domingo, 31 de janeiro de 2010

A PALAVRA PERDIDA REDESCOBERTA


Manifestação de Gary D. Colby na Loja Union Station, em Washington, EUA. (Transmitida por José Filardo em 27/07/2009)

Meus Irmãos:

Tenho um anúncio emocionante. Encontrei a palavra perdida de um Mestre Maçom! Ela está no envelope diante de você - mas não o abra ainda!

Armados com a palavra perdida, nossos irmãos, no passado, eram reconhecidos, honrados, e bem recebidos em todo o mundo.

Eles eram líderes em e de suas comunidades. Eram policiais, empresários, médicos, operários, advogados e estadistas. Cada cidadezinha tinha uma Loja Maçônica no seu centro, e cada capital tinha suas Lojas fortemente unidas.

Os maçons alimentavam os famintos, vestiam os nus, alojavam, educavam, e protegiam os órfãos. Nossos irmãos históricos eram a nata de suas comunidades.

Eles sabiam quem eram, e todo mundo sabia quem eles eram. Tudo por causa de uma única palavra!

Em algum lugar ao longo da linha, a palavra foi perdida. Os maçons esqueceram sua palavra. Eles não a passaram adiante. Os novos nunca a aprenderam. No espaço de poucos anos, ao que parece, ninguém mais sabia a palavra.

Hoje, muitos maçons parecem não perceber que tal palavra sempre existiu. Mas existiu - e existe!

A palavra era uma parte do alicerce sobre o qual a Maçonaria foi construída. É uma parte da organização - guardada em um cofre subterrâneo.

Embora a palavra possa ter desaparecido da mente dos maçons, ela se encontra ali até que gerações futuras a descubram.

Eu não alego uma genialidade ou astúcia especial por tê-la descoberto. Em vez disso, sinto-me um pouco como o Huno que descobriu a Grande Muralha da China, na revista em quadrinhos de Gary Larson, "Far Side", (um cavalo e o cavaleiro pregados contra a muralha, e um homem pensando “diabos, de onde veio ISSO?")

A hora chegou, senhores, de cada um de vocês agora redescobrir a palavra perdida. Abram seus envelopes, por favor.

“RELEVÂNCIA", meus irmãos, é a palavra perdida do Mestre Maçom.

Há muito tempo atrás, nossa Fraternidade era relevante. Fazíamos um bom trabalho, e os homens se atropelavam para se juntar a nós.

Nós ajudávamos os pobres. Nós ajudávamos os desesperados. Nós o fazíamos, juntos, e fazíamos bem!

Nós éramos uma Irmandade, e não uma burocracia.

Hoje, infelizmente, o inverso está mais perto da verdade. Temos linhas de Oficiais da Grande Loja, linhas de Oficiais de loja, linhas disso, comissões daquilo, conselhos de alguma outra coisa, mas onde nos conduzem essas linhas? Será que elas nos conduzem a algum lugar? Será que elas realmente nos conduzem?

Tudo se resume a três pequenas palavras, e uma um pouco maior: COMO NÓS SOMOS RELEVANTES?

Hoje, podemos reunir 25 homens para presentear uma comenda de 50 anos de maçonaria. Que diabos! 25 homens vão procurar UM Irmão para lhe dar uma comenda de 50 anos!

Enquanto isso, o Joãozinho na escola do fim da rua NÃO SABE LER, o seu parque de diversões está caindo aos pedaços em torno dele, e ele tem medo de ir para casa porque os ratos saem de suas paredes durante a noite!

É verdade, no seu estado atual, nossa Fraternidade não pode corrigir todas estas coisas, nem sequer a maioria delas, mas o QUE ESTAMOS FAZENDO?

Estamos preocupados com o buraco na tela da porta da viúva Harrison, e no próximo mês estamos dando uma bolsa $ 100 para o filho de algum maçom que vai entrar na faculdade, independente se ele ganha ou não ganha o dinheiro.

Ah, e então, naturalmente, vamos nos dar uma palmadinha nas costas e aplaudimos alguns mais que outros.

Agora, não me interpretem mal; nada há de errado em ajudar Maçons com mais freqüência que não-maçons. No entanto, se vamos nos perguntar por que os membros de nossas comunidades não estão mais nos procurando, temos de tentar nos ver da forma como eles nos vêem.

O que os Maçons fazem que seja relevante para as pessoas em suas comunidades?

Ok - vamos ajudar a comprar UTIs de câncer, ou talvez fazer uma campanha de coleta de sangue de vez em quando, e, algumas vezes, convidamos os escoteiros para uma reunião, mas hei! Quem não faz isso?

O que diferencia a Maçonaria de outras organizações? Por que nós esperamos que os homens se juntem a nós em vez do Lion's Club, o Rotary Club e outros clubes de serviço?

No momento, a nossa melhor resposta parece ser: Segredos! Grandes Segredos! Grandes segredos Importantes!

Francamente, acho que temos vivido das glórias de nossos irmãos no passado por um longo tempo. Acho que os homens se juntam a nós hoje, porque eles querem participar de um clube social, e eles ouviram falar do passado glorioso da maçonaria.

Acho que se candidatos potenciais soubessem da confusão em que se encontra a Fraternidade neste momento, estaríamos em maiores apuros do que estamos agora...

A investigação realizada pela Força Tarefa de Renovação Maçônica que foi convocada, e em seguida ignorada pela Conferência dos Grãos-Mestres nos EUA indica o que os homens querem:

-eles querem oportunidades sociais - tanto para si quanto para suas famílias.

-eles querem oportunidades para servir suas comunidades - eles querem meter a mão na massa, não apenas emitir cheques.

-Eles querem aprender a se tornar melhores líderes, e eles querem, com o tempo, tentar assumir uma liderança.

ISTO É RELEVÂNCIA! ISTO É O QUE OS HOMENS QUEREM!

E porque não estamos oferecendo essas coisas agora, poucos homens estão aderindo - e eles não vão ingressar até nós lhes ofereçamos isso!

Hoje, os homens não querem que percamos seu tempo lendo atas e apresentando convidados. Nossas pesquisas mostram que não querem ritual, eles não querem receber pregações, eles não querem "refletir sobre as lembranças felizes produzidas por uma vida bem vivida e morrer na esperança de uma imortalidade gloriosa". ELES QUEREM VIVER! Aqui! Hoje! Agora!

Eles vêm até nós porque querem que lhes proporcionemos a oportunidade de se reunir, servir e liderar - e, se a nossa Fraternidade quer sobreviver, vamos ter que lhes fornecer essas oportunidades.

É ESTE O NOSSO DESAFIO!

ISTO É SER RELEVANTE!

- e ISSO é o que nos vai levar para o século XXI e além.
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sábado, 30 de janeiro de 2010

UPASIKA - PROGRAMA DE ESTUDOS

"Opus Philosophicae Initiationis"

Tras muchos años de trabajar en la difusión de textos esotéricos y espirituales en la web, Biblioteca Upasika propondrá -desde mediados de 2010- un Programa de estudios en varios niveles para poder comprender el Camino esotérico y aplicarlo en la vida diaria.

Aquellos que quieran anotarse en el Programa para cuando éste empiece, pueden hacerlo enviando un correo electrónico a:  upasika.com@gmail.com dejando su nombre, ciudad, país y año de nacimiento.

El nivel informativo se impartirá exclusivamente vía web, con materiales y textos descargables en forma gratuita.

Aquellos que deseen continuar, deberán contestar un formulario para recibir el siguiente nivel.

