domingo, 24 de abril de 2011

História do Grande Oriente do Brasil




HISTÓRIA

Embora tenha, a Maçonaria brasileira, se iniciado em 1797 com a Loja Cavaleiros da Luz, criada na povoação da Barra, em Salvador, Bahia, e ainda com a Loja União, em 1800, sucedida pela Loja Reunião em 1802, no Rio de Janeiro, só em 1822, quando a campanha pela independência do Brasil se tornava mais intensa, é que iria ser criada sua primeira Obediência, com Jurisdição nacional, exatamente com a incumbência de levar a cabo o processo de emancipação política do país.

Criado a 17 de junho de 1822, por três Lojas do Rio de Janeiro - a Commercio e Artes na Idade do Ouro e mais a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói, resultantes da divisão da primeira - O Grande Oriente Brasileiro teve, como seus primeiros mandatários José Bonifácio de Andrada e Silva, ministro do Reino e de Estrangeiros e Joaquim Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante. A 4 de outubro do mesmo ano, já após a declaração de independência de 7 de setembro, José Bonifácio foi substituído pelo então príncipe regente e, logo depois, Imperador D. Pedro I (Irmão Guatimozim). Este, diante da instabilidade dos primeiros dias de nação independente e considerando a rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo - que se destacava, ao lado de José Clemente Pereira e o cônego Januário da Cunha Barbosa, como o principal líder dos maçons - mandou suspender os trabalhos do Grande Oriente, a 25 de outubro de 1822.
Somente em novembro de 1831, após a abdicação de D. Pedro I - ocorrida a 7 de abril daquele ano - é que os trabalhos maçônicos retomaram força e vigor, com a reinstalação da Obediência, sob o título de Grande Oriente do Brasil, que nunca mais suspendeu as suas atividades.

Instalado no Palácio Maçônico do Lavradio, no Rio de Janeiro, a partir de 1842, e com Lojas em praticamente todas as províncias, o Grande Oriente do Brasil logo se tornou um participante ativo em todas as grandes conquistas sociais do povo brasileiro, fazendo com que sua História se confunda com a própria História do Brasil Independente.

Através de homens de alto espírito público, colocados em arcas importantes da atividade humana, principalmente em segmentos formadores de opinião, como as Classes Liberais, o Jornalismo e as Forças Armadas - o Exército, mais especificamente - O Grande Oriente do Brasil iria ter, a partir da metade do século XIX, atuação marcante em diversas campanhas sociais e cívicas da nação.

Assim, distinguiu-se na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram abatendo o escravagismo, paulatinamente; entre elas, a "Lei Euzébio de Queiroz", que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a "Lei Visconde do Rio Branco", de 1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas daí em diante. Euzébio de Queiroz foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau 33; o Visconde do Rio Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. O trabalho maçônico só parou com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888.

A Campanha republicana, que pretendia evitar um terceiro reinado no Brasil e colocar o país na mesma situação das demais nações centro e sul americanas, também contou com intenso trabalho maçônico de divulgação dos ideais da República, nas Lojas e nos Clubes Republicanos, espalhados por todo o país. Na hora final da campanha, quando a república foi implantada, ali estava um maçom a liderar as tropas do Exército com seu prestígio: Marechal Deodoro da Fonseca que viria a ser Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.

Durante os primeiros quarenta anos da República - período denominado "República Velha" - foi notória a participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política nacional, através de vários presidentes maçons, além de Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz de Campos Salles, Marechal Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha, Wenceslau Brás e Washington Luís Pereira de Souza.

Durante a 1ª Grande Guerra (1914 - 1918), o Grande Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu Grão-Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil no conflito, ao lado das nações amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande Oriente já enviava contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas ao socorro das vítimas da guerra, como indica a correspondência, que, da França, era enviada ao Grande Oriente do Brasil, na época.

Mesmo com uma cisão, que, surgida em 1927, originou as Grandes Lojas Estaduais brasileiras, enfraquecendo, momentaneamente, o Grande Oriente do Brasil, este continuou como ponta-de-lança da Maçonaria, em diversas questões nacionais, como: anistia para presos políticos, durante períodos de exceção, com estado de sítio, em alguns governos da República; a luta pela redemocratização do país, que fora submetido, desde 1937, a uma ditadura, que só terminaria em 1945; participação, através das Obediências Maçônicas européias, na divulgação da doutrina democrática dos países aliados, na 2ª Grande Guerra (1939 - 1945); participação no movimento que interrompeu a escalada da extrema-esquerda no país, em 1964; combate ao posterior desvirtuamento desse movimento, que gerou o regime autoritário longo demais; luta pela anistia geral dos atingidos por esse movimento; trabalho pela volta das eleições diretas, depois de um longo período de governantes impostos ao país.

