geralmente quando chegamos a Ele para pedir alguma coisa, já temos a resposta do que queremos. Não pedimos que nos diga o que é melhor para nós, mas dizemos a Ele o que queremos e pedimos isso. É sempre nosso eu dominando, como se inversamente, fôssemos nós deuses e que Ele estivesse à disposição simplesmente para atender a nossos desejos. Mas Deus nos ama o suficiente para não nos dar tudo o que queremos, quando nos comportamos como crianças mimadas. Deus nos quer amadurecidos e prontos para a vida.
Quem é Deus e quem somos nós? Quem criou quem e quem conhece o coração de quem? Somos altivos e orgulhosos. Se Deus não nos fala é porque estamos sempre falando no lugar dEle.
Portanto, se quiser conversar com Deus, aprenda a estar em silêncio primeiro. Aprenda a ser humilde, aprenda a ouvir. E aprenda, principalmente, que Sua voz nos fala através de pessoas e de fatos e que nem sempre a solução que Ele encontra para os nossos problemas são as mesmas que impomos. Deus também diz “não” quando é disso que precisamos. Ele conhece nosso coração muito melhor que nós, pois vê dentro e vê nosso amanhã. Ele conhece nossos limites e nossas necessidades.
A bíblia nos dá este conselho: “quando quiser falar com Deus, entra em seu quarto e, em silêncio, ora ao Teu Pai.”
Eis a sabedoria Divina, a chave do mistério e que nunca compreendemos. Mas ainda é tempo…
Encontramos no livro de Provérbios a seguinte frase: “as palavras são prata, mas o silêncio vale ouro.”
A voz do silêncio é a voz de Deus. E falar com Ele é um privilégio maravilhoso acessível a todos nós.
Autor: Letícia Thompson
sábado, 20 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Riqueza Intocada
Riqueza Intocada
Tudo sofre na Terra implacável mudança,
Pólo a pólo, alma a alma, em ritmo profundo,
Mês a mês, dia a dia e segundo a segundo,
A vida se refaz, aprimora-se e avança.
Reflete no museu onde a História descansa,
Bronzes, troféus, brasões, em repouso infecundo,
Mostram que a pompa humana é cinza para o mundo,
Ontem, púrpura e sol; hoje trapo e lembrança...
Força, fama, ilusão, graça, beleza e glória
Caem da ostentação da senda transitória
Nos arquivos do tempo - o eterno sábio do mundo!...
Uma riqueza só permanece intocada,
A riqueza do bem que esparziste na estrada,
Luz a esperar-te além da alteração de tudo.
Psicografada por Francisco Cândido Xavier
Fonte: VELLOZO, Athos. - Dario Vellozo (a vol d´oiseau) Excertos.
Curitiba
1986, pág. 41 com dedicatória:
Para Rhadail, no rumo da "Estrela
Azul", lembrança do tio Athos. Em 29-3-86
A Gnose - Conselhos a um Neófito.
A Gnose
Conselhos a um Neófito.
F. CH. Barlet
Pedes conselhos, caros amigos, sobre a senda na qual te encaminhas; é tão vasta e difícil que considero que te tenho precedido de muito pouco, Sem embargo vou dizer-te o que tenho percebido.
Suponho antes de tudo, que se tu aspiras à Iniciação é porque pertences àquela raça de homens que os antigos chamavam real, não pelo seu nascimento e sim porque eram aqueles que não se deixam entusiasmar pelos vãos progressos de nossa vida material. Sabendo que fonte perigosa de lutas sangrentas e degenerescência encobre sua sedutora abundância, preferem consagrar-se por inteiro ao verdadeiro papel do homem, que é uma participação cada vez mais ativa na vida divina e o sacrifício para o bem de todas as criaturas. A mesma iniciação verdadeira a que aspiras não é senão uma preparação a esta santa e difícil missão.
Se queres obtê-la impelido por outros sentimentos, o melhor conselho que posso dar-te é o de renunciar a ela. Mas não esperes de mim, tampouco, que possa fazer mais que indicar-te a direção até o umbral de um santuário no qual todavia não posso lisonjear-me de haver penetrado; não se chega a ele por outra parte a não ser por seus próprios esforços. Tudo o que posso fazer é indicar-te os obstáculos ou arrecifes que tenho encontrado no caminho.
Tu sabes de que fenômenos somos testemunhas ou até agentes; seja precavido contra sua atração. Ecos distantes da luta formidável que nos espera, os tomamos em seguida pelo canto do triunfo. Quando o jovem, ao entrar no mundo, se vê marchar a si mesmo à frente da tropa fardada para a parada e ao general e ao estado-maior todos cobertos de ouro e cheios de condecorações, seu coração se inflama de entusiasmo pelo estado militar, ele não imagina os rigores e desgostos da disciplina cotidiana, nem as ignóbeis carnificinas do campo de batalha, nem a morte obscura que, emboscada, lhe espera a cada passo, vergonhosa e repugnante. Nada percebe a não ser a ilusão fascinadora do poder e as aclamações da multidão. Não te deixes seduzir por semelhantes ilusões.