A partir del segundo nivel el cursante pagará una cuota mensual de U$S 1 a fin de financiar los proyectos de Upasika.

OBS.: O material já está sendo traduzido para a língua portuguesa

DESCARGA DEL PROGRAMA DE ESTUDIOS COMPLETO em: Programa de Estudo Upasika

O Absoluto e o Início da Manifestação

No Princípio

O autor hebreu que escreveu o Génesis iniciou esta obra com uma palavra nova, única, jamais usada em todo o Antigo Testamento: Bereshit. (1)
Jerónimo traduziu-a por "in principio", termo que admite duas interpretações: uma concreta (mais próxima do sentido da palavra hebreia) e outra abstracta (que se aproxima da tradução grega en arché). Depois, os diferentes tradutores afastaram-se cada vez mais do sentido original, interpretando in principio como "no começo".

As palavras-chaves que nos permitem compreender o verdadeiro sentido do primeiro versículo do A.T. são as três primeiras: "Bereshit bara Elohim". Vamos estudá-las, então, para depois comparar a tradução resultante com o texto conhecido nas diversas versões bíblicas.

A palavra "bereshit" é formada pela preposição be e pelo substantivo reshit, começo, parte inicial. Por isso, usada substantivamente, como no Génesis, esta palavra não se refere a um começo temporal (ao princípio do mundo material), mas a um princípio lógico e ontológico, que é muito anterior àquele. É o Absoluto, o Princípio inteligente e inteligível, a Sabedoria divina, na altura em que concebe ou imagina o Universo, antes da manifestação activa (2) . Esta tarefa é anterior ao começo da manifestação, no Período de Saturno, a que a Bíblia se refere no segundo versículo (3) . Para isso, usa a substância existente na altura (4) , que é expressão de uma das duas energias existentes. (5)

A segunda palavra, "bara" (criou), é um verbo de acção sem sujeito. Não identifica quem criou. A ausência do sujeito assinala o facto de o autor da acção transcender o pessoal.
A terceira palavra, "Elohim", além de não ser o sujeito da oração, é uma palavra que está no plural. Significa, literalmente, deuses. Há aqui um paradoxo aparente, que não deixa de intrigar, ainda hoje, os teólogos, em virtude do qual o Deus único dos hebreus é designado por um nome no plural.

Recorde-se que o autor do Génesis não era monoteísta. De facto, contrariamente à opinião tradicional da Igreja, o monoteísmo dos Judeus não é um fenómeno remoto, mas surgido em épocas mais avançadas. Este monoteísmo atingiu a expressão plena exactamente na época posterior ao cativeiro. Foi então que o velho deus tribal, Javé, se transformou em Deus único, Criador do mundo, omnipotente.(6)

A palavra "Eloim" refere-se a uma hoste de seres bissexuais, masculino-femininos, expressão da dupla energia criadora, positiva-negativa. Os tradutores, embaraçados com o significado desta palavra, preferiram usar a palavra Deus, que é neutra e singular. Para designarem os seres que, no primeiro capítulo os hebreus denominaram Eloim e no segundo Javé (Javé era e é, um dos Eloim).7

Vamos agora juntar estes elementos e traduzir mais fielmente esta frase. Teremos, então: O Princípio (O Absoluto ou Deus) criou os deuses. Ou, se lermos "nas entrelinhas": O Princípio, tomando a dupla energia existente (a eterna essência do espaço cósmico) (8), criou os deuses (a dupla energia), que fizeram o duplo céu.

1 Na realidade, Jeremias usa-a quatro vezes, mas com sentido completamente diferente (N. da R.)
2 Max Heindel, Conceito Rosacruz do Cosmo, 2ª ed., págs. 147, 295.
3 O Período Solar está descrito no terceiro, quarto e quinto versículo; o Período Lunar no sexto; O Período Terrestre nos seguintes: Época Polar no nono; Época Hiperbórea, versículos 11 a 19; Época Lemuriana, versículos 20 e 21, a E. Atlante, no versículo 24 a 27, e a E. Ária nos versículos seguintes.
4 Max Heindel, ob. cit. Pág. 149-150, 256.
5 Daqui a célebre locução Ex nihilo nihil: do nada, nada.
6 Max Heindel, ob. cit., pág. 263; Cf. Sergei Tokarev, História das Religiões, Ed. Progresso, 1986, pág. 286.
7 Max Heindel, ob. cit., pág. 263.
8 Max Heindel, ob. cit., pág. 149.

domingo, 24 de janeiro de 2010

APRESENTAÇÃO DO MARTINISMO





Traduzido do Espanhol pelo Irmão Albertus S. I.
Hermanubis Martinista


Há muitos grupos que se denominam Martinismo. Sem dúvida, a Ordem Martinista, que com este nome uma só, é uma escola de altos estudos, completas por si mesma, englobando vários graus e muitos anos de estudo e prática.

O Martinismo é uma Escola de Iniciação Real, uma Ordem de ensino superior e um Centro de altos estudos esotéricos.

Trataremos de expressar brevemente alguns conceitos sobre a definição dada.

É uma Escola, pois se divide em ensino e guia sistemático. Junto a instrução coletiva, há uma individual, que é a mais importante. A cada integrante se entregam os meios necessários para o desenvolvimento, de acordo com a própria experiência e temperamento. Cada um de nós tem um ritmo diferente em sua evolução, fator que é levado muito em conta no Martinismo.

Segundo Louis Claude de Saint-Martin, o verdadeiro sentido da palavra "iniciar", em sua etmologia latina, quer dizer aproximar, unir ao princípio. A palavra "initium", significa também "princípio que começa".

O integrante do Martinismo se inicia em um caminho, cujas metas se assinalam mais adiante. Deve ter uma transformação que o capacitará para converter-se em um novo ser. Se trata de um renascer, ou seja, voltar a nascer. De uma pessoa que se deseja arrastar por uma torrente, pelo meio, pelo externo; se converterá em uma pessoa com identidade própria, com pensamentos seus, com capacidade para transformar e construir, passando da vida terrena para a vida espiritual.

Real, porque o disse anteriormente não são especulações intelectuais. O Martinismo não é uma instituição onde se deve vir a aprender e acomular-se de conhecimentos teóricos. Para isso existem muitas outras organizações e muitos livros. O Martinismo trabalha com forças sutis da natureza e exige de seus integrantes um desejo sincero e efetivo de superação e aperfeiçoamento. Seus estudantes devem lutar por um desenvolvimento integral de todo o seu ser, que os transformará em um novo homem ou uma nova mulher. Façamos uma analogia; é como haver vivido como lagarta e crisálida dentro de um casulo e logo aprender a rompe-lo, convertendo-se em alada e livre borboleta.

Uma ORDEM devido a que seus ensinamentos e integrantes se tenham hierarquizados a semelhança da organização que existe em todo o Universo. Os estudantes vão se agrupando em diversos níveis, segundo seu grau real de desenvolvimento, a fim de conseguir um estudo coletivo harmônico e ao mesmo nível, que se une a uma preparação individual.

Vejamos porque dizemos ENSINO SUPERIOR. Todos os temas de estudo das disciplinas correntes interessam ao Martinismo. Também todos os estudos esotéricos, herméticos, religião e filosofias. Estes temas são um meio para o aperfeiçoamento do homem; são elementos que permitirão servir melhor seus semelhantes. Traz a diversidade de disciplinas e filosofias, se descobrem os pontos de união e se encontra um Plano Universal que rege acima de todos. Conhecer esse plano e trabalhar de acordo com ele, é o objetivo destes ensinamentos. São os meios para se atingir os fins transcendentes e superiores.