E, em 1983, investia na juventude, ao criar a sua máxima obra social; a Ação Paramaçônica Juvenil, de âmbito nacional, destinada ao aperfeiçoamento físico e intelectual dos jovens - de ambos os sexos, filhos ou não filhos de maçons.

Presente em Brasília - capital do país, desde 1960 - onde se instalou em 1978, o Grande Oriente do Brasil tem, hoje, um patrimônio considerável, e em diversos Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital Federal, onde sua sede ocupa um edifício com 7.800 metros quadrados de área construída.

Com aproximadamente 2.000 Lojas, cerca de 61.500 obreiros ativos (31.12.1999), reconhecido por mais de 100 Obediências regulares do mundo, o Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência Maçônica do mundo latino e reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da Inglaterra, de acordo com os termos do Tratado de 1935.

Fonte: GOB

sexta-feira, 22 de abril de 2011

PLANETAS: DIAS E HORAS



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A primeira hora do DIA começa com o nascer do SOL, à partir desse momento conta-se a hora, que em determinada época do ano, verão, inverso, etc., pode variar em vários minutos para mais ou menos.
Portanto é necessario estar atento em que época do ano está e qual a hora do nascer do sol.
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Freres D'Orient - Axiomas



Freres D'Orient - Axiomas 
Tudo aquilo que pode ser dito não merece ser conhecido"
  
I. Tudo aquilo que podemos levar a cabo por meio de métodos simples não deve ser tentado por meio de método complicados. Pois porque é que havemos de nos servir da complexidade para buscar aquilo que é simples?.

II. Não há nenhuma substância que possa ser aperfeiçoado sem passar por longo período de sofrimento. Grande é, pois, o erro daqueles que imagem que a pedra dos filósofos pode ser endurecida sem ter sido previamente dissolvida.

III. A natureza deve ser ajuda pela arte sempre que a energia lhe falte. A arte pode servir a natureza mas não suplantá-la.

IV. A natureza só em si mesma pode ser aperfeiçoada.

V. A natureza serve-se da natureza, compreende-a e vence-a. Não existe qualquer outro conhecimento para além do conhecimento de si mesmo.

VI. Aquele que não conhece o movimento, não conhece a natureza. A natureza é o produto do movimento. No momento em que cessar o eterno movimento, a natureza inteira cessará de existe. Aquele que não conhece os movimentos que se produzem no seu corpo é como um estranha na sua própria casa.

VII. Tudo aquilo que produz um efeito análogo àquele que é produzido por um elemento composto é igualmente um composto.

Um é maior do que todos os outros números, porque ele produziu a infinita variedade das grandezas matemáticas; mas nenhuma alteração é possível sem a presença do Um, que penetra todas as coisas, e cujas faculdades estão presentes nas suas manifestações.

VIII. Nada pode passar de um extremo a outro sem a ajuda de um meio termo. Um animal não pode chegar ao celeste sem ter passado pelo homem. Aquilo que é antinatural deve torna-se natural antes de a sua natureza poder tornar-se espiritual.

IX. Devemos tornar-nos semelhantes a crianças, para que a palavra da sabedoria possa ressoar-nos no espírito.

X. Aquilo que ainda não está maduro deve ser ajudado por aquilo que já alcançou a maturidade. Assim se inicia a fermentação.

XI. Na calcinação, o corpo não se reduz, ao contrário, aumenta de qualidade.
XII. Na alquimia, nada pode dar fruto sem ter sido previamente macerado. A luz não pode luzir através da matéria se a matéria não se tiver tornado suficientemente subtil para deixar passar os seus raios.
XIII. Aquilo que mata produz a vida; aquilo que é causa de morte traz a ressurreição. Aquilo que destrói cria. A criação de uma nova forma tem por condição a transformação antiga.

XIV. Tudo aquilo que encerra uma semente pode ser aumentado, mas não sem a ajuda da natureza. Pois só por intermédio da semente é que o fruto contendo um maior número de sementes pode nascer.

XV. Todas as coisas se multiplicam e aumentam por meio de um princípio feminino. A matéria nada produz se não for penetrada pela Força. A natureza nada cria se não for impregnada pelo Espírito. O pensamento permanece improdutivo se não for tornado activa pela Vontade.

XVI. Todo o gérmen pode unir-se àquilo que faz parte do seu reino. Todo o ser é atraído pela própria natureza representada noutros seres. As cores e os sons de natureza análoga formam acordos harmoniosos; os animais, da mesma espécie associam-se unem-se aos gérmens com os quais possuem afinidades.

XVII. Uma matriz pura dá origens a um fruto puro. Só no santuário da alma é pode revelar-se o mistérios do Espírito.

XVIII. O fogo e o calor só podem ser produzidos pelo movimento. A estagnação é a morte. A alma que não sente petrifica-se.