Desconfia, ainda mais do assombro que produzem em ti os fenômenos prodigiosos; é a tua própria alma que eles põem em perigo!
É preciso conhecer o fenômeno, observá-lo em detalhe, não descuidar nenhum, - e há grande variedade, - mas encará-lo sempre com sangue frio, recebê-lo sem emoção, tratá-lo mesmo com a maior reserva, quase sempre com desconfiança, por mais sedutor que seja. Se o fenômeno é o escravo do verdadeiro Mestre, é o mais perigoso inimigo do neófito, e o mais orgulhoso tirano que o adula e o debilita o quanto pode; os antigos, tu o sabes, o representavam pelo símbolo da Sereia de canto sedutor, emboscada nas margens mais encantadoras para devorar a sua jovem vitima no fundo das águas, imagem fiel do perigoso Astral.
Tentarei indicar-te a razão disso, mas não poderás conhecê-lo completamente a não ser através de teus estudos.
O prodígio te assombrará só se o confrontas com o tipo de forças desta Terra. Mas não é sem razão que estamos encerrados nela; sem nossa couraça de carne, sem os Limites infranqueáveis de nossa atmosfera, estaríamos constantemente expostos ao torvelinho das forças cósmicas e, se queres fazer uma idéia do que são, contudo ainda que imperfeita, consulte apenas nossa ciência astronômica todo principiante em esoterismo deveria começar com ela, porque entra em um vestíbulo onde as portas do Universo serão entreabertas para ele.
A força sempre inseparável da matéria, como dizem os positivistas podem sustentar sua existência condenada às custas da nossa, subtraindo-nos essa parte de nosso ser que tu chamas corpo astral, não há seduções, malícias, mentiras, que sua alta inteligência e sua perversidade não inventem para fazer-nos cair entre suas garras. Em nenhuma parte a terrível luta pela vida é mais implacável que nessa região do Astral que nos circunda imediatamente, e dela provem quase todos os fenômenos do pretenso ocultismo.
Apolônio de Tyana a define claramente em algumas palavras: "Aqui, discípulo, passam os demônios em meio das tumbas, e aquele que ai chega é detido, e a aparição dos demônios o enche de medo e estremecimento; trata-se, neste caso, da magia e de todas as práticas da goécia". E mais adiante: "Aqui, o que é preciso é calar-se, estar tranqüilo, porque aqui está o terror" .
Eis aqui o abismo que deves ultrapassar, antes de chegar à iniciação. Não te espantes demasiado, pois a virtude basta para preservar-te, mas recorda também que o orgulho é o erro que te fará cair nele mais facilmente.
Recorde constantemente que as práticas que o assim chamado ocultismo poderá revelar-te são artes muito difíceis e que necessitam tanta pureza, humildade e virtude quanto ciência árdua e ampla. A mais perigosa, a mais penosa de todas é a defesa contra as seduções do fenômeno. É o perigo que a tradição representa sob o símbolo do DRAGÃO DO UMBRAL: seu olho, que persegue o neófito, o fascina como o da serpente e o faz rapidamente cair na garganta do monstro. Se tiver ainda ocasião de falar dele no curso de teus estudos, me será muito fácil relatar-te exemplos dos quais tenho sido uma impotente testemunha.
Guarda-te, pois, de imitar o grande numero de ocultistas que verás em teu redor a entregarem-se, com toda a imprudência da ingenuidade ou do orgulho, a essas forças que, em lugar de temer, se comprazem em chamar sem conhecer nada de sua natureza. Considera sempre a esses ocultistas em teu pensamento como os discípulos imprudentes ou presunçosos de algum mestre na arte química: uma ou duas vezes lhes tem sido dado entrever suas demonstrações; impressionados pela singularidade de seus produtos, pelas cores variadas dos precipitados, pelas transformações instantâneas de seus compostos, pelas inflamações e explosões que as acompanham, têm reproduzido algumas, e isso lhes bastam para se crerem sábios como o mestre e para declararem-se, por sua vez, químicos eméritos e fazerem-se os chefes da escola. Eu estaria mesmo autorizado a dizer-te que mais de um não tem buscado essa semiciência a não ser para extrair dela venenos que os tornem senhores, segundo crêem, da humanidade.
Convence-te, pois, querido amigo, que todas as práticas chamadas ocultas, quando não são crimes verdadeiros e de uma vergonhosa covardia, representam artes que não são possíveis a não ser pelo preço de uma ciência transcendental e de uma verdadeira santidade.
Se queres ser digno delas, teu primeiro esforço, e por muitíssimo tempo, é o de trabalhar sobre ti mesmo para dominar os defeitos que a todos nos afligem: armar-te depois, o mais que possas, de todos os conhecimentos de nossas ciências positivas, demasiado freqüentemente descuidadas e até desdenhadas pelos estudantes do esoterismo, quando, pelo contrário, são indispensáveis e dedica-te depois ao estudo da Religião, no sentido mais verdadeiro e elevado da palavra, à inteligência de seus preceitos e de suas práticas, ao significado profundo de seus símbolos e de seus mistérios. Que a tradição a que te dedicas, seja qual for, seja o primeiro ponto de teus estudos; não tardarás a convencer-te, mais adiante, que as diferentes tradições encobrem todas numa só Verdade, piamente conservada e, desde o momento em que possas percebê-la, sua assombrosa majestade te recompensará então das inevitáveis lentidões do labor que te indico. Eis aqui o que chamamos Gnosis!