Dizer que é um Centro de altos estudos esotéricos, nos leva a tratar de definir este último termo. O esoterismo é o estudo do que está oculto ou escondido da maioria dos homens. Há uma série de aspectos do universo e de nós que estão por traz do visível, e inclusive, por traz dos meios de percepção.

Justamente estes aspectos são as causas do mais denso e visível. Mediante o aperfeiçoamento e desenvolvimento, se pode investigar e descobrir leis, princípios e estados que para a maioria não existem, porque não os conhecem. Diz um comunicado do organismo máximo do Martinismo: "É muito importante não confundir o sentido desta última palavra ( esotérico ) ... que não tem nada a ver com certo ocultismo de baixo nível, ávido de "poderes" extraordinário, de "manifestações" sensacionalistas e de certas "comunicações". Desde logo, sabemos que o Invisível pode manifestar-se ante o homem de diferentes maneiras, e é precisamente por isto que tais manifestações devem ser consideradas de forma séria e com respeito, e que é preciso admitir sua eventual realidade com extrema prudência".

Finalmente, sinalizamos que o Martinismo pretende ser uma FRATERNIDADE. No Martinismo se reúnem pessoas de diferentes crenças, de distintos níveis de desenvolvimento que pertencem, ou não, a outras instituições, de diversas idades, homens e mulheres, estudantes, profissionais, donas de casa, empregados, etc.. Todos trabalhando unidos por um ideal comum e quem sabe compreendendo algum dia que traz o externo e acidental, que nos diferencia, existe algo interno e essencial que nos faz iguais, por serem filhos de uma mesma Criação. Quando se consegue esta comunicação de alma com alma, se estabelece um irrompível laço de irmandade.

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O MORMONISMO E A MAÇONARIA






A cerimônia de Investidura de Templo é simplesmente uma versão modificada da cerimônia da Maçonaria que existiu muito tempo antes de Joseph Smith nascer. Joseph e Hyrum Smith eram maçons ativos. Muitas partes da Cerimônia de Investidura do Templo (verbosidade, apertos de mão, posições de braço, palavras sussurradas, avental de folha de figo, contra-senhas secretas, cantos, etc.) foram plagiadas de cerimônias da Maçonaria. Joseph Smith introduziu a cerimônia de Templo mórmon dentro de 2 meses depois de se tornar maçom. Havia maçons na multidão que matou Joseph pois ele, antes de ser fuzilado, ergueu os braços numa atitude maçônica e disse: "Oh, Senhor, meu Deus! Não há nenhuma ajuda ao filho da pobre viúva?". Eles tiveram problemas com o plágio da cerimônia maçônica na cerimônia de Templo mórmon. Por favor, note que nem a cerimônia maçônica nem a Cerimônia de Investidura do Templo mórmon são secretas, pois todos os detalhes estão em domínio público.

Heber C. Kimball escreveu para Parley P. Pratt:
"Nós organizamos uma Loja maçônica aqui... cerca de 200 tornaram-se maçons. O irmão Joseph e Sidney [Rigdon] foram os primeiros a serem recebidos na Loja. Todos os doze se tornaram membros exceto Orson P. [Pratt]... o Irmão Joseph diz que a Maçonaria foi tomada do Sacerdócio, mas foi desvirtuada.... Nós temos a verdadeiro Maçonaria".

De uma cópia mecanografada de uma conversa do Dr. Durham comparada cuidadosamente com uma fita gravadada e declarada exata por Mervin B. Hogan, Secretário da Loja de Pesquisa maçônica de Salt Lake City, Utah. No Help For the Widow's Son, by Reed C. Durham, p. 25.

A história das placas douradas esculpidas em uma abóbada de pedra curvada é bem parecida com uma história mais antiga da Maçonaria.

O termo mórmon "Reino Celestial" é terrivelmente semelhante ao termo maçônico "Loja Celestial Acima".

(...)

"[A Maçonaria é]... a guarda e depositária (desde Enoque) das grandes verdades filosóficas e religiosas, desconhecidas para o mundo...".
Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, by Albert Pike, Washington D.C., 1958, pág. 210.

A cerimônia de investidura SUD foi mudada muitas vezes (basicamente está sendo reduzida).

Joseph e a Loja maçônica de Hyrum estava se tornando a maior Loja maçônica em Illinois. Os maçons não-mórmons estavam se sentindo ameaçados pela posse da maçonaria pelos SUD. Veja Evidências e Reconciliações (primeira edição), pelo Apóstolo John A. Widstoe, volume 3, pág. 358.

O traje mórmon (roupa íntima) tem símbolos de pagãos de maçonaria, como o compasso e o esquadro.

Até ser removido recentemente da cerimônia de Templo mórmon, os protetores do Templo juravam:

1. que por penalidade poderiam ter suas gargantas cortadas de orelha a orelha.
2. que por penalidade poderiam ter seus corações arrancados de seus peitos;
3 que por penalidade teriam seus corpos estripados.

Nas cerimônias de investidura mórmon antes de 1990 faziam-se estes juramentos e eles foram diretamente copiados das cerimônias da Maçonaria.

Fonte: aqui

sábado, 23 de janeiro de 2010

A LEI INICIÁTICA DO SILÊNCIO





Por: Antonio Rocha Fadista - M.·..I.·.


Platão, chamado a ensinar a arte de conhecer os homens, assim se expressou: “os homens e os vasos de terracota se conhecem do mesmo modo: os vasos, quando tocados, têm sons diferentes; os homens se distinguem facilmente pelo seu modo de falar”.

O pensamento do filósofo Iniciado nos oferece uma excelente oportunidade para uma profunda reflexão, principalmente para todos os que integram a Ordem Maçônica.

Nem sempre nos damos conta de como nos tornamos prisioneiros das palavras que proferimos, por serem elas a expressão do poder do pensamento e da transmissão das nossas idéias e sentimentos, tornando-se assim o centro emissor de vibrações tanto positivas quanto negativas.

Existe um elemento que realmente identifica o Homem como sendo a síntese de todas as forças vitais, como o ser que interliga todos os planos, do mais denso como o mineral, ao mais sutil, como o divino, que cada um tem dentro de si. Este elemento é a palavra, intimamente ligada ao silêncio, outra sublime expressão da psique humana.

No mundo profano a palavra, falada ou escrita, é usada indiscriminadamente e muitas vezes é usada mais na prática do mal do que do bem. A sociedade humana está cheia de palavras que ofendem, que humilham, que magoam e que denigrem a honra do próximo. Se se trabalhasse mais e se falasse menos, com certeza que a humanidade teria uma vida comum mais evoluída e mais civilizada; infelizmente, existem palavras em excesso não só no mundo profano como também nos Templos Maçônicos.

Tal situação é inconcebível em um Maçom, orientado que é para refletir sobre a realidade e sobre o conteúdo oculto das palavras que, em última análise, refletem a essência interior do ser humano.

Não por acaso a doutrina Maçônica reserva o silêncio ao Aprendiz, de acordo, aliás, com a Tradição Pitagórica.