XIX. Todo o método começa e acaba por um único método: a cozedura. Eis o grande arcano: é um espírito celeste oriundo do Sol, da Lua e das estrelas, e que foi tornado perfeito no objecto saturnino por meio de uma cozedura contínua, até ter finalmente atingido o estado de sublimação e a potência necessária para transformar os metais vis em ouro. Esta operação executa-se pelo fogo hermético. A separação do subtil a partir do espesso deve ser feita juntando-lhe continuamente água; porque quanto mais terrestres são os materiais, tanto mais diluídos eles devem ser. Deve continuar-se até que a alma esteja unida ao corpo.

XX. Toda a obra se executa empregando unicamente água. É a mesma água em que se movia o espírito de Deus no princípio, quando as trevas cobriam a face do abismo.

XXI. Todas as coisas devem voltar àquilo que as produziu. Aquilo que é terrestre vem da terra; aquilo que pertence aos astros provém dos astros; aquilo que é espiritual procede do Espírito e retorna a Deus.

XXII. Onde os verdadeiros princípios faltam, os resultados são imperfeitos.

XXIIII. A arte começa onde a natureza cessa de agir. A arte executado por meio da natureza aquilo que a natureza é incapaz de executar sem a ajuda da arte.

XXIV. A arte hermética não se alcança através de uma grande variedade de métodos. A pedra é una. Não há mais do que umasó verdade eterna, imutável. Ela pode surgir sob muitos e variados aspectos; uma, num tal caso, não é verdade que muda, somos nós que mudamos a nossa forma de concepção.

XXV. A substância que serve para preparar o Arcanum deve pura, indestrutível e incombustível. Ela deve estar isenta de elementos materiais grosseiros, e ser inatacável á dúvida e à e á prova do fogo das paixões.

XXVI. Não procureis o gérmen da pedra dos filósofos no seio dos elementos. Pois é só centro do fruto que pode ser encontrado o gérmen.

XXVII. A substância da pedra dos filósofos, é mercurial. O sábio procura-se no mercúrio; o louco procura criá-la na vacuidade do seu próprio cérebro.

XXVIII. Emprega só metais perfeitos. A sabedoria do mundo é simples loucura aos olhos do Senhor.

XXIX. Aquilo que é grosseiros e espesso deve ser tornado subtil e fino pela calcinação. Isso é uma operação basta penosa e lenda; mas ela é necessária para arrancar a própria raiz do mal.

XXX. Uma ciência desprovida de vida é uma ciência morta; uma inteligência desprovida de espiritualidade não passa de uma falsa luz, de uma de empréstimo.

XXXI. Na solução, o dissolvente e a dissolução devem permanecer junto. O fogo e a água devem ser tornados aptos a combinarem-se. A inteligência e o amor devem permanecer para sempre unidos.

XXXII. Se a semente não for tratada pelo calor e pela humidade, torna-se inútil. A frialdade contrai o coração e a sequidão endurece-o, mas o fogo do amor divino dilata-o.

XXXIII. A terra não produz quaisquer frutos sem uma contínua humidade. Nenhuma revelação pode ter lugar nas trevas, a não ser por intermédio da luz.

XXXIV. A humidificação tem lugar por meio da água, com qual possui muitas afinidades.

XXXV. Todas as coisas secas tendem naturalmente a chamar a si a humildade de que necessitam para se tornarem completas na sua constituição.
O Um, donde saíram todas as outras coisas, é perfeito, e é por isso que as coisas contêm em si a tendência para a perfeição e a possibilidades de a alcançarem.

XXXVI. Uma semente, só por si, é

XXXVII. O calor activo produz a cor negra naquilo que é húmido; em tudo o que é seco, a cor branca, e em tudo o que é branco, a cor amarela.

XXXVIII. O fogo deve ser moderado, ininterrupto, lendo, igual, húmido, quente, branco, suave, abrasando todas as coisas, contido, penetrante, vivo, inexaurível. É o fogo que desce dos céus para abençoar toda a humanidade.

XXXIX. Todas as operações devem ser feitas num único vaso e sem o retirar do lume. A substância empregue para a preparação da pedra dos filósofos deve ser reunida num local e não dispersa por vários locais.

XL. O vaso deve ser hermeticamente selado, porque, se o espírito encontrasse uma fenda por onde se escapar, a força estaria perdida.
Deve haver sempre à porta do laboratório um guarda armado de um gládio de fogo, a fim, de examinar todos, os visitantes, expulsando os indignos.

XLI. Não abrais o vaso antes de a humidificação se ter completado.

XLII. Quando mais a pedra é alimentada, tanto mais a vontade se avoluma. A sabedoria divina é inesgotável; apenas a nossa faculdade de receptividade é limitada

Pierre Phoebus - Grande Atticus (Imperator)
Colaboração Frater AEC

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jesus e a Cabala Mistica





Jesus e a Cabala Mistica

Se vermos a figura da Árvore das Vidas da Cabala, obesrvamos a coluna do meio, a coluna de equilíbrio.