Ao buscá-la, encontrarás que doutrina pode acercar-te a ela mais rapidamente ou mais seguramente; não deixes de pô-la em prática; teme só o deixar-te extraviar pela superstição; é na Religião que está todo o verdadeiro Esoterismo; desde os tempos mais remotos é nos Templos que se conquista a Iniciação, porque ela tem por finalidade e por efeito o de abrir os mais sagrados Santuários somente àqueles que estão decididos a consagrarem-se à salvação da Humanidade, como humildes servidores da Divindade.
Fora dessa via difícil e vasta, poderás encontrar muitos chefes que se oferecerão a iniciar-te; poderás decorar-te a teu agrado com títulos tão pomposos e solenes quanto vãos; poderás acreditar-te chamado aos maiores destinos, à gloria das potências misteriosas e temíveis; poderás chamar-te um ocultista, mas não serás nunca um Iniciado.
Mas se, como desejo, perseverares com prudência no caminho vasto e difícil do estudo e da CARIDADE, espero que me bendigas um dia por ter te mostrado os perigos da prática e haver-te afirmado a necessidade do labor intelectual, humilde e silencioso. Tua juventude e teu zelo me dizem que poderás chegar um dia a essa Terra Prometida que apenas me está permitida entrever, por ter errado muito tempo em sua busca.
Esse artigo foi publicado no nr. 46 de "La Iniciacion", de fevereiro de 1946.
Colaboração: D.V.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
O Silêncio Interior - relatório.
O Silêncio Interior
Pelo Ir. +Tácitus, S.I.I.
"Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação...".
Salmos 62:1
Lamentações 3:26
Calar, o quarto verbo dos sábios que procede Querer, Saber e Ousar. Calar, tão difícil de praticar seja pela necessidade profana de comunicação, seja pelo descontrole em manter-se quieto. É costume falarmos que o homem possui 2 olhos, 2 ouvidos, 2 orifícios nasais, porém 1 só boca; muitos acreditam que nossa constituição nos indica a necessidade de falar menos e escutar mais.
Estaria o homem em silêncio mesmo estando calado?
Sei da importância em não apenas controlar nossos impulsos externos, antes de externar qualquer palavra ou frase num diálogo, seja em nossa vida profissional, seja pessoal. A prudência e a paciência são virtudes importantíssimas à aquele que deseja labutar seu eu interior, controlando nossos impulsos, descontroles e ansiedades que nos levam a tagarelar profanamente, sem objetivo, sem rumo, sem vida, apenas bagunça.
Sei que o Silencio Interior está muito além disso.
Não basta fecharmos a boca para não falarmos besteiras desnecessárias. Antes sei que é necessário calarmos nossa mente, normalmente descontrolada em pensamentos intermináveis, fora de foco e sem objetivo. O homem pode estar vivendo aos barulhos orquestrais numa turbulência de bagunça mental, mesmo estando calado de boca fechada. Pensamento é som, e esse som ecoa por todo nosso interior e vibra de acordo com a qualidade vibracional, na mesma freqüência que a natureza de nossos pensamentos. Como pode almejar o "Calar" dos sábios se tal buscador não se mantém em silencio mental?
O Silencio Interior está muito alem disso.
Em seu interior mental bagunçado por maus pensamentos, ou pensamentos incessantes e esses por suas qualidades vibrando em nosso interior, despertam emoções. A emoção é um motor fortíssimo suscetível aos pensamentos, assim não me admira que toda pessoa mentalmente bagunçada, sofre constantemente dentro de si. Suas emoções assim como seus pensamentos, são turbulentos como um temporal em alto mar, com vendavais que vem de todos os lados, e leva o barco rumo a lugar nenhum deixando quase à deriva seus tripulantes. Mesmo calado, o buscador pode estar num temporal em alto mar de suas emoções, e isso, não é Silencio Interior.
Silêncio é sossego, calma, paz, tranqüilidade. Muito mais que uma ação, é antes, um estado de espírito. É uma conquista que a arduamente o buscador adquire pelos seus próprios esforços. O Silêncio Interior é um mar tranqüilo, calmo de águas límpidas e de brisa refrescante num admirável pôr do Sol. O verdadeiro sábio sabe por sua experiência que por mais ruidoso e barulhento que esteja seu redor, seu Mar Interior permanece inalteradamente tranqüilo, calmo e em paz. Calar-se exteriormente é apenas uma escolha, se assim o Sábio o desejar. Essa tranqüilidade é o resultado do equilíbrio e harmonia em que reinam seu eu mental, emocional e espiritual, que muito antes de calar sua boca, já está em paz consigo mesmo há muito tempo.
O Silêncio Interior é acima de tudo, uma arte.