A entrada da Escola fundada pelo Filósofo de Samos, na cidade de Crotona - onde o isolamento do mundo externo era total - exibia a seguinte advertência: “Proibida a Entrada de Profanos”. Esta Escola tinha um sistema de três graus: o de Preparação, o de Purificação e o de Perfeição. Os neófitos, proibidos de falar, eram só ouvintes e cumpriam um período de observação, durante o qual a regra era calar e pensar no que ouviam. Para atingir o Mestrado, era necessário praticar o silêncio durante cinco anos.

Sem dúvida, constitui uma grande prova para todos e também para o Aprendiz, ouvir os Companheiros e os Mestres sem poder falar. Chílon, um dos sete sábios da Grécia Antiga, quando perguntado sobre qual a virtude mais difícil de praticar, respondia: calar.

No mundo maçônico, a dimensão da palavra falada e escrita não é diferente. Na Maçonaria, a relação palavra-linguagem assume tanto os fatos exteriores quanto o ato individual, como pensamento puro que se exprime através da fala ou da escrita.

No Zend Avesta, que contém toda a sabedoria da antiga Pérsia, encontramos normas e regras sobre o uso e o controle da palavra, cuja universalidade desafia os séculos.

Ao entrar em nossa Sublime Instituição encontramos, na ritualística, referências à sacralidade da palavra que, como meio de expressão dos pensamentos e dos sentimentos, deve ser sempre dosada, moderada, e espelhar o equilíbrio interno do orador. Como dizia o Irmão Dante Alighieri na Divina Comédia, exortando o personagem Metelo : “usa a tua palavra como um ornamento”.

À primeira vista, o silêncio do Aprendiz poderia parecer um condicionamento e um castigo; na realidade, o silêncio, a meditação e o raciocínio, são a única via que leva à libertação das paixões e dos maus pensamentos. Além de exercitar a autodisciplina, em seu silêncio o Aprendiz apreende com muito maior intensidade tudo o que ouve e tudo o que vê. Na realidade, o Aprendiz dialoga consigo mesmo e, neste diálogo, ele analisa, critica e tira suas próprias conclusões: em suma, pelo silêncio, a Maçonaria estimula o Aprendiz a desenvolver a arte de pensar, a verdadeira e nobre Arte Real.

Ao cruzar as portas de uma Loja Maçônica, trazendo consigo os conceitos de liberdade total, sem as restrições que lhe impõem a moral e a razão, o Aprendiz paulatinamente aprende a controlar os seus impulsos pela prática espartana do silêncio, aprimorando o seu caráter e preparando-se para ser mais um líder da Magna Obra de construção da sociedade do futuro, na qual prevaleçam a Liberdade responsável, a Igualdade de oportunidades e a Fraternidade solidária.

Tudo se resume na prática da Lei do Amor. O amor se oferece; não se pede e também não se exige. Certamente que o Grande Arquiteto do Universo ilumina e abençoa a todos os que pensam mais do que falam, pois estes espiritualizam a sua matéria, e são os Seus filhos mais diletos.

Em tempo: o Aprendiz não só pode, como deve se manifestar, principalmente quando tiver informação relevante sobre qualquer candidato à Iniciação. Basta pedir a palavra ao Vigilante de sua coluna.


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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A MAÇONARIA



A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.


•É Filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.

•É filantrópica porque não esta constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.

•É progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão a da razão com base na ciência.

Os seus princípios são a liberdadedos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, raça ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e, portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações.

O lema da Maçonaria é Ciência – Justiça – Trabalho. – Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los; Justiça, para equilibrar e enaltecer as relações humanas; Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade, e seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e prática das virtudes.

Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça.

A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante ao sacrifício e nem mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.

A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém não basta respeitar a propriedade apenas, mas, também devemos proteger e servir os nossos semelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: "Respeito a Deus, amor ao próximo e dedicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal.

A Maçonaria é, sim, religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual se dá o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, porque é uma entidade espiritualista em contraposição ao predomínio do materialismo. Estes fatores que são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa do UNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônica. Porém, a Maçonaria não é uma religião. Ao contrário, é uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E esse seu esforço de união dos homens, admite em seu seio as pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.


Assim sendo, a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só Criador, o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus. Geralmente existe essa crença entre os católicos, mas, ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América Central; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez, Padre Diogo Antônio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino, Frei Caneca e muitos outros. Ao longo da história, por todo o Velho Mundo, muitos homens importantes para a humanidade foram maçons, tais como filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; Escritores como Castellar, Mazzini e Espling.

Mas não somente na Europa, mas também na América houve. Os libertadores da América foram todos maçons. Washington nos Estados Unidos; Miranda o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin e O’Higgins, na Argentina; Bolívar no Norte da América do Sul; Marti em Cuba; Benito Juarez no México.

No Brasil, são destaques D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.

De tudo o que foi exposto, é sabido e notório que a Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus membros a mais ampla tolerância. Respeita as opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular. Mas combate a ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios.


Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria não é um sociedade secreta, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de histórias, etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio de ingresso na instituição são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.

As principais obras da Maçonaria no Brasil são a Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da nossa história, em que maçons tomaram parte ativa.

São condições indispensáveis para um cidadão pertencer à Maçonaria crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente se seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; exercer uma profissão ou ofício lícito e honrado que lhe permita prover as suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação das obras da Instituição.


O que se exige dos Maçons? Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor a Pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento às leis do país em que viva, etc. E em particular: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do seu tempo para assistir às reuniões maçônicas; à pratica da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda a sua plenitude. Ademais, se proíbe terminantemente dentro da instituição, as discussões políticas e religiosas, porque [prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.


Os Maçons se reúnem periodicamente em um Templo Maçônico, onde praticam as cerimônias ritualísticas que lhe são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranqüilamente sobre a missão do homem na vida , recordando-lhes constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.

O que se obtém sendo Maçom? A possibilidade de aperfeiçoar-se, de instruir-se, de disciplinar-se, de conviver com pessoas que, por suas palavras, por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontrar afetos fraternais em qualquer lugar em que se esteja dentro ou fora do país. Finalmente, a enorme satisfação de haver contribuído mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito pelo homens. A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade, à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas.

Grande Loja Maçônica do Espírito Santo

"Para nascer, eu nasci"



"Para nascer, eu nasci"


Quadro de Waldo Bravo
 
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DOIS PRINCÍPIOS PARA OS NEGÓCIOS


Judy Child P.h.D, F.R.C.

Os Rosacruzes ensinam que existem certos princípios que podem ser aplicados com sucesso no mundo dos negócios. Aqueles que afirmam que o mundo dos negócios não é digno de nossa preocupação mística erram profundamente, pois qualquer sabedoria que alcançarmos deve ser útil em todos os planos de nossa vida, senão não será útil.

O primeiro passo para sermos bem-sucedidos na esfera comercial está em nos libertarmos de nossa própria ansiedade com relação a este assunto. Períodos de relaxamento profundo, quando esquecemos as questões mundanas, esquecemos até de nós mesmos, são fundamentais para que a consciência profunda, presente em todos nós, libere soluções criativas e idéias inovadoras.

Além disso, é importante sabermos visualizar uma situação que desejamos que ocorra. É preciso pintar na tela mental uma situação, com todo o realismo possível, onde nossos negócios fluem bem, somos bem-sucedidos e desfrutamos de prestígio e felicidade. A repetição dessa imagem, cada vez mais aprimorada, e sua liberação às regiões profundas de nossa consciência, permitirão atrair, por um processo místico bem conhecido dos Rosacruzes, todas as condições necessárias à realização de nosso “filme” mental. Aí teremos a prova definitiva que a mente determina a matéria. É preciso saber imaginar uma situação na mente, colocarmo-nos nela como se estivéssemos vivendo-a, com todo o sentimento necessário, e, por fim liberar essa imagem, esquecendo do assunto por algumas horas.