A esfera mais baixa é a Terra, o "Reino" (Malkuth).

Logo acima, a esfera da Lua, Yesod.

A Terra está isolada de todas as outras, e sua condição sub-lunar faz com que seja necessário a consciência terrena se elevar até a esfera lunar, para que possa contemplar e depois subir à esfera de Iluminação, a esfera Solar, Tiphereth.

Muitos chegam a crer que a Iluminação era o objetivo final, mas ela é o objetivo "central"; contemplando a figura, vemos que ainda temos uma subida até a Coroa, Khether.

Tiphereth, a esfera do Sol, representa o Coração, o Cristo, e vendo a Árvore das Vidas, entendemos a frase:

"Eu sou a Verdade, o Caminho e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".
O Caminho direto para o Plano Divino é o Coração.

A "chave" é o Amor.

Podemos colocar os ensinamentos de Jesus, de acordo com as Sephiroth (esferas) da Arvore das Vidas:

Kether - Coroa - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.

Chokmah - Sabedoria - Ama a teu próximo como a ti mesmo. 

Binah - Compreensão - Ama os teus inimigos, faze o bem aos que te odeiam, bendize aos que te amaldiçoam e ora pelos que te difamam.

Chesed – Misericórdia/Grandeza - Ao dares esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita. 

Geburah – Justiça/Força - Não julgues para não seres julgado.

Tiphereth – Esplendor/Beleza - Ao acender uma lâmpada, não a coloques em lugar oculto, mas sobre o candeeiro, para que dê claridade a todos os que estão na casa.

Netzach - Vitória - Não jogues pérolas aos porcos. 

Hod - Glória - Pede e receberás, procura e acharás, bate e a porta se abrirá.

Yesod – Firmeza/Fundamento/Poder - Entra pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição.

Malkuth - Reino - Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.

Por: Giancarlo Salvagni

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Via Cardiaca, por Papus.





A Via Cardiaca, por Papus.

“Conheço um homem simples que nunca leu um livro e que, no entanto, consegue resolver problemas científicos complexos mais facilmente que os famosos cientistas.”

Existem pessoas humildes, sem qualificações académicas ou experiência médica a quem o céu é tão acessível que a seu pedido os doentes são curados e ao seu contacto os ímpios, sentem nos seus corações uma fusão de amor e de bondade.

Joana d’Arc nunca tinha lido um tratado sobre estratégia, nem visto um campo de batalha, mas mesmo assim conseguiu derrotar à primeira tentativa os maiores estrategas do seu tempo! Como pôde isto acontecer? É muito simples: Ela entregou-se completamente à vontade divina e não pôs em causa o Invisível como teria feito um adepto do plano intelectual.

Devemo-nos questionar seguidamente, acerca da forma perplexa como os críticos olham para essas criaturas animadas pela “luz viva do Pai”, que conhecemos geralmente por quietistas ou místicos? Eles (os adeptos do plano intelectual) não conseguem entende-los, pois tentam avaliar talentos universais à luz limitada dos seus próprios cérebros. Como não conseguem compreende-los, os críticos insultam e deitam ao desprezo o místico, enquanto este reza pelo seu crítico opressor continuando o seu trabalho de amor.

A via do desenvolvimento espiritual é simples e rectilínea: “vive sempre para os outros e nunca para ti mesmo”; “ Faz bem aos outros em todos os níveis”; “Não fales ou penses mal dos que estão ausentes”; “Faz o que é difícil antes de fazeres o que é fácil”;
Estas são algumas fórmulas do caminho místico que leva à humildade e à oração.

Existe uma forma de purificação física muito cara ao coração dos adeptos do plano intelectual: o vegetarianismo que diminui a atracção do físico. Mas esta purificação não significa nada se não se purificar o corpo astral do egoísmo, e o espírito da vaidade; Algo cem vezes mais prejudicial que o impulso embebido de comer carne.

Por que se deveria dar alguma coisa ao homem que pensando que sabe alguma coisa se coloca em pé de igualdade com os deuses, para trabalhar no alcance da sua salvação pessoal, isolando-se numa torre de marfim, a fim de se purificar?
Ele acha que ele tem o que é necessário e olha para si mesmo como alguém que na sua pureza conhece todas as pessoas. Mas quando um homem é simples e consciente da sua fraqueza, sabe que a sua vontade é de pouca importância se não estiver de acordo com as acções do Pai Celestial. Quando ele não se preocupa com a sua pureza individual, nem com suas necessidades, mas com o sofrimento dos outros, os céus reconhecem-no como uma das suas “criancinhas” e Cristo pede que ele seja conduzido até Ele.

