domingo, 22 de novembro de 2009

APANHE A SUA CRUZ E SIGA-ME!

Por Thoth, 3º Patriarca Expectante

Mateus, 16:24 - “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me”.


Nós temos o direito, a liberdade que nos foi concedida pelo Criador através do livre arbítrio, de usar a nossa vida a nosso bel-prazer. Assim, o ser humano emprega seu tempo na satisfação do seu corpo de desejo, procurando a realização material através do emprego e do esforço físico para obter tudo aquilo com que sonha, que deseja ou julga precisar, de acordo com as necessidades criadas por ele mesmo no afã de acompanhar o padrão de criatividade da sociedade em que vive.

Desta forma consolida-se a negligência na maneira de viver, referente ao campo espiritual. E, atuando peremptoriamente no campo material, a negligência tornou-se o estado permanente em que vive a humanidade. Felizmente há exceções. Sobre isso já foi escrito o suficiente na instrução Mutações, no livro “Pérolas Soltas”. Portanto, acho desnecessário bater na mesma tecla logo em seguida. Assim sendo, vou procurar dissertar sobre o ensinamento acima.

O expressivo e eloquente convite do amado Mestre Nosso Senhor Jesus-O-Cristo logo de princípio nos empolga, nos faz sentir cheios de desejos altruísticos e sonhos de um estado elevado de espiritualidade. Imbuídos com estes pensamentos, não relutamos em lançar mão da nossa cruz e iniciar com titubeantes passos a caminhada na estrada para a escalada espiritual. Porém, de acordo com o esforço feito, mal desponta o dealbar de alguma luz, nos deixamos nos embevecer e, ladeados pelos resultados, ficamos empolgados a ponto de nos envolver pelos sofismas que se nos apresentam. Passando a agir como crianças que acabam de receber um cobiçado brinquedo, ficamos enlevados e perdidos num mundo de ilusões!

Todavia, para se chegar pelo menos a este primário estado, a criatura já deve ter passado por inúmeras etapas de lutas, sofrimentos e dores, e não foram poucas as vezes em que pretendeu deixar de seguir as pegadas do amado Mestre.

Entretanto, muitos mal começam a sentir os espinhos que medram nas estradas das experiências, rasgando-lhes as carnes, sentir as tempestades internas dilacerando os ideais que deveriam seguir e, ferindo-se nas suas desditas, se perdem nos embates travados e, sem nem sequer chegar ao primeiro degrau, caem desfalecidos com o peso dos seus próprios erros, de suas próprias criações, e desistem... Essas criaturas pertencem a um sem-número de ilusos que existem na vida. Elas não são revestidas de um desejo REAL, de um desejo ARDENTE, e querem por um simples fato de querer, sendo levadas simplesmente por um estado de diletantismo momentâneo... Mal sabendo, entretanto, que serão infrutíferos os resultados imediatos do conhecimento que pretendem adquirir. Sim, infrutíferos porque eles vão cair na negligência e não vão dar prosseguimento. Porém, terão que prestar contas, de qualquer forma, daquilo que aprenderam e não aplicaram, pois, ao se aprender alguma coisa assume-se a responsabilidade de: a) Aplicação direta ou indireta. b) Transmitir através de ensinamentos. c) Exemplificar pela própria maneira de ser em: Pensar, Falar e Agir. Ora, se a criatura se iniciou para seguir alguma VIA, lícito lhe é se esforçar para atingir o objetivo a que se propôs. E, se não o faz, ele amanhã ou depois terá que responder, ressarcindo-se da responsabilidade que foi omitida.

É por isso que na Igreja Expectante, antes de assumir o compromisso para fazer o Curso Sacerdotal de Ungido a Sacerdote do Lar, Sacerdote do 1º grau, nós fazemos quatro perguntas de suma importância, as quais são livres e espontâneas suas respostas, e aconselhamos meditarem muito antes de respondê-las, pois, ao se responder de uma forma positiva, o compromisso é imediatamente assumido, e todo compromisso assumido um dia terá que ser resgatado, nesta ou em outras vidas.

Assim, o convite do venerável Mestre é também livre, pois ao fazê-lo disse: “Aquele que quiser” etc., dando desta forma plena ênfase à liberdade da escolha do candidato em segui-lo.

Existem duas vias, dois caminhos:

1ª) Via Mental
2ª) Via Cardíaca

A Via Mental é o caminho mais curto. Todavia, ela é duríssima, razão pela qual não acho ser aconselhável ao ocidental, porque suas normas, regras rígidas, auto-disciplina, exercícios, abstinências e mais uma grande quantidade de itens tornam esta via quase que impraticável ao “comodista” ocidental. Existem, todavia, exceções de regras...

A Via Cardíaca é a via do AMOR, da renúncia, da tolerância, da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, é a Via direta do “Amar ao próximo como a si mesmo”. O caminho é glorioso. Porém, mais longo, aparentemente mais suave e muitas flores são colhidas no seu curso. Não obstante, há muitos espinhos, sofrimentos, dores, decepções que despontam na sua batalha rítmica e constante, no seu dia-a-dia. Este, a meu ver, é o caminho mais aconselhável para o ocidental, pois ele é trilhado nesta vida ou pelas inúmeras existências próprias.

Saibam, entretanto, que não deixa de ser duro à criatura, pela sua negligência, ir acumulando juros sobre juros, e mais as devidas correções. Proveniente a isso é que a Igreja Expectante dá aos seus noviços(as) a possibilidade de ir aplainando suas arestas com os conhecimentos adquiridos e abrindo desta forma a oportunidade para se fazer a aplicação direta do que aprendeu, assim também como a indireta.

Meus caros, não percam seus preciosos tempos. Apanhem suas cruzes e, sem olhar as dos outros, sem titubear, acompanhem as pegadas do divino e amado Mestre, Nosso Senhor Jesus-O-Cristo.

E para a Glória de Deus, do Cristo Cósmico, de Jesus e todas as Jerarquias, cumpramos com nossos deveres em todas as escaladas


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