O relaxamento e a visualização são dois passos, dois momentos fundamentais para alcançarmos êxito em qualquer área. Quando relaxamos abandonamos as emoções e pensamentos, para permitir que o subconsciente fale conosco. Quando visualizamos permitimos que as emoções, ordenadas, apareçam para dar vida a uma situação ideal que ainda não ocorreu no plano material.

A aplicação desses princípios simples pode promover verdadeiros milagres. As Leis Cósmicas não devem ser apenas estudadas teoricamente, mas testadas e aplicadas a todo momento. Só assim conseguiremos um gradativo domínio na vida, e na área dos negócios não é diferente. O êxito está na medida da aplicação e da sinceridade com que aplicamos um princípio místico.

Ordem Rosacruz, AMORC
Rua Nicarágua, 2620 - 82515-260 – Curitiba –PR.
Tel: (41)3351-3000

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EM TEMPOS DIFÍCEIS





Robert E. Daniels, F.R.C.

Em tempos difíceis as técnicas místicas têm seu maior potencial de sucesso. Quando a vida está muito cômoda, alcançamos pouco êxito na aplicação dos princípios que podem produzir as circunstâncias que desejamos estabelecer em nossa vida. Mas quando nos defrontamos com emergências e problemas difíceis, a aplicação de princípios místicos é mais poderosa, de modo que resultados quase milagrosos podem ser observados. Isso deve nos trazer a confiança e a certeza de que o Cósmico se predispõe a trabalhar em nosso favor durante momentos de grande necessidade.

O viver em harmonia com o Cósmico requer mais do que simplesmente meditar por alguns minutos, todos os dias, e ler literatura mística. Implica levarmos uma vida mística, vivendo segundo as condições que ela de nós exige. Estas condições consistem em que devemos nos tornar tão tolerantes como o Cósmico, tão mentalmente abertos como o Cósmico, tão amorosos como o Cósmico, e igualmente abrangentes ou universais em nossos pensamentos e conduta. O Cósmico, como sabem os Rosacruzes, é Deus em ação por todo o Universo.

Se em nossos pensamentos e em nossa conduta somos preconceituosos, egoístas, invejosos, ciumentos ou dados ao ódio, nenhuma harmonia com o Cósmico pode existir, mesmo que nos entreguemos a estes sentimentos inarmônicos apenas ocasionalmente. O ritmo central do nosso viver diário deve ser bondoso, amoroso e generoso, cheio de nobre exaltação e compreensão solidária.

Passou a fase em que meramente lermos acerca da vida mística terá algum valor. Devemos transformar a teoria em prática, todos os dias, senão perderemos a oportunidade de um ciclo.

Ordem Rosacruz, AMORC:
Rua Nicarágua, 2620 - 82515-260 – Curitiba –PR.
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rosacruz@amorc.org.br

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sábado, 16 de janeiro de 2010

O Simbolismo Maçónico e o Espírito Científico





Isaac Newton é o seu nome, e a sua Obra a primeira dedução que a razão conseguiu dar do Universo em que estamos mergulhados.

Mais do que descrever o trabalho de Newton, julgo que será mais enriquecedor enquadrá-lo numa corda unificadora do tempo, como aquela que envolve todos nós, tentando fazer uma pobre reflexão sobre donde viemos, aonde julgamos que chegámos e para onde caminhamos.

O Universo, em que a Terra representa uma partícula tão pequena quanto um grão de areia numa praia muito, muito extensa, rege-se por um conjunto de mecanismos que os homens sonham algum dia entender.
É a procura do entendimento destes mecanismos que faz com que possamos dizer que há um pensamento antes de Newton e um pensamento após Newton.

De facto, até Newton, desde Euclides, Anaximandro de Estrabão e Aristóteles na antiguidade Clássica, passando por Nicolau Copérnico, Tycho Brae, Galileu Galilei, Joannus Kepler, já durante o Renascimento e o Barroco, todos tentaram deduzir as equações do movimento e da interacção dos corpos, a partir de sistemáticas observações directas. Para todos eles as leis que deduziam sobre o movimento e interacção dos corpos, eram consequência de, aturadas, observações directas dos eventos. Kepler passou uma vida inteira a caminhar para uma torre que tinha junto de sua casa, de onde observava e registava a trajectória dos astros durante longas noites, demonstrando uma devoção à ciência, como poucos o fizeram. É precisamente sobre a chamada terceira lei de Kepler que Newton vai desenvolver um trabalho notável, que iria revolucionar toda a ciência, com implicações que ainda hoje e para todo o sempre se farão sentir.

Mas porquê este impacto tão grande e o que é que Newton fez que outros não tinham conseguido fazer?!

Isaac Newton foi criado pelos avós, já que seu pai morreu pouco antes do seu nascimento. Estava talhado, segundo o desejo de sua mãe, para tomar conta das propriedades da sua família em Woolsthorpe no Linconshire, propriedades essas deixadas pelo seu falecido pai, homem abastado, mas quase analfabeto, com uma grande maioria naquela época, mesmo entre os mais abastados. Felizmente para todos nós que um tio seu (irmão da mãe) e o Reitor da escola local, conseguiram convencer a sua mãe, que seria muito importante mandá-lo para a Universidade, tais as suas capacidades.

Ingressou no Trinity Colledge da Universidade de Cambridge, onde, até aos 22 anos, demonstrou ser uma completa nulidade no plano curricular, onde deveria estudar Filosofia e Direito. É, no entanto, durante este período que, à margem do ensino curricular estabelecido, o recém-empossado na Cátedra Lucasiana de Matemática, Isaac Burrow, lhe dá acesso a obras que permitem entender desde a Geometria Euclidiana, até, à data, os mais recentes trabalhos de Kepler. Para melhor entendermos a importância da percepção que Burrow terá tido para dar acesso a esta (in)formação a Newton, é necessário ter em conta que esta cátedra que se mantém há mais de 300 Anos, foi decretada por Carlos II, em 1664, cumprindo o desejo de Henry Lucas, professor representante da Universidade de Cambridge no Parlamento, que legou àquela Universidade os seus 4 000 Livros de ciência, pedindo como contrapartida, a criação desta cátedra que deveria ser ocupada por personalidade reconhecida e sem ligações à Igreja.

Olhando para algumas das personalidades, poderemos dizer que os seus desejos foram cumpridos já que desde Newton (que sucedeu a Burrow) a Charles Babadge, em 1828, o pai da máquina analítica como pai da computação moderna, a Paul Dirac, em 1932, cujo trabalho está na origem da Mecânica Quântica e da percepção da existência da anti-matéria, a Stephan Hawkings até Outubro de 2009 e, actualmente, Michael Green um dos autores da teoria das cordas e ambos com trabalho na busca de teoria unificadora do campo electromagnético e do campo gravítico.

Newton é um dos mais ilustres ocupantes desta cátedra, porque com as bases matemáticas adquiridas pela consulta das obras e, eventualmente, com o apoio de Burrow, vai desenvolver de forma quase sobrenatural, novas ferramentas matemáticas que suportarão a sua teoria da Gravitação Universal.

Em 1665, com 22 anos, volta para casa, porque alastra em toda a Inglaterra a peste negra e a Universidade é encerrada.

