Ramo de Ouro
Estâncias ao Peregrino Efêmero I — A CAMINHO DA PERFEIÇÃO
Signo: CÂNCER.
O Último dos Discípulos do Filósofo Desconhecido vai algo recordar ao Peregrino Efêmero.
O Caminho da Perfeição, acidentado e longo, é marginado de tojos.
A flor do tojo abre o matiz do Desespero: é amarela; as hastes espontam acerados espinhos.
O amarelo, ~ o ouro, — é também a côr simbólica da opu-lência material, monetária.
A paixão do bem-estar físico, do luxo, afasta da perfecti-lídade.
Que os felizes de corpo e os felizes de espírito, os que desfrutam e se satisfazem com o utilitarismo do Ocidente e com a cíência do Ocidente, não tentem palmilhar o Caminho da Perfeição!
O Caminho da Perfeição é para os Insatisfeitos de cora-ção e de alma; para os sem conforto e sem alegria; para os in-fortunados; para os que não encontraram resposta às interro-gativas, anelos e anseios do Espírito; para os divorciados do luxuoso e do fútil; para os Insubmissos ao nemrodismo dos Do-minadores; para os que não acharam o elixir de longa vida nos filtros do dr. Fausto, nem a meiguice de Margarida nas suges-tões de Mefistófeles; para os viúvos da Alma Irmã; para os anacoretas da IDÉIA!
Caminhar para a Perfeição é almejar ouvir a Voz do Si-lêncio; é orientar-se para a Vida Imortal; para a Verdadeira Vida.
Longe de ser o atalho do Aniquilamento, é a alfombra de Elêusis.
Raríssimos palmilharão a alfombra, raríssimos ouvirão a Voz do Silêncio: — porque a ronda da Mentalidade não começou ainda para a espécie. Só os pioneiros do Novo Ciclo escutam a música das Esferas; só os vencedores do Plano-físico entram os áditos da Renúncia.
O Último dos Discípulos do Filósofo Desconhecido vai algo recordar ao Peregrino Efêmero.
O Caminho da Perfeição, acidentado e longo, é marginado de tojos.
A flor do tojo abre o matiz do Desespero: é amarela; as hastes espontam acerados espinhos.
O amarelo, ~ o ouro, — é também a côr simbólica da opu-lência material, monetária.
A paixão do bem-estar físico, do luxo, afasta da perfecti-lídade.
Que os felizes de corpo e os felizes de espírito, os que desfrutam e se satisfazem com o utilitarismo do Ocidente e com a cíência do Ocidente, não tentem palmilhar o Caminho da Perfeição!
O Caminho da Perfeição é para os Insatisfeitos de cora-ção e de alma; para os sem conforto e sem alegria; para os in-fortunados; para os que não encontraram resposta às interro-gativas, anelos e anseios do Espírito; para os divorciados do luxuoso e do fútil; para os Insubmissos ao nemrodismo dos Do-minadores; para os que não acharam o elixir de longa vida nos filtros do dr. Fausto, nem a meiguice de Margarida nas suges-tões de Mefistófeles; para os viúvos da Alma Irmã; para os anacoretas da IDÉIA!
Caminhar para a Perfeição é almejar ouvir a Voz do Si-lêncio; é orientar-se para a Vida Imortal; para a Verdadeira Vida.
Longe de ser o atalho do Aniquilamento, é a alfombra de Elêusis.
Raríssimos palmilharão a alfombra, raríssimos ouvirão a Voz do Silêncio: — porque a ronda da Mentalidade não começou ainda para a espécie. Só os pioneiros do Novo Ciclo escutam a música das Esferas; só os vencedores do Plano-físico entram os áditos da Renúncia.
Aos Instintivos a Renúncia custa; e não vencem o Dragão do Ádito.
O Dragão simboliza a ânsia do bem estar material, da volúpia, da luxúria, do conforto da Carne. Renunciar ao gozo, é, para o Instintivo, renunciar à Vida. E, quanto mais afunda no Gozo, mais se afasta de Elêusis, dos hortos da IDÉIA, do Caminho da Perfeição que conduz aos santuários do Espírito.
Quem leva e guia o Peregrino?
O Destino?
Engano! A Vontade.
A Vontade vence, modifica, enflora, domina os Destinos.
Querer, é poder; saber querer, é saber vencer.
Educar a Vontade, purificar as Idéias, é armar-se para a VITÓRIA.
Pelo domínio da Vontade, obtém-se o domínio da Vida.
A Vontade afasta a própria morte, demora-a, retarda-a.
A Morte é a metamorfose das Formas.
As Formas são efêmeras, a Essência é eterna.
Para a eternidade da Essência existe o Âmbito Infinito.
A seiva da Vontade é a Esperança.
A Dúvida exaure, — porque a Dúvida conturba a Von-tade. Duvidar é debilitar-se.
A Dúvida é a agonia do Ser.
Não duvides!
Sempre que duvidares, teu aura far-se-á vulnerável; e as vibrações dos Inferiores penumbrarão a luz de tua Consciência.
Teu aura é tua égide, a armadura que reveste tua alma.
Para que teu aura seja invulnerável, sê PURO.
Conforma-te à lição de Zaratustra: — puro em pensamentos, puro em palavras, puro em atos.
A palavra realiza a Idéia; o ato é a materialização do Verbo.
O verdadeiro delito contra as Normas, não consiste em praticar a má ação; o verdadeiro delito consiste em pensar mal; porque é o mau-pensamento que engendra a mâ-palavra ou o mau-ato.
Os delitos morais, contra os quais a Civilização não clama, constituem o crime: porque, não efeito, mas causa do crime.
As idéias, os pensamentos, bons ou maus, vivem. Quem gera idéias, gera palavras e atos. Quem gera idéias, fecunda cérebros; quem gera más idéias, fecunda cérebros malmente.
Os geradores de más idéias, são os verdadeiros responsáveis dos delitos.
Pensa bem: E, não só ficarás invulnerável ao MAL, como concorrerás para que o BEM aumente.
Ficarás invulnerável, porque, sendo o mal inferior, só poderá penetrar onde encontre medo ou afinidade.
A VONTADE aniquila todos os contrários; a boa-vontade não é violenta: é serena, suave, consoladora.
Atravessa, Peregrino, as Portas de Ouro, e medita carinhosamente 0s Ensinamentos do Mestre.
As Portas de Ouro levam ao ádito do Instituto; no santuário fulge a ESSÊNCIA!
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Dario Vellozo - Obras I - Horto de Lisis - Instituto Neo-Pitagórico - Curitiba - PR
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