Tão proveitoso silêncio em sua plenitude, nos coloca em contato com o que há de mais Divino e Nobre no ser humano, nossa Alma, nosso Princípio Inteligente. Tal silêncio, o qual comungamos com o Deus de nosso coração e com Ele formamos um, tal silencio que une, que eleva e que, diz a nós mais que palavras. O Silencio Interior é a porta pelo qual o Divino nos comunica sua sabedoria, seus desígnios; é através dele que erijo a base de minha grande obra, que culminará em minha reintegração ao Todo.
O som do Silencio Interior, inaudível ao ouvido profano, orquestra harmoniosa de Deus.
SILÊNCIO
Silêncio é a ausência total ou relativa de sons audíveis. Por analogia, o termo também se refere a qualquer ausência de comunicação, ainda que por meios diferentes da fala.
Na análise do discurso, breves ausências de fala marcam as fronteiras das unidades prosódicas utilizadas pelos falantes. O silêncio na fala pode ser resultado de hesitação, gagueira, autocorreção ou de uma deliberada diminuição no ritmo ou velocidade com o propósito de clarificar ou processar as ideias.
De acordo com as normas culturais, o silêncio pode ser interpretado como positivo ou negativo. Por exemplo, numa organização cristã, além que diversasOrdens Religiosas Católicas, aos Monges fazerem o Rito de Profissão Solene ele deve fazer o voto de silêncio, que é redimir toda sua vida num sagrado silêncio durante trabalho e oração.
Os surdos vivenciam uma cultura completamente silenciosa.
domingo, 9 de setembro de 2012
MARTINISMO RUSSO
RUSSIAN MARTINISM
by Milko Bogaard
Nicolai Ivanovitch Novikov (Colovion, 1744/05/08 - 1818/08/12,’new style’ ), Prince Nikolai Troebeskoi (Eques ab Aquila Boreali) and Peter Tatisjev (Eques a Signo Triumphante) founded in 1784 several Rosicrucian Lodges next to the existing Masonic lodges. The ties between the Moscovite freemasons and the German Rosicrucians (‘Gold und Rosenkreutzer’) were established around 1781-'82, when the Moscovite professor of philosophy and literature, I.E.Schwartz, returned from a visit to Germany. Schwartz was a fervent defender of the Rosicrucian movement and had a thorough knowledge of the works of Boehme and LC de Saint-Martin. In July, 1782 Schwartz had attended the Masonic Convention in Wilhelmsbad held by the Duke of Braunschweig, Grand Master of the Rite of Strict Observance. He also obtained from the German Rosicrucians the authority to promote the Order in Russia. Schwartz had begun to work with Novikov at the end of the 1770's. Their collaboration resulted i.a. in a 'printing company' which published Rosicrucian and Masonic books. The Moscovite Rosicrucians were known as ‘Novikov & Company’. Author Richard Pipes, who wrote several books on Russian history, on this period of Russian history ;
- Novikov’s circle consisted of men like Lopoukhine, Troubetzkoi, Tatistschev, Tourguéniev, the earlier mentioned Schwartz, Gamalei, Kheraskov etc. In 1787 Catherina II prohibited the publication of theosophical books and in 1789 she made it impossible for Novikov to print at the University Press. Finally, in 1791, Novikov's printing company was closed. Nevertheless, during a relatively short period the Rosicrucians/ Martinists had succeeded in publishing a lot of material. In 1792 (April 24) Catherina II started a lawsuit against the rosicrucians. On May 17, 1792 Novikov and others were arrested and condemned to imprisonment. Prince Kourakine was sent in exile. When Catherina II died (November 6, 1796) Novikov's detention was abolished by the new king Paul I. Although an attempt was made by the new rulers to allow mysticism even at the court, Novikov and his circle would never fully recover to its former glory. Although Novikov was released by Emperor Paul I ( who was a Grand Master of the Maltese Order ) in 1796, he was forbidden to resume his journalistic activities. The restrictions on Masonry, Rosicrucianism, and Martinism had its cause in political matters. The forthcoming campaign of Napoleon de Bonaparte against Russia would not improve the situation of the Esoteric Freemasons in Russia.
"The isolated existence of Novikov when he retired from social life and that of Gamaleya who lived with him in almost complete isolation after Novikov's imprisonment might be symbolic for the end of that period. It is not by chance that the old generation of Rosicrucians did not participate in the Freemasonic movement of the time"
Vyacheslav Vs Ivanov "Russia & Gnosis"
After Novikov's arrest in 1792, Novikov's followers, who are also known as the ‘Theorists’, were forced to operate in small groups meeting each other at secret gatherings. In the early 1810's, Novikov and Gamaleya started working on the compilation of a collection which would be known as the ‘Bibliotheca Hermetica’, a collection in which the Order's spiritual legacy was preserved. Their followers, the ‘Theorists’, remained active during the entire 19th century, allthough in small numbers. As mentioned at the beginning, Novikov and several others started to found some Rosicrucian lodges around 1784. The traditions of these Masonic-Rosicrucian Lodges included "the practice of Christian virtues and self- improvement, philanthropy, Christian mysticism, and opposition to atheism, materialism, and revolutionary tendencies". In 1788 a lodge in Moscow was established, others would follow. Within 30 years there were lodges established all over Russia, including Siberia ; St.Petersburg (1802, a stronghold of Rosicrucian/Martinist activities in Russia), Orel, Simbirsk, Mohilef, Wologda, Jaroslaf, and Tchernigov. In 1822, under the reign of Alexander I, Freemasonry was banned.