E durante dois anos, com as bases matemáticas que resultavam do que tinha estudado por sua conta, vai desenvolver as “series and fluxions”, que hoje conhecemos como cálculo diferencial e integral e ainda vai postular, aquilo que hoje sabemos ser, a natureza ondulatória da luz e a sua composição multiespectral.

A partir daqui, com o reconhecimento que passaria a ter, vai continuar os seus trabalhos na sua Universidade, que culmina na publicação do Philosophiae Naturalis Principia Mathematica em 1687, explanará as suas famosas três leis do movimento e a Lei da Gravitação Universal, além de correlacionar fenómenos como a excentricidade das orbitas dos planetas, as variações das marés ou a influência gravítica do Sol nos movimentos da Lua. Esta obra é considerada, por muitos, a mais importante publicação científica da Humanidade.

Para termos a ideia da importância e rigor dos trabalhos de Newton poderemos mencionar, por exemplo, a previsão da existência do planeta Neptuno (à data desconhecido)feita pelo matemático francês Urbain-Jean-Joseph le Verrier, em 1846, um fanático das teorias de Newton, com base na Teoria da Gravitação Universal.

Este cientista calculou o valor da excentricidade da orbita de Úrano entrando, apenas, com a influência gravítica do Sol mais os restantes planetas, sobretudo, Júpiter e Saturno ( os planetas mais próximos). O valor que encontrou só seria correcto caso existisse um planeta exterior a Úrano, tivesse determinadas características e determinada posição. Comunicou essa previsão ao astrónomo Johan Galle do Observatório de Berlim e este, bastou-lhe uma hora, para descobrir Neptuno com apenas 1º de desvio em relação aos dados de Verrier.

Quando em 1905, Einstein publica a Teoria da Relatividade restrita, tem que esperar dez anos e pedir apoio matemático, que pela primeira vez utiliza a Geometria diferencial, para publicar a Teoria da Relatividade Geral, já que as Leis de Gravitação de Newton, que Einstein tentava complementar, não explicavam satisfatoriamente o facto de todos os corpos caírem para a Terra com a mesma aceleração independentemente da sua massa. Essa aparente contradição só foi solucionada com a noção de curvatura do espaço-tempo postulada na Relatividade Geral recorrendo, como Newton, a novas ferramentas matemáticas. Isto mostra o respeito que todos os físicos têm pelos trabalhos de Newton, obrigando Einstein a abandonar a sua constante cosmológica da Relatividade Restrita para chegar à Relatividade Geral, constante essa que apenas existiu porque nem Einstein punha em causa o trabalho de Newton mais de duzentos anos antes. Mas era Einstein que tinha razão e apenas é licito dizer que Einstein alargou para além do impensável, também como Newton fizera, o conceito da Gravitação passando para um patamar que, para nós, já não é tão óbvio, porque quando se lança um foguetão para o espaço sideral, quando se criam sistemas de controle de estabilidade num veículo, quando se calcula uma ponte ou o movimento de um projéctil, chega-nos (e sobra-nos) Isaac Newton.

O conhecimento evolui pela dúvida sistemática e aquilo que é verdade hoje poderá não o ser, totalmente, amanhã. Quando Einstein tentou que o Universo fosse estático, cometendo um dos seus dois erros, logo surgiu um advogado útil , porque se tornou astrónomo, que veio mostra que as galáxias divergiam. O seu nome, Edwin Hubble, é uma referência em toda a astronomia, que por sua vez não ficou nada incomodado quando se postulou que as galáxias não se afastavam num conceito de movimento de deslocação tradicional, mas estavam mais longe umas das outras , porque se estava a criar Espaço entre elas, ao longo da linha do tempo. Agora Stephan Hawkins, Feynman e Michael Green procuram a unificação do Campo Electromagnético e Campo Gravítico, introduzindo o conceito de forças nucleares fortes às forças que actuam a distâncias muito próximas no interior dos átomos, e forças nucleares fracas que actuam a grandes distâncias como as que separam os corpos celestes. A admiração que têm por todos os que os antecederam é evidente em todas as suas obras ao longo do tempo.

O futuro está ainda para lá dos 180º graus que o compasso abrange, mas o trabalho de Newton perdurará para sempre na História da Física, que depois dele passou a suportar-se na dedução teórica, recorrendo á sua ferramenta natural que é a Matemática.

Hoje podemos prever qual o resultado de experiências que só conseguiremos realizar quando dominarmos a tecnologia necessária.

Foi Newton que nos ajudou, muito, neste caminho.

Este espírito de dúvida sistemática, de respeito e admiração pela obra dos que nos precederam, que conseguiram tanto com tão poucos recursos. Este espírito de humildade, tentando nunca ficar prisioneiro dos sentidos que, recorrentemente, nos enganam. Este espírito que nos obriga a valorizar o trabalho sério, desinteressado, quase missionário, não sucumbindo a génios fabricados numa sociedade que se afirma cada vez mais pelo ter e não pelo ser, que permite, até, comprar a genialidade.

É este o espírito que o verdadeiro Maçon terá que incarnar.

Nós somos o que sabemos, mas somos, sobretudo, a noção que fazemos da ignorância que temos.

Isaac Newton M:. M:.
Outubro de 2009

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MAÇONARIA E ROSACRUCIANISMO





Retomo as reflexões anteriores, tentando promover uma explicação compreensível dos laços que interligam o Rosacrucianismo e a Maçonaria especulativa.


Terminei a minha última prancha, citando alguns versos de um poema anónimo, de origem inglesa, dos princípios do século XVII que nos revela quão profunda e significativa é a proximidade existente:

“Porque somos Irmãos da Rosa-Cruz
Temos a palavra dos freemasons
E temos a dupla visão”.

Robert Fludd, tido como freemason e rosacruciano, na sua obra “A Ordem dos Rosa-Cruz (em 1617)” afirma, “os freemasons e os rosa-cruzes eram um único grupo que, um dia em tempos distantes, se separou para por um lado propagarem ideias filosóficas e filantrópicas e por outro realizarem trabalhos cabalísticos e alquímicos”.

Robert Fludd, considerado como o primeiro rosacruciano de Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo, na cruz do Golgota; a mística ideia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para dar à palavra, uma grande força de sedução.

Muitos rosa-cruzes vêem, desde então, no seu emblema, um símbolo alquimista, concretizando uma ambiguidade muito comum na representação simbólica, a tal dupla função.

Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosa-Cruz ao longo dos séculos XVII e XVIII era o segredo da imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano estava igualmente relacionado com essa preocupação.

Os rosa-cruzes actuais têm, por outro lado, uma interpretação bem mais mística a respeito da cruz e a rosa. A cruz representaria o lado material do ser humano, enquanto a rosa representaria o ser imaterial, a alma, o espírito ou o corpo astral.

Em botânica, a rosa também tem um significado ocultista pois é tida como uma flor iniciática.

Por outro lado, diversas ordens religiosas cristãs, e nomeadamente no âmbito da arte sacra cristã, continua-se a considerá-la como símbolo da paciência, do martírio, da Virgem (Rosa Mística). No quarto domingo da Quaresma, a Rosa de Ouro é benzida, considerando-se como um dos muitos rituais sagrados oferecidos pela Igreja, na sua liturgia.

Em última análise, a rosa representa a mulher, enquanto que a cruz simboliza a virilidade masculina, pois para os hermetistas, ela é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a órbita aparente do Sol, ou a trajectória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu), consubstanciando-se tal junção nos equinócios da Primavera e do Outono.