Uma mãe que tenha trabalhado toda a vida crias não só as suas crianças, mas também aquelas das pessoas mais pobres que ela, é maior perante o Eterno que os pedantes teólogos e os que se apelidam de adeptos, orgulhos de sua pureza. Esta é uma verdade instintiva que atinge as pessoas sem qualquer necessidade de demonstração, pois é uma verdade que se aplica a todos os níveis.

Portanto, deixai que o aluno almeje a simplicidade e não o pedantismo e advirtam-no acerca dos homens que se consideram perfeitos, pois: “quanto mais alto é o edifício, mais alta é a queda”.

A via mística exige assim ajudas incessantes em todas as fases de evolução e de percepção. No plano físico, s ajuda de amigos e mestres que ensinem pelo exemplo; no plano astral, a ajuda dos pensamentos de devoção e caridade, verdadeiras luzes que iluminam o caminho e que ajudam cada um a suportar as provas através da paz do coração. No plano espiritual, a ajuda dos Espíritos Guardiães, fortalecidos por pensamentos de piedade junto dos pecadores e de indulgencia perante as fraquezas humanas, e das orações por todos os que desejam permanecer cegos e por todos os voluntariosos inimigos. Então a sombra terrestre vai desaparecendo lentamente, o véu é levantada por um momento e uma sensação Divina enche o coração de coragem e amor ao saber que as orações foram ouvidas.

Tendo atingido este ponto, o místico não compreende a necessidade das chamadas sociedades de estudos – mesmo os que se dedicam ao ocultismo – nem a necessidade de muitos livros pouco necessários para explicar as coisas tão simples. Desconfia das sociedades e dos livros numerosos e acaba por se retirar em comunhão com os abandonados e atormentados. Ele pára de ler para agir, ele ora, ele perdoa e deixa de ter tempo para julgar e criticar.

O intelectual, observando este homem, questiona, antes de mais através de que livros ele conseguiu atingir esta fase, em seguida a que tradição ele pertence por fim em que categoria deveria ser colocado para melhor… o julgar!

Ele procura a “palavra mágica” que o místico usa para curar quase todas as doenças malignas, que forma de hipnose lhe permitiria influenciar a mente dos outros dessa forma, mesmo a longa distância somente pelo propósito egoísta que está por trás de tudo. Como o intelectual não encontra nos livros uma resposta para essas questões e necessita de uma explicação que lhe dê paz de espírito, ele afirma seriamente a si e ao ciculo de admiradores que o rodeia “Possessão” ou “Misticismo” ou “Simples Sugestão”… e tudo está dito! O intelectual vai tornando-se um pouco mais vaidoso; e o mistico um pouco mais humilde.

Enquanto para estudar, ler e ter tempo são necessidades para progredir no plano intelectual, nada disto é necessário para progredir no plano místico. Tudo o que ele tem como fundamento pode ser dito numa hora de tempo terrestre como o forma para Swedemborg no primeiro dia das suas visões tal como para Jacob Boehme. Ou talvez sejam necessários 10 ou 19 anos antes da entrada ser descoberta, como foi o caso de Willermoz e de muitos outros ocultistas. A razão para tal é o pórtico para esta via não é aberto pelo que procura, mas pelos guias invisíveis e pelo esforço do seu ser espiritual.

Não existe portanto nada mais fácil nem nada mais difícil do que seguir este caminho. É somente aberto a todos os homens de boa vontade sendo que nenhuns outros são merecedores dele!
A porta é tão baixa que somente as criancinhas conseguem entrar. Como aqueles que vão até à porta são muitas vezes homens altivos e orgulhosos que julgam indigno o acto de se tornarem pequenos, a entrada permanece invisível durante muito tempo para eles. 