Gamalei, Posdeév and Arsenyev were initiated by Novikov on December 12, 1796 in Lodge ‘Saint Jean l’Apôtre’ , a lodge founded by Novikov in 1791. Arsenyev (probably son or grandson of …1) initiated Pierre Kaznatcheév , who was appointed delegate of the French Supreme Council for Russia in 1911. Pierre M. Kaznatcheév, who was the leader of the Martinist Lodges in Moscow (‘Saint Jean l’apôtre’) and Vladimir, metV.S. Arsenyev in 1905, a Theorist, follower of Novikov. Kaznatcheév , who did not belong to the Masonic Order, discovered that his Martinist views were very close to the views of Novikov's followers, the"Theosophists . Kaznatcheév orientated his Martinist Lodges "to objectives similar to those of the Moscow "Theorists" ( A.I.Serkov, "a History of Masonic collections in Russia" ). Several sources (i.a. Ambelain) claim that Kaznatcheév was initiated in the 'Theoretical Degree" of the German "Orden der Gold und Rosenkreutzer", the Golden Rosicrucians. The degree concerned was called "Theoreticus" 2=8, and it is a fact that I.E.Schwartz had obtained the authority to promote the German Masonic ‘Orden der Gold und Rosenkreutzer’ in Russia at the end of the 18th century. The question is "what is actually the Russian Theoretical degree?". I have found a reference to the Russian ' Theoretical degree" in a paper written by A.I Serkov who refers to this ‘degree’ as a Masonic Rite, quote:
"V.D.Kamynin, Secretary of the "THEORETICAL DEGREE" of Freemasons"
The "Theoretical Degree" most likely refered to the "Theorists", the followers of Novikov. Novikov had blended various teachings (LC de Saint-Martin, Boehme, de Pasqually, Gold und Rosenkreutzer, Esoteric Christianity) into a masonic rite, which is considered today to be the source of what we call "Russian Martinism". The initiation Kaznatcheév received from Arsenyev, was probably an initiation into the rite of the"Theorists" from Moscow, the Masonic "Theoretical Degree ", or in full, "The Theoretical Degree of Freemasons ".
Kaznatcheév was the leader of lodge "Saint Jean l’Apôtre". The Moscow lodge was one of the main lodges in Russia, and many candidates received their initiations, among which Ouspensky (pupil of Gurdieff) andAndrey Bely, a friend of Rudolf Steiner.
- Another famous Russian Martinist lodge was Lodge ‘Appolonius’ in St.Petersburg. Later renamed in Chapter ‘Emesch Pentagrammaton’ it continued until (at least) 1927. In Kiev there existed, as mentioned in the beginning of this text, lodge ‘Saint André’, led by Serge Marcotoune, member of the ‘Suprême Conseil’, who had received his initiation by Kaznatcheév. Jean Bricaud allegedly was in contact with this lodge in 1922. Up to (at least) 1939 this lodge had an active branch in Paris. In 1939 Marcotoune left Russia for the Canary Isles. His lodge was not reactivated after the war. In 1970 Marcotoune transmitted his authority to George Terapiano (by written letter, dated January 22, 1970) to represent the Russian Martinist Order. Marcotoune died in 1971 (January 15, 1971). There was also a Martinist lodge working at the Russian court of the Tzar, lodge ‘La Croix et l'Etoile’ (Cross and Star) led by Nicolas Nicolaevitch. Among its members were members of the Romanoff family. Under the influence of Rasputin the Romanoffs allegedly stopped attending the meetings of this lodge. The ‘Russian Martinists’ allegedly did not recognize ‘La Croix et l'Etoile’ . Russian Martinism as we know it today, is a blend of the original Masonic Rosicrucian movement of Novikov, with Papus' ‘Ordre Martiniste’. The two compatible movements 'blended' when Kaznatcheév orientated his Martinist Lodges "to objectives similar to those of the Moscow "Theorists" around 1905.
1) the initiator of Kaznatcheév was ‘Arsenyev’. Novikov had initiated ‘a certain Arsenyev’ in 1796, this was probably the (grand-)father of Kaznatcheév's initiator, who's name was probably V.S.Arsenyev. At least 3 or 4 generations of the Arsenyav family were involved in Masonic activities and in the 19th century a substantial part of the Moscow ‘Theorist’ collection were guarded by the Arsenyev's. The Arseniev's ; S.N.Arsenyev, V.S.Arsenyev, I.V. (Ioann) Arsenyev, and M.J.Arsenyev.
