Por Milko Bogaard
Tradução: Marco A.Guimarães
Antoine Court de Gébelin (1719? – 1784) foi um dos membros fundadores dos "Philalétes". Foi iniciado na Loja Maçônica "Des Amis Reunis" em 1771. Em seguida se filiou a Loja "Les Neuf Soeurs" em Paris, onde ele supostamente auxiliou na iniciação de um crítico de seu trabalho, chamado Voltaire.
Tradução: Marco A.Guimarães
Antoine Court de Gébelin (1719? – 1784) foi um dos membros fundadores dos "Philalétes". Foi iniciado na Loja Maçônica "Des Amis Reunis" em 1771. Em seguida se filiou a Loja "Les Neuf Soeurs" em Paris, onde ele supostamente auxiliou na iniciação de um crítico de seu trabalho, chamado Voltaire.
Court de Gébelin foi um pastor protestante que iniciou sua busca esotérica durante seus últimos dias de vida. Ele foi o fundador da "SOCIÉTÉ APOLLONIENNE" (posteriormente chamada de "Musée de Paris"), uma sociedade dedicada às artes e ciências, a qual ele atuou como presidente até o final de sua vida. Court de Gébelin foi o primeiro (conhecido) ocultista que publicou ensaios do Tarô como um instrumento da Tradição Ocidental. Ele afirma que o Tarô era um artefato antigo do Egito.
Estes ansaios foram publicados em um trabalho literário principal em 9 volumes, publicado entre 1773 e 1782 entitulado "Monde primitif, analysé et comparé avec le monde moderne" (O Mundo Primitivo, analisado e comparado com o mundo moderno). Neste trabalho ele procurou reconstruir a primeira civilização, uma civilização na qual foi universal, intelectualmente avançada, e iluminada espiritualmente, de acordo com Court de Gébelin (isto foi afirmado por alguns líderes de escolas renascentistas, que foram seguidores de Platão).
"O livro foca em duas grandes áreas de interesse: (a) linguística e (b) mitologia e simbolismo. Com considerações do autor, Court de Gébelin, apresentou dicionários de etimologia, que ele chamou de uma gramática universal, e fala sobre as origens da língua falada e escrita. Quanto a mitologia e simbolismo, ele discursa as origens da alegoria na antiquidade e uma historia do calendário numa perspectiva civil, religiosa e mitológica." ( J.V. Revak “Court de Gébelin, father of modern esoteric Tarot” )
O livro "Mundo Primitivo..." incluía dois ensaios sobre o Tarô. Um deles escrito pelo próprio Court de Gébelin, e o outro o autor atribuiu a "M. le C. de M". De acordo com diversos historiadores, as abreviações eram de "Louis-Raphael-Lucrèce de Fayolle, Comte de Mellet", um nobre e oficial da cavalaria do século XVIII. De interesse especial é que o Comte de Mellet alegou que os Arcanos Maiores correspondiam ao alfabeto hebraico. "Ele sugeriu um sistema, como esse: a carta "Mundo" = a letra hebraica "Aleph", Julgamento = Beth, o Tolo = Tau. É geralmente aceito por muitos que foi Eliphas levi quem foi o primeiro que introduziu as correspondencias entre os Arcanos Maiores com o alfabeto hebraico.
O conceito do tarô como uma Adivinhação tola foi também discutida por Comte de Mellet. Ele se refere ao Tarô como "O Livro de Toth". As ideias de ambos eram normanelmente rejeitadas pelas escolas modernas, principalmente porque falharam em usar racionalmente argumentos ou apresentar se quer pedaços de evidências convincentes de suas próprias posições.
Todavia, o livro "Mundo Primitivo", Analisado e comparado com o Mundo Moderno", foi um enorme sucesso na época. Segundo Court de Gébelin, ele descobriu sozinho o conteúdo esotérico do Tarô. Errou ao creditar a Comte de Mellet, uma falha a qual sugere que o Court de Gébelin não foi o primeiro a especular o conteúdo esotérico do Tarô e sua antiga história. Porém a dúvida: E quanto a Aliette (Eteilla, a eleita supostamente fundadora do Rito dos Perfeitos Iniciados do Egito), a cartomante francesa que formou a "Sociedade do Tarô" - entusiastas que continuaram as atividades depois da morte de Aliette em 1779?
Supostamente, é possível também que houvesse algum conhecimento dentro das Lojas Maçônicas sobre o conteúdo esotérico do Tarô. Sabemos que o Tarô apareceu na Itália medieval. De interesse especial é a afirmação que o Tarô é originado no Templo de Serapis em Nápoles, Itália. O Templo de Serapis esta agora ao nível do mar, e muito dele foi destruído durante a Segunda Guerra mundial. Lá existe um relato de escavação feita próximo ao século XX, na qual relata as descrições das ilustrações, 20 no total, e uma estátua na entrada.
(French Institute of Archaeology in Cairo, and Michael Poe “Ancient Egyptian Metaphysics” )
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