Assim, a Rosa simboliza a Terra, como ser feminino, e a Cruz simboliza a virilidade do Sol, com toda a sua força criadora que fecunda a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando, também, dela, a regeneração universal, que é o ponto mais alto da doutrina rosacruciana.

Voltando à questão da ligação existente entre a Maçonaria e os rosa-cruzes, todas as investigações apontam para que esta ligação tenha começado já na Idade Média, ou noutra perspectiva, que se tenha concretizado a partir daí. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com o inicio da decadência das corporações operativas (englobadas sob o rótulo de maçonaria operativa), estas começaram, progressivamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica se assemelhava à dos franco-maçons. Como a Ordem Rosa-Cruz estava impregnada de alquimistas, como já vimos, resultou daí a ligação da Maçonaria ao rosacrucianismo e à alquimia.

Leve-se ainda em consideração, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co-regente dos domínios hereditários da Casa de Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosa-Cruz e da sua comunidade, atingindo a própria Corte. Tal conduziu a que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo, apenas, excepção aos maçons. Tal decisão fez com que muitos rosa-cruzes procurassem as lojas maçónicas.

Como se constata ambas as Ordens têm génese estruturada na Idade Média, considerando-se esse período como o de maior incremento da Maçonaria Operativa e o início da sua transformação em Maçonaria dos Aceitos (também chamada, de “Especulativa”).

Mas o rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, são o resultado sincrético de diversas correntes filosóficas e religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia. Neste pressuposto estaríamos a considerar o início das corporações operativas, em Roma, no século VI AC, como a origem natural da maçonaria operativa. Neste contexto, encontraríamos as suas origens na vida das muitas corporações operativas, ao longo dos quinze séculos, que antecederam a época medieval estando o seu aprofundamento orgânico bem retratado em diversas obras das quais se destaca a obra escrita de Vitruvius, do século I AC. Isto é claro, levando apenas em consideração, as evidências históricas autênticas e não as “lendas”, que fazem remontar a origem de ambas as instituições ao antigo Egipto.

A maçonaria é também uma ordem templarista, ou seja, os ensinamentos ocorrem dentro das lojas. Já em relação ao rosacrucianismo dá-se aos membros o livre arbítrio de estudar fora ou dentro dos templos Rosa-Cruz. O estudo em casa é sempre acompanhado à distância, e assim como na maçonaria, a evolução na aprendizagem faz-se por vários graus, que vão do neófito (iniciado) ao 12º grau, conhecido como o grau do Artesão.

O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao membro rosacruciano, além do contacto social com os demais membros integrantes, a possibilidade de participar em experiências místicas em grupo, e de poder discutir com os presentes os resultados, e por fim, a reunião no templo fortalece a egrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.

A partir da metade do século XVIII e, principalmente, depois de José II, com a maciça entrada dos rosa-cruzes nas lojas maçónicas, tornou-se difícil, de uma maneira geral, separar Maçonaria e rosacrucianismo, tendo, a instituição maçónica, incorporado, nos seus vários ritos, o símbolo máximo dos rosa-cruzes: no 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, no 7º grau do Rito Moderno, no 12º grau do Rito Adoniramita.

O Cavaleiro Rosa Cruz, é, como o próprio nome diz, um grau cavaleiresco e constitui-se no 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua origem hermetista e a sua integração na Maçonaria, durante a Segunda metade do século XVIII, leva a marca dos ritualistas alquímicos, que redigiram, naquela época, os rituais dos Altos Graus. O hermetismo atribuído ao Grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma Rosa sobreposta à Cruz, representando esta, o sacrifício e a Rosa, o segredo da imortalidade, que no esoterismo cristão, retratando a ressurreição de Jesus Cristo, simboliza de forma tipificada a transcendência da Grande Obra.

A Maçonaria também incorporou, em larga escala, o simbolismo dos rosa-cruzes, herdeiros dos alquimistas, modificando, um pouco, o seu significado místico e reduzindo-o a termos mais reais. Assim, o segredo da imortalidade da alma e do espírito humano, sendo aceito o princípio da regeneração, só pode ocorrer através do aperfeiçoamento contínuo do Homem e através da constante investigação da Verdade. O misticismo dos símbolos rosa-cruzes, todavia, foi mantido, pois embora a Maçonaria não seja uma ordem mística, ela, para divulgar, a sua mensagem de reformadora social, socorre-se do misticismo de diversas civilizações de mistérios e de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas.

Uma singularidade entre a Ordem Rosa-Cruz e a Maçonaria são as iniciações nos seus respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. Sendo no caso da Maçonaria a iniciação feita no grau de Aprendiz, nos rosa-cruzes a admissão é feita no 1º grau do templo. As iniciações têm o mesmo objectivo, impressionar o iniciado, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.

Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres nos seus cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente. Cada ponto cardeal é ocupado por um membro do templo. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando a sua posição no Oriente, encontra similar posição na Ordem Rosa-Cruz, na figura de um mestre instalado, que ocupa o seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a caminhada somente feita no sentido horário, também são similares. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.

O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah da ordem Rosa Cruz, sendo que, neste último, não se usa a bíblia ou outro livro de representação simbólica, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas no seu final, simbolizando a Luz, a Vida e o Amor.

Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados para poderem ser admitidos no templo, enquanto que os oficiais do templo devem usar paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual. O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo e aprendizagem em que se encontra o membro rosacruz.

Algumas das diferenças ficam por conta da condução pessoal do ritual, onde na Ordem Rosa-Cruz subsiste sempre um fortíssimo carácter místico-filosófico.

Por último, os iniciados na Ordem Rosa-Cruz recebem os seus estudos num templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os aprendizes maçons recebem as suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o formato físico da loja maçónica lembra as construções greco-romanas, enquanto que o templo rosacruciano lembra as construções egípcias.

Aqui ficam algumas descrições que retratam semelhanças e diferenças, quer em termos de visibilidade operativa, quer quanto a significados simbólicos, quer ainda em termos de práticas rituais, entre o que a Maçonaria é e representa e o que do rosacrucianismo transparece e integra.

Voltaire
Ano Rosa-Cruz 3360

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A BANDEIRA DO BRASIL



BANDEIRA DO BRASIL


Pelo Irm.·.Antonio Rocha Fadista – M..·.I..·.

A atual Bandeira do Brasil foi estruturada pelo sábio Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927) e foi instituída a 19.11.1889 - quatro dias após a fundação da República - pelo Decreto nº 4 de 19.11.1889 do Marechal Deodoro da Fonseca .

Suas cores e os motivos que a compõem freqüentemente são referidos à pujança da natureza e das riquezas existentes no solo e no sub-solo de nossa Pátria . Na realidade, refletindo a formação científica, positivista e maçônica de Teixeira Mendes, é o seguinte o significado fundamental de nossa Bandeira:

• A. O retângulo verde simboliza o Templo do Universo .

• B. O losango, soma geométrica de dois triângulos eqüiláteros opostos pelas bases, simboliza a perfeita aplicação do cálculo geodésico na determinação dos limites e das fronteiras do território nacional.

• C. A cor amarela é a alegoria da Seção Dourada, que na Geometria Sagrada simboliza a prevalência da razão, do equilíbrio e da harmonia de proporções.

• D. O círculo azul simboliza o setor da Esfera Celeste compreendido entre a faixa do Zodíaco e o Polo Sul Celeste.

• E. A faixa branca simboliza a Via Láctea, a linha de contorno da nossa Galáxia.