- Summarizing the situation of Martinism in Russia before the revolution of 1917 the following picture emerges; three main centers of Martinism existed in Russia:
1) The Sovereign Chapter "Saint Jean l’Apôtre" at Moscow. The leading S:.I:. of the lodge was Pierre Kaznatcheév. Kaznatcheév, ‘a representative of the ancient Russian esoteric tradition’, had inherited the tradition of Novikov from his initiator Arseniev (Kaznatcheév i.a. inherited the original ritual sword of Novikov from Arseniev). The most famous members of this lodge were the poets Andrey Bely ( friend of Rudolf Steiner), Maximilien Voloschine, Valèrie Brioussov; the critic Serge Kretchetov and his wife, the actress Lydia Ryndina. Daniel Fontaine, in his essay "El Martinismo Ruso del siglo XVIII a nuestros días", also mentions the mystic P.D. Ouspensky – follower and disciple of GI Gurdjieff – as a member of this lodge.
The Sovereign Chapter "Appolonius" at St. Petersburg. The leading S:.I:. of this lodge was Grigory Ottonovich Von Mebes. G.O. Von Mebes was a professor of Mathematics and, from 1911 onwards, author of various works on i.a. the Cabala and Arcanology/ numerology. Later the lodge was renamed into Emesch Pentagrammaton. Daniel Fontaine ("El Martinismo Ruso del siglo XVIII a nuestros días" ) states that Lodge ‘Emesch Pentagrammaton’ was a kind of inner circle of the St. Petersburg lodge were the advanced members studied the higher learnings of the Cabala and numerology. Von Mebes had written two works for this superior degree, a degree that was granted at ‘Emesch Pentagrammaton’, among which a course on the Cabala (which included an explanation of the first ten chapters of ‘Genesis’). Among the advanced members were i.a. Boris Touaref, professor at the university of St.Petersburg and author of the book"God Initiator", Zelinsky – author of a series of articles and works on the mysteries of Ancient Greece. Furthermore, the linguist Etimov, the poet and historian Viatcheslav Ivanov, senator Zakharov –represented i.a. Czar Nicholas II at the court of the Dalai Lama in Lasa, Leon Von Goer and Mme Voiekov (published various works under the name of ‘Perséfona’). After the revolution, the circle of Von Mebes continued its work defying the circumstances until 1927-1928 when Von Mebes was arrested.
The Sovereign Chaptre ‘Saint André, Apostle nº 1’ at Kiev. The leading S:.I:. was Serge Marcotoune. He had received the authorization to found this lodge in 1912 from ‘Saint Jean l’Apôtre’ in Moscow. He allegedly also received a letter from Bricaud in which he’s chartered to establish a Supreme Council for the Ukrain (D.Fontaine) Marcotoune was a member of the Ukrainian government in 1917,"who, at all costs, tried to keep Ukrain outside of the political upheavals of 1917." In 1920 Marcotoune was forced to close the Ukrainian lodge. After his arrival in France, he regrouped the Russian and Ukrainian community of Martinists of Paris and founded a new lodge under the authority of Jean Bricaud (authority granted in a letter, dated December 22, 1920). This lodge was first named ‘Renaissance’ but later changed its name to ‘Saint André, Apostle nº 2’. Daniel Fontaine ("El Martinismo Ruso del siglo XVIII a nuestros días") states that he and his fellow researchers discovered an ‘member-list’ in the original archives of this French lodge of Russian Martinists. Fontaine mentions i.a. the names of prince Repnine, Dr. Camille Savoire (R.E.R.), Keranz, Artemio Galip, Golinitchek Koutouzov, Kadin, Romachkof, Raymond (Supreme Council of France), Djemil Martin, Ivanof, Dorojinsky, Ivraemof, Desquier, Malkowski, Toussaint (Brussels), Count Cheremeteff, de Tombay, Pierre de Ribaucourt, Charles Riandey, (Supreme Council of France), etc. With regard to the names of Savoir and Ribaucourt (both high dignitaries of the Rectified Scottish Rite) Fontaine states that it seems that both men were initiated at the end of their lives in this lodge. It appears as if both Savoir and Ribaucourt expected to find the sources and even the doctrines of the original R.E.R. in this Martinist lodge. During the German occupation from 1940-1944 the Russian lodge continued its work. In 1953 Marcotoune retired and went to Spain without appointing a successor. In 1969 he authorized Terapiano to constitute a new Martinist group. Marcotoune published a summary of the Martinist doctrine as taught in Russia under two titles in France: "The Secret Science of the Initiates" (Paris, 1928) and "The InitiaticPath" (Paris, 1956).
"Russian Martinism is Autonomous. According to Robert Ambelain, Martinism would have made it possible to study the occult sciences and the lessons of Saint- Martin – The Templar ‘Stricte Observance’ made it possible to apply the practical side of Martinism – The’Gold- und Rosenkreutzer’ authorized the studies of the Alexandrian Gnosis, the Cabala,
and Slavic Paganism. ".