sábado, 9 de abril de 2011

Versos Dourados de Pitágoras






Versos Dourados de Pitágoras

01. Honra em primeiro lugar os deuses imortais, como manda a lei.
02. A seguir, reverencia o juramento que fizeste.
03. Depois os heróis ilustres, cheios de bondade e luz.
04. Homenageia, então, os espíritos terrestres e manifesta por eles o devido respeito.
05. Honra em seguida a teus pais, e a todos os membros da tua família.
06. Entre os outros, escolhe como amigo o mais sábio e virtuoso.
07. Aproveita seus discursos suaves, e aprende com os atos dele que são úteis e virtuosos.
08. Mas não afasta teu amigo por um pequeno erro.
09. Porque o poder é limitado pela necessidade.
10. Leva bem a sério o seguinte: Deves enfrentar e vencer as paixões.
11. Primeiro a gula, depois a preguiça, a luxúria, e a raiva.
12. Não faz junto com outros, nem sozinho, o que te dá vergonha.
13. E, sobretudo, respeita a ti mesmo.
14. Pratica a justiça com teus atos e com tuas palavras.
15. E estabelece o hábito de nunca agir impensadamente.
16. Mas lembra sempre um fato, o de que a morte virá a todos.
17. E que as coisas boas do mundo são incertas, e assim como podem ser conquistadas, podem ser perdidas.
18. Suporta com paciência e sem murmúrio a tua parte, seja qual for.
19. Dos sofrimentos que o destino determinado pelos deuses lança sobre os seres humanos.
20. Mas esforça-te por aliviar a tua dor no que for possível.
21. E lembra que o destino não manda muitas desgraças aos bons.
22. O que as pessoas pensam e dizem varia muito; agora é algo bom, em seguida é algo mau.
23. Portanto, não aceita cegamente o que ouves, nem o rejeita de modo precipitado.
24. Mas se forem ditas falsidades, retrocede suavemente e arma-te de paciência.
25. Cumpre fielmente, em todas as ocasiões, o que te digo agora.
26. Não deixa que ninguém, com palavras ou atos,
27. Te leve a fazer ou dizer o que não é melhor para ti.
28. Pensa e delibera antes de agir, para que não cometas ações tolas.
29. Porque é próprio de um homem miserável agir e falar impensadamente.
30. Mas faze aquilo que não te trará aflições mais tarde, e que não te causará arrependimento.
31. Não faze nada que sejas incapaz de entender.
32. Porém, aprende o que for necessário saber; deste modo, tua vida será feliz.
33. Não esquece de modo algum a saúde do corpo.
34. Mas dá a ele alimento com moderação, o exercício necessário e também repouso à tua mente.
35. O que quero dizer com a palavra moderação é que os extremos devem ser evitados.
36. Acostuma-te a uma vida decente e pura, sem luxúria.
37. Evita todas as coisas que causarão inveja.
38. E não comete exageros. Vive como alguém que sabe o que é honrado e decente.
39. Não age movido pela cobiça ou avareza. É excelente usar a justa medida em todas estas coisas.
40. Faze apenas as coisas que não podem ferir-te, e decide antes de fazê-las.
41. Ao deitares, nunca deixe que o sono se aproxime dos teus olhos cansados,
42. Enquanto não revisares com a tua consciência mais elevada todas as tuas ações do dia.
43. Pergunta: "Em que errei? Em que agi corretamente? Que dever deixei de cumprir?"
44. Recrimina-te pelos teus erros, alegra-te pelos acertos.
45. Pratica integralmente todas estas recomendações. Medita bem nelas. Tu deves amá-las de todo o coração.
46. São elas que te colocarão no caminho da Virtude Divina.
47. Eu o juro por aquele que transmitiu às nossas almas o Quaternário Sagrado.
48. Aquela fonte da natureza cuja evolução é eterna.
49. Nunca começa uma tarefa antes de pedir a bênção e a ajuda dos Deuses.
50. Quando fizeres de tudo isso um hábito,
51. Conhecerás a natureza dos deuses imortais e dos homens,
52. Verás até que ponto vai a diversidade entre os seres, e aquilo que os contém, e os mantém em unidade.
53. Verás então, de acordo com a Justiça, que a substância do Universo é a mesma em todas as coisas.
54. Deste modo não desejarás o que não deves desejar, e nada neste mundo será desconhecido de ti.
55. Perceberás também que os homens lançam sobre si mesmos suas próprias desgraças, voluntariamente e por sua livre escolha.
56. Como são infelizes! Não vêem, nem compreendem que o bem deles está ao seu lado.
57. Poucos sabem como libertar-se dos seus sofrimentos.
58. Este é o peso do destino que cega a humanidade.
59. Os seres humanos andam em círculos, para lá e para cá, com sofrimentos intermináveis,
60. Porque são acompanhados por uma companheira sombria, a desunião fatal entre eles, que os lança para cima e para baixo sem que percebam.
61. Trata, discretamente, de nunca despertar desarmonia, mas foge dela!
62. Oh Deus nosso Pai, livra a todos eles de sofrimentos tão grandes.
63. Mostrando a cada um o Espírito que é seu guia.
64. Porém, tu não deves ter medo, porque os homens pertencem a uma raça divina.
65. E a natureza sagrada tudo revelará e mostrará a eles.
66. Se ela comunicar a ti os teus segredos, colocarás em prática com facilidade todas as coisas que te recomendo.
67. E ao curar a tua alma a libertarás de todos estes males e sofrimentos.
68. Mas evita as comidas pouco recomendáveis para a purificação e a libertação da alma.
69. Avalia bem todas as coisas,
70. Buscando sempre guiar-te pela compreensão divina que tudo deveria orientar.
71. Assim, quando abandonares teu corpo físico e te elevares no éter.
72. Serás imortal e divino, terás a plenitude e não mais morrerás.

