Vida prática
Por Ralph M. Lewis, F.R.C.
Por Ralph M. Lewis, F.R.C.
Alguma vez pensou em que constitui o lado prático da vida?
Qualquer coisa que contribui ao que uma pessoa crê, é essencial a sua existência e se considera prático.. Óbvio, então, que um modo de viver prático está relacionado com a concepção individual do bem estar pessoal.
Aquilo que chegamos a valorizar mais em nós mesmos é o que nos causa maior satisfação, e cujos atributos desejamos aperfeiçoar. A esfera de existência de um ser Elemental e primitivo é muito reduzida. Quão simples, por exemplo, são as exigências de um pequeno cão! Se sua fome, sede e outros desejos orgânicos estão satisfeitos e se mostramos o afeto que necessita, sua vida está completa. Sem dúvidas que se o cão pudesse raciocinar suficientemente sobre as satisfações da vida, chegaria conclusão de que o fim prático dela, é ter assegurado o sustento e o carinho de seu dono.
Hoje em dia encontramos milhares de pessoas deslumbradas com sua época, cuja concepção de vida apenas eleva-se apenas um pouco além do ser mais primitivo e a do animal.
A finalidade de sua existência, segundo elas, está em comer, beber, ter um leito e satisfazer seus desejos sensuais. Para tais indivíduos, as atividades que provêem essas coisas, usando as mãos ou cérebro, constituem o aspecto prático da vida. Consideram que tudo alem é extravagância ou consideram o bem uma aventura muito abstrata que não vale a pena gastar esforços. Assim, pois, vemos que não estão disponíveis a fazer algum sacrifício para a continuidade de um programa cultural.
A vida nos impõe exigências como seres orgânicos que somos. Devemos existir antes de que possamos exercer as funções da vida. Certo está que há algumas condições de prima importância. Todavia, não porque seja imperativo querer dizer que tudo além deve classificar-se como impraticável. Por exemplo, para poder aproveitar os benefícios que nos aguardam em um nível superior, temos que subir um degrau deu ma escada. Não é por acaso algo prático que também nos preparemos para o que possamos encontrar ali? Por que consideramos mais pratico a subida em si mesma do o que ganharemos ao chegar lá em cima?
Assim também, por que temos de considerar os meios de que nos valemos para viver como o aspecto mais pratico e completo da vida? A propensão estética que se tenha, seja o amor pela música ou em geral pelas belas artes, assim como o imperativo de criar algo, são atributos da função do viver. São mesmo conseqüências de nossa natureza. São partes tão nossas como quaisquer órgãos do corpo, ou como todo o apetite dele. O indivíduo que tem um incessante desejo de conhecimentos, certamente é pratico quando persegue tal finalidade. Essa atividade são essenciais para a plenitude de sua existência pessoal.
Prazeres transcendentais
A pessoa que trata de estudar a filosofia Rosacruz e que somente considera prático aquele aspecto dos ensinamentos que pertencem a determinada parte de sua natureza, não está preparada para adotar um sistema completo de vida. Aquele que satisfaz o desejo da mente e da natureza psíquica do homem é pratico porque lhe serve. Não tem nada que seja impraticável em qualquer estudo, a menos que em nenhum sentido tenha afinidade com sua vida. O homem que afirma que todo empenho intelectual, moral e espiritual não é pratico para ele, admite que seu nível de consciência é muito reduzido. Caminha pelo mundo como homem, porem funciona como um ser ínfimo.
A maior parte de nossos apetites são congênitos. Pelo menos sua plenitude dura somente alguns anos após o nascimento. Porém as inclinações intelectuais e psíquicas requerem o exercício da vontade, devem ser cultivadas. Uma vez que se realizam devem incessantemente lhe satisfazer. São muito mais positivas as satisfações que nos causam do que os prazeres do corpo. Para os que experimentaram esses prazeres transcendentais, isto constitui uma parte tão pratica de sua vida como vem a ser o alimento que nutro o corpo. Então pratique uma prece, uma poesia ou uma meditação profunda, basta se dar conta de qual é sua finalidade.
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