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domingo, 26 de agosto de 2012
ROSICRUCIAN - Questions and Answers
Rosicrucian Questions and Answers with Complete History of The Rosicrucian Order,
edição norte americana de 1941, exemplar hoje no Brasil.
domingo, 19 de agosto de 2012
A Loja Martinista "Luz Invizível"
A Loja
Martinista
“Luz Invizível”
Pelo Irmão TÁCITUS, S:::I:::I:::
Escrever
a história da Luz Invisível é tão difícil quanto precisar sua importância para
a história do esoterismo em Curitiba, Paraná senão para todo o Brasil. Seriam
necessários alguns volumes para poder detalhar com precisão todas as datas e
acontecimentos importantes desse pólo espiritual não por si só, mas também pela
personagem de Dario Vellozo expoente da cultura, ensino e ocultismo.
Dario Vellozo,
educador, simbolista, maçom, martinista, chefe editor de várias revistas de
cunho cultural e espiritual foi o pioneiro em várias tradições esotéricas em
nosso país, infelizmente pouco conhecido e não reconhecido pelos próprios
educadores e Iniciados de nossa atualidade.
Falar
da Loja Luz Invisível é falar de Dario Vellozo e vice versa.
Em
1899 já publicava a 1ª edição do seu livro “Templo
Maçônico” e já por essa época estava em contato com Irmãos na França, pois
era um assinante da revista L’Initiation e através dela tomou conhecimento do
Dr. H. Girgois, Delegado Geral da América do Sul
do Grupo Independente de Estudos Esotéricos de Paris, grupo de Papus e diretor
também da Loja Martinista Luz Astral em Buenos Aires. Em novembro de 1899 então
escreve sua primeira carta ao Delegado solicitando seu ingresso na Ordem
Martinista, assim como demais documentos para fundar um Centro Esotérico e
agrupar outros interessados na Ordem, em dezembro do mesmo ano é correspondido;
começa então uma série de correspondências entre eles.
Logo
no mesmo ano de 1900 em 3 de maio funda o Grupo Independente de Estudos
Esotéricos “Luz Invizível” ainda com a grafia com “Z”, nessa mesma data
apresenta os Regulamentos da Luz Invizível onde no Capítulo I, Arti.1º consta: “O Centro Luz Invizível é congregação
destinada a promover por meio de conferências, leituras, palestras sessões
práticas e questões dirigidas ao Quartel General, o estudo da Ciência Oculta,
Magnetismo, hipnotismo, sociologia, literatura esotérica, etc. etc...”.
Ainda nos Regulamentos do centro, consta que se baseavam pelos “Estatutos
Gerais do Grupo”, que nada mais eram que os estatutos do próprio Grupo do
Quartel Geral de Papus em Paris.
A
autorização de funcionamento chega por carta patente datada de 10 de julho de
1900 assinada pelo próprio Dr. H. Girgois (Carta IX-39)
onde esta escrito “Pelo presente, o
Comitê Diretor confere ao Ir. Dario Persiano de Castro Vellozo todos os poderes
necessários para efeito de fundar em Curitiba, Paraná, o grupo de estudos
esotéricos “Luz Invizivel” e convida a todos os membros a terem em conta a
presente decisão. Nasce a pleno vigor e funciona então de forma regular a
autorizada o primeiro grupo esotérico de cunho martinista do Brasil.
Uma
explicação precisa ser dada, no mesmo ano mais exatamente em 20 de setembro de
1900, Dario Vellozo, maçom juntamente com outros funda a Loja Maçônica Luz
Invisível, regularizada em 14 de julho de 1901, nascida no R.E.A.A. Essa Loja
não teve ligação alguma com o GIEE Luz Invizivel, não unicamente pelo fato de
nas próprias palavras do Ir. Dario Vellozo: “É
intenção nossa fundar uma Loja do Rito Escocês Antigo e Aceito sob a jurisdição
da Grande Loja Estadual, de membros escolhidos, que se dedicarão aos estudos
dos Mistérios Maçônicos e publicamente (mas sob o mais profundo sigilo) à
prática da caridade. Dos membros da Loja seletarei aqueles possam pertencer ao Centro,
e ao Centro aqueles que possam iniciar-se na Loj::: Mart:::”. (Carta de
DV a Girgois de 24 de março de 1900, o grifo é
do próprio DV). Explica-se assim o
motivo da criação da Loja Maçônica, do Centro de estudos ou GIEE e da
existência da Loja Martinista Luz Invisivel.
Em
96 de novembro de 1905 recebe Dario Vellozo o título de Mestre em Hermetismo, assinado pelo
próprio Papus.
Em
1906 Dario Vellozo viaja até Buenos Aires para o “Congresso do Livre
Pensamento” e também para o “Congresso Maçônico”. (Erasmo Pilotto em Dario Vellozo, Cronologia – 1969).
Encontra então pessoalmente aquele veio a ser seu Iniciador. As
correspondências continuam, recebe os Rituais Iniciador 1, 2 e 3. Recebe
diretamente de Paris, assinado por Papus e Maurice Barrés, a Carta 141
nomeando-o “Delegado Especial” e logo na sequencia a de “Delegado Geral” para o
Brasil.
Em
Buenos Aires , na Argentina quase duas décadas após chegariam os Mascheville, que viriam a expandir o martinismo no
Brasil.