Colaboração Frater AEC

sexta-feira, 8 de abril de 2011

BASE DA INICIAÇÃO MARTINISTA




Qual é a base da Iniciação Martinista? Um ritual da Ordem nos diz nos seguintes termos:

“Encerra a filosofia de nosso Venerável Mestre, baseada especialmente nas teorias dos Egípcios, sintetizadas por Pitágoras e sua Escola. Contém, em seu simbolismo, a Chave que abre omundo dos Espíritos e que não está cerrado; segredo inefável, incomunicável e unicamentecompreensível ao verdadeiro Adepto. Este trabalho não profana a santidade do Véu de Ísis por imprudentes revelações. Aquele que é digno e está versado na História do Hermetismo, em suasdoutrinas e em seus ritos, em suas cerimônias e hieróglifos, poderá penetrar na secreta, porém real, significação do pequeno número de símbolos oferecidos à meditação do Homem de Desejo”.

O Martinismo é uma Escola de alto Hermetismo que se descobre a muito pouca gente, preferindo a qualidade à quantidade, como qualquer associação que não deseja ter ação política e que, se pensa proceder socialmente, prefere elevar a multidão à seleção, no lugar de descer da seleção até a multidão.

A Iniciação Martinista é o resultado de um ensinamento, porém há em seu desenvolvimento uma parte imensa de formação pessoal. A Iniciação é gradual, conforme as capacidades daquele que deve seguir as fases de seu ensinamento antes de chegar aos graus superiores. Este é o sentimento que podemos extrair do célebre discurso pronunciado por Stanislas de Guaita e que encontramos no Umbral do Mistério:

“Fizemos-te iniciar: o papel dos iniciadores deve limitar-se aqui. Se chegares por ti mesmo à inteligência dos Arcanos merecerás o título de Adepto; mas, vê bem; seria em vão que os mais sábios Mestres quisessem revelar-te as supremas fórmulas da Ciência e do Poder mágico. A Verdade Oculta não poderá ser transmitida em um discurso: cada um deve evocá-la, criá-la e desenvolvê-la em si. És Inciciado: aquele que outros colocaram no caminho; esforça-te em chegar a Adepto, aquele que conquista a Ciência por si mesmo; em uma palavra: o Filho de suas obras.”

A Iniciação Martinista compreendida desta maneira, não pode transcorrer sem provas; porém estas não tem nada de comum com as de outras instituições iniciáticas. O discurso de Stanislas de Guaita, que não podemos aqui transcrever inteiramente, merece estudo e reflexão. Ele desenvolve esta doutrina: A Iniciação é, certamente, o resultado de um ensino, porém há em seu transcurso uma imensa parte de formação pessoal. Qualquer poder concedido pela Natureza ou pela Sociedade, para ser útil, deve desenvolver e adaptar à sua função aquele que deverá beneficiar-se com ele.

Existe uma qualidade de alma que caracteriza essencialmente o verdadeiro Martinista: é a afinidade entre espíritos unidos por um mesmo grau em suas possibilidades de compreensão e de adaptação; unidos por um mesmo comportamento intelectual, pelas mesmas tendências, do qual se segue a constatação obrigatória de que o Martinismo está composto, exclusivamente, por seres isolados, solitários, que meditam no silêncio de seu gabinete, buscando sua própria iluminação.

Cada um destes seres tem a obrigação, uma vez adquirido o conhecimento das leis do equilíbrio, de transmitir a compreensão alcançada, para aqueles que possam compreender e participar daquilo que ele crê constituir a verdade em sua vida espiritual. É aqui, então, que intervém a Missão de Serviço do Martinismo, é somente neste sentido que esta corrente espiritual especial encontra seu lugar na Tradição Ocidental. Os assuntos de dinheiro são quase desconhecidos na Ordem; as quotas, “o tronco da viúva”, os direitos pelos diplomas não existem e os graus são conferidos sempre ao mérito e não podem nunca ser objeto de tráfico.

Todo chefe de Loja é o proprietário de sua Loja e deve cobrir a maior parte de seus gastos e, em regra geral, todo membro da Ordem deve cobrir pessoalmente as despesas necessárias ao exercício de seu cargo.
A filiação à Ordem Martinista é buscada, sobretudo, pela instrução que leva bastante longe e que compreende o estudo aprofundado das ciências simbólicas e herméticas. Por outro lado, a Ordem abre suas ortas tanto aos homens como às mulheres; não exige de seus membros juramento nenhum de obediência passiva, nem tampouco lhes impõe nenhum dogma; acolhe sem distinção a todos os que sentem em seus corações o amor ao próximo e que desejem trabalhar pelo bem comum.

Dentro da Ordem é de rigor possuir a maior tolerância, ou melhor, o espírito de compreensão mais acentuado. No que diz respeito à ajuda mútua, ela constitui também uma das características essenciais do Martinismo, cujos adeptos se esforçam, segundo suas possibilidades, em ajudar aos demais seres humanos, sejam ou não iniciados, pertençam ou não a nossa Ordem.