• A legenda Ordem e Progresso é a síntese da filosofia positivista da evolução da Humanidade.

• A posição das estrelas de nossa Bandeira marca exatamente, no meridiano do Rio de Janeiro, o céu do Brasil às 3:00 horas da madrugada de 15 de novembro de 1889.

• As estrelas de nossa Bandeira são as seguintes: acima da Via Láctea, isolada, está a Espiga ou Spica, da constelação de Virgem;

• Abaixo da Via Láctea, estão Sírius, Canopus, Alfa, Beta, Gama, Delta, Ypsilon, Sigma, Antares e as sete componentes da constelação do Escorpião. As estrelas iniciais são pertencentes, respectivamente, às constelações do Cão, do Navio, do Cruzeiro do Sul e do Oitante.

Na suposição de que estas estrelas representassem a divisão geográfica do Brasil, em 1959 o então deputado federal Marechal Mendes de Morais pretendeu modificar a nossa Bandeira, por meio de projeto de lei apresentado no Parlamento Nacional. Felizmente, tal projeto não foi aprovado.

• Por todos os conhecimentos matemáticos, astronômicos e filosóficos que contém, a Bandeira do Brasil simboliza a evolução da Humanidade. Jamais povo algum possuiu Insígnia tão magnífica para a sua Pátria.

• Lábaro sagrado e símbolo maior de nossa Liberdade, de nossa Soberania, e de nossa Esperança no grandioso futuro da Pátria.

• Querida Bandeira, fortalece nossa vontade e ilumina nossa luta pelos Direitos Humanos: o Direito à vida e à segurança, o Direito à instrução, ao trabalho e à saúde; o Direito enfim, a uma existência compatível com a dignidade humana.

• Símbolo Augusto de nossa Pátria, pleno de generosidade e de nobreza, recebe dos obreiros da Paz, sob tua égide aqui reunidos, nossa mais fraterna saudação, e o nosso mais sagrado juramento de fidelidade e de dedicação aos supremos interesses do Brasil.


A Bandeira e as Estrelas - wikipedia

A bandeira do Brasil foi adotada pelo decreto de lei nº 4 de 19 de Novembro de 1889, tendo por base um retângulo verde com proporções de 07:10. Sobre esse retângulo, um losango amarelo e, dentro deste, um círculo azul no qual está uma faixa branca com as letras "ORDEM E PROGRESSO" em cor verde, assim como 27 estrelas de cor branca. Para alguns estudiosos essas formas geométricas foram subtraídas de uma mandala ou seja a bandeira é uma arqueo-concepção artística da imagem do mundo visto de fora para dentro.


Origem

A mudança da bandeira teve origem na necessidade da República Brasileira em criar uma cultura voltada para a nobreza de modo que a heráldica preexistente, deve-se a recusa da bandeira provisória, por ser notadamente uma cópia da Bandeira norte-americana.

A idéia da atual bandeira e então nova república, foi apenas uma modernização da antiga bandeira imperial originalmente idealizada por Jean-Baptiste Debret (1768-1848) em 1820 e cujas as formas do losango inscrito no retângulo foram transferidos de uma mandala respeitando-se a seleção e eliminação de algumas suas seções. Nesse caso, os co-autores em 1889 seriam um grupo formado por membros da Igreja Positivista representado por Raimundo Teixeira Mendes , presidente do Apostolado Positivista do Brasil. Com ele colaboraram o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de Astronomia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. O desenho do disco azul em substituição a esfera armilar da imperial inscrita no losango amarelo, foi executado pelas mãos firmes do pintor Décio Vilares e por indicação de Benjamin Constant foi acrescentado como figura de destaque, a constelação do cruzeiro do sul invertida, isso é como se fosse vista por um observador localizado além da ultima esfera ou que olhasse numa carta celeste do hemisfério austral centrada no fuso sideral 13. Essa bandeira foi adotada oficialmente pelo decreto No. 4 de 19 de novembro de 1889 preparado por Benjamin Constant , membro do Governo Provisório.

Significado

As cores verde e amarelo estão associadas respectivamente à casa real de Bragança, da qual fazia parte o imperador D. Pedro I, e à casa imperial dos Habsburgos, à qual pertencia a imperatriz D. Leopoldina. Hoje, simbolizam popularmente as matas (riquezas naturais) e o ouro (riquezas minerais). A faixa branca é o lugar para a inscrição "Ordem e Progresso", cujo lema é de autoria do positivista francês Augusto Comte.

Significado das estrelas

No círculo azul, cada uma das estrelas representa um dos estados que formam o Brasil. Com respeito a posição do eixo da constelação do Cruzeiro do sul, o alinhamento vertical das estrelas Alfa da crux e Gama da crux , retratam um trânsito sideral do fuso de número 13 , tal qual as demais republicas austrais, no caso do Brasil estão como observadas num eclipse na cidade do Rio de Janeiro às 9 horas e 22 minutos da manhã do dia 15 de Novembro de 1889, data local e hora da proclamação da república ou no em oposição abraxas ao Sol nessa mesma posição, às 9 horas 22 minutos da noite do dia 13 de maio de 1888 data da sanção da Lei Áurea) sendo que no caso da bandeira brasileira elas estão conforme seriam vistas por um observador posicionado fora da esfera celeste.




Estado - Constelação - Estrela

Acre - Hidra Fêmea - Hya (gama)
Alagoas - Escorpião - Sargas (teta)
Amapá - Cão Maior - Mirzam (beta)
Amazonas - Cão Menor - Prócion (alfa)
Bahia - Cruzeiro do Sul - Gacrux (gama)
Distrito Federal - Oitante - (sigma)
Ceará - Escorpião - Wei (epsilon)
Espirito Santo - Cruzeiro do Sul - Intrometida (epsilon)
Goiás - Argus - Canopus (alfa)
Maranhão - Escorpião - Graffias (beta)
Mato Grosso - Cão Maior - Sirius (alfa)
Mato Grosso do Sul - Hidra Fêmea - Alphard (alfa)
Minas Gerais - Cruzeiro do Sul - Pálida (delta)
Pará - Virgem - Spica (alfa)
Paraíba - Escorpião - Girtab
Paraná - Triângulo Austral - (gama)
Pernambuco - Escorpião - (mu)
Piauí - Escorpião - Antares (alfa)
Rio de Janeiro - Cruzeiro do Sul - Mimosa (beta)
Rio Grande do Norte - Escorpião - Shaula (lambda)
Rio Grande do Sul - Triângulo Austral - Atria (alfa)
Rondônia - Cão Maior - Muliphem (gama)
Roraima - Cão Maior - Wezen (delta)
Santa Catarina - Triângulo Austral - (beta)
São Paulo - Cruzeiro do Sul - Acrux (alfa)
Sergipe - Escorpião - (iotá)
Tocantins - Cão Maior - Adhara (epsilon)

As estrelas aparecem na bandeira com cinco tamanhos diferentes que, apesar de não representarem fielmente as magnitudes astronômicas, estão relacionados com elas, sendo que quanto maior a ordem de magnitude da estrela, maior o tamanho da estrela na bandeira.

Outras características

Uma particularidade da bandeira do Brasil é que ambas as faces têm de ser iguais, não sendo aceitável que uma face seja simplesmente o avesso da outra, isso se deve a posição rebatida das estrelas desenhadas no círculo azul, que igualmente retratam a imagem rebatida do Universo conforme seria visto por uma pessoa localizada além da última esfera armilar.