Além
desses ligados ao GIEE tinham alguns membros correspondentes: Gonzaga Duque
(RJ), Domingos Nascimento (Florianópolis), Figueiredo Pimentel (Niterói).
Um
de seus que se destaca, era Joao Itiberê: “(...)
em 1892, um curitibano que se educara na Bélgica, que fora colega de bancos
escolares de Maeterlink, no colégio Saint-Michel,
que vivera a vida do grupo jeune Belgique, que convivera com os mestres da
literatura da época na Bélgica e na França, como os ouvidos e o espírito cheios
das idéias do Simbolismo e de Arte Nova – em 1892 esse curitibano voltava à sua
terra e à sua cidade. Era João Itiberê da Cunha, - Jean Itiberê, como assinará
a maioria das suas produções. Profunda seria a sua influencia no Paraná em
relação ao movimento da Arte Nova. E como ouvira pessoalmente Péladan,
e estava a par de todo o movimento paralelo, e conhecia Stanislas de Guaita, Papus, Eliphas Levi, etc., trouxe também, a revelação de sua
obra esotérica e mágica, que iria ser tão influente na orientação do pensamento
de Dario Vellozo.” (Erasmo Pilotto,
Dario Vellozo, Cronologia – 1969). Alguns vêm nessa passagem outra
possível
iniciação de Dario Vellozo, mas que ainda não pode ser comprovada.
É um
dos poucos que registrou e manteve contato com Philéas
Lebesgue.
Mesmo
após o primeiro encontro de muitos com Albert Costet de
Mascheville (CEDAIOR) no ano de 1925, Dario Vellozo (APOLONIO DE TYANA)
o recebeu no Instituto Neo Pitagórico e já doente ajudou Cedaior a se
estabelecer e iniciar seus trabalhos no Brasil. Diga-se que com a chegada
desse, varias iniciações ocorreram, e vários membros do grupo de DV trabalharam
juntamente com Cedaior e posteriormente com Jehel seu
filho.
Nas
explicações que se dão a seguir é informado que as atividades do GIEE Luz
Invizivel cessaram suas atividades públicas, e todas as reuniões continuaram a
existir de forma discreta assim como iniciações e passagens de graus
martinistas que ocorreram dentro da "Cella de Apolônio"; conforme
registrado em cartas e certificados após essa data 1919.
Nota-se aí o inicio do serviço martinista incógnito que DV realizava.
Nota-se aí o inicio do serviço martinista incógnito que DV realizava.
O
GIEE Luz Invisível trabalhou por 19 anos ininterruptos de atividades, palestras
e estudos quando devido a cisão da maçonaria no estado do Paraná, e tendo em
seu grupo membros de ambas os lados dessa cisão, decidiu adormecer o GIEE para
evitar problemas para os seus. Finda então a organização externa de seu
trabalho Martinista, que funciona com registros de Iniciações e passagem de
graus até 1934, apenas três anos antes de Dario Vellozo falecer. (Questionário de ingresso e Juramento de
iniciação a OM de Noemia Amaral Gutierrez em 19 de agosto de 1934).
Assim Dario Vellozo militou no martinismo por
37 anos consecutivos, um numero muito difícil de se atingir mesmo nos dias de
hoje. Vemos que de efêmero apenas as vãs afirmações ao contrário que até o
momento foram feitas a seu respeito.
Alguns
membros iniciados pelo próprio DV deram continuidade em seu trabalho
de forma livre e independente, e dessa forma esse conhecimento nos chega até
hoje.
Chega
através de documentos escritos a mão pelo próprio DV encontrado nas casas de
descendentes de membros de seu grupo, como Julio Theodorico Guimarães (o qual
dedicou a 1ª edição de 1899 do "Templo Maçônico" de DV),
Emiliano Pernetta, Ermelino de Leão, Sebastião Paraná, Alô Ticoulat
Guimarães, João Itibere “Jean”, arquivos da Biblioteca Pública, MIS, entre antiquários
e até mesmo sebos. Apesar da linhagem ter morrido com Dario Vellozo, a atual Luz Invizível tem sua herança espiritual, pode desejo.
Dessa
forma a atual Loja Luz Invisível herdeira espiritual de Dario Vellozo hoje legalmente
reerguida e restaurada, trabalha também como Grupo Independente de Estudos
Esotéricos, onde nele é reavivado e colocado á sua altura merecida, os
ensinamentos esotéricos e todo o trabalho iniciático de Dario Vellozo, ou
melhor, de Apolônio de Tiana. Trabalha nos mesmos moldes e estrutura da antiga
Luz Invisível de 1900 à 1937. A adoração cardíaca por suas obras
está presente entre nós como verdadeiro sacerdócio, fulgor daquela época,
enterrada por mais de 73 anos.
Assim
colocamos Dario Vellozo justamente onde deve ser lembrado por todo buscador da
via cardíaca:
Como o Mestre do passado de nossa tradição, grande Iniciado de
sua época.
Fraternalmente,
+Tácitus, S:::I:::
Fonte: Hermanubis Martinista
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