A Ordem Martinista compreende três graus: Associado, Iniciado e Superior Incógnito, conferidos de acordo com rituais que procuram dar a quem os recebe uma ajuda poderosa. Já dissemos que o Martinismo é uma cavalaria, ou por outra, é uma tendência ou corrente cavalheiresca que persegue o aperfeiçoamento individual e coletivo. É necessário, portanto, que o Martinismo em todas as terras esteja formado por servidores perfeitos e sucessores dos verdadeiros Mestres do movimento; os Superiores Incógnitos, dos quais um dos primeiros a ser conhecido pelo mundo profano foi Louis Claude de Saint-Martin, que ainda pode ser conhecido como o Filósofo Desconhecido.

Colaboração Frater AEC



O Trabalho interno na Senda Martinista

O objetivo do trabalho Martinista é separar o Fixo (Corpo Glorioso) do Volátil (Corpo Passional) através da aquisição das Virtudes Morais das antigas Ordens de Cavalaria, em substituição e sublimação aos Vícios pecados) da natureza inferior do homem.

Sobre esta Sublimação, ou seja, a transformação do Vício em Virtude, afirma Eliphas Levi: " Os Cabalistas denominam o pecado uma casca: a casca, dizem eles, forma-se como uma excrescência, que se enruga por fora, pela seiva que se coagula em vez de circular; então, a casca seca e cai. Do mesmo modo o homem, que é chamado a cooperar com a obra de Deus, construindo a si próprio, aperfeiçoando-se pela ação de sua liberdade, se deixar coagular em si a seiva, que deve servir para desenvolver suas faculdades para o bem, o homem realiza um progresso retrógrado, degenera e cai como uma casca morta.

Mas, segundo os cabalistas, nada leva ao mal na natureza, o mal sempre é absolvido pelo bem ; as cascas podem ainda ser úteis, se forem recolhidas pelo agricultor, que as queima e se aquece com seu calor, e depois faz de suas cinzas um adubo nutritivo para a árvore; ou, então, pela putrefação junto à arvore, elas a nutrem e retornam à seiva pelas raízes. Segundo as concepções da cabala, o fogo eterno que deve queimar os maus é pois o fogo regenerador, que os purifica e, por transformações dolorosas, mas necessárias, os faz servir à utilidade geral, e os devolve eternamente ao bem que deve triunfar. Deus, dizem, é o absoluto do bem e não pode haver dois absolutos: o mal é o erro que será absolvido pela verdade, é a casca que, putrefata ou queimada, retorna à seiva e contribui novamente à vida universal" 

Queimar as cascas é uma obra difícil e lenta; a Iniciação abre as portas à essa possibilidade e acelera essa árdua tarefa, que é completada pela Oração; pois a Oração é o fogo alquimico capaz de levar a termo esta sublimação da natureza inferior em superior.

Entretanto esta Oração deve ser precisa para alcançar seu objetivo, pois como nos prometeu o Cristo: " Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto. Pois tudo o que pede, recebe; o que busca, acha; e ao que bate, se abrirá. Quem de vós, sendo pai, se o filho lhe pedir um peixe, em vez do peixe lhe dará uma serpente? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem" (Lucas, 11: 10:13).

Postado por Leonardo Rocha '.' 

CREDO MARTINISTA

"Meditando sobre o sublime simbolismo do rito martinista, somos impelidos a realizar a seguinte profissão fé :

1. Cremos em um Deus Único e em uma Religião única como ELE, em um Deus para além de todos os deuses e em uma Religião que é síntese de todos os cultos. Cremos na infalibilidade do Espírito de Caridade mais que a temeridade dogmática de alguns homens.

2. Cremos na Liberdade absoluta, na Independência absoluta, na Realeza mesma, na Divindade relativa da Vontade humana, sendo ela regulada pela soberana Razão. Cremos que para se enriquecer é preciso dar, e que a felicidade individual não pode ir de contra a felicidade dos demais.

3. Reconhecemos no Ser dois modos essenciais : a Idéia e a Forma, a Inteligência e a Ação. Cremos na Verdade, que é o Ser concebido pela Idéia. Cremos na Realidade demonstrada ou demonstrável pela Ciência. Cremos na Razão, que é o Ser manifestado pelo Verbo. Cremos na Justiça, que é o Ser em ação, seguindo estas suas verdadeiras relações e suas proporções razoáveis.

4. Cremos que Deus mesmo, o Grande Princípio indefinível de Justiça, não saberia ser déspota nem carrasco com suas Criaturas; que não pode nem recompensá-las nem castigá-las; mas que a Lei da Harmonia Univesal leva em si mesma sua sanção, de sorte que o bem em si mesmo é a recompensa do Bem, e o mal o castigo, mas também o remédio do Mal.

Extrato do Ritual da Ordem Martinista escrito por Téder
Leonardo Rocha '.'


Colaboração